MÃE SOLO

Há pouco tempo, a mulher que criava filho sozinha, era considerada mãe solteira. A luta árdua contra esse rótulo, fazia parte do cotidiano de, praticamente todas.

A expressão "mãe solteira" é pejorativa, negativa, preconceituosa; acaba por ridicularizar, e às vezes, condenar a situação no aspecto social. A mulher nem sempre escolhe criar sozinha, os filhos. Se necessário, assume, exclusivamente as responsabilidades. Família monoparental.

A expressão "mãe solteira" caiu, aos poucos, em desuso, e passou a ser substituído por mãe solo. Suaviza bem melhor. Virou moda essa denominação.

Deve ser dificílimo conciliar profissão, casa, religião, planos, sonhos. A mãe, nessa condição, tem que lutar muito para que as ações caminhem bem. Ela parte do pressuposto, de que colocou a criança no mundo, portanto, tem que honrar e ser responsável pela criação, educação. Cuidadora e provedora do lar!

#Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são 57,3 milhões de mães solo; ou seja, o equivalente a 38,7% dos brasileiras que chefiam os seus lares.

Hoje, as mulheres têm a liberdade de escolha: algumas não querem compartilhar a criação dos filhos, com marido, por exemplo. Escolhem a singularidade. Outras, preferem não arriscar, por exemplo, colocar alguém ao lado dos filhos. Nem sempre é uma opção assertativa.

E saber que até 1962 as mulheres precisavam de autorização do marido para trabalhar fora: código civil de 1916. Atualmente, por escolher a solidão, em matéria de marido, e cuidar dos filhos, isoladamente.

Em se tratando de filhos, cujos pais fugiram das responsabilidades, as mães ficam sobrecarregadas, visto que acumulam funções e enfrentam problemas desafiadores.

Algumas mães solo contam com rede de apoio especializada. Outras têm os parentes como aliados, sogros, amigos, namorado etc. Grande parte não tem ajuda.

Portanto, é necessário respeitar as mães solo; se puder ajudá-las, será bom.

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Nilceu Francisco é Professor, Escritor, Poeta, Articulista, Jornalista, Ambientalista

Nilceu Francisco
Enviado por Nilceu Francisco em 28/12/2023
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