Comentando, novamente, sobre QI e capacidade racional

Testes cognitivos ou de QI (de maneira superficial ou incompleta) estimam nossas capacidades de aprendizado, não as de raciocínio ou racionalidade.

Capacidades de aprendizado: de memorizar, apreender ou reter e replicar informações.

Capacidades de raciocínio: de analisar, criticar e julgar informações (de maneira objetiva e imparcial, em busca de uma maior compreensão ou entendimento).

II. O sistema educacional brasileiro, incluindo a educação superior, está significativamente enfatizado na valorização, avaliação e seleção por capacidade de aprendizado, em grande desprezo à de raciocínio. Como resultado, há um excesso de conformismo e pouco pensamento crítico legítimo (imparcial) nas escolas e nas universidades;

III. Em alguns países, que até são considerados "modelos" de educação, particularmente Coreia do Sul e alguns outros do extremo oriente, essa desvalorização da racionalidade, aliada ao excesso de valorização da memorização, tem chegado a níveis extremos;

IV. Um dos resultados desse equívoco é a multiplicação de grupos e indivíduos que acreditam e pregam pseudociência, "teorias conspiratórias' [legítimas] e fanatismo ideológico (incluindo o religioso), que costuma ter muita influência na política;

V. Mas a irracionalidade tem sido dominante ao longo da história humana, vide os muitos séculos de dominação cultural e política de organizações religiosas em comunidades e sociedades humanas.