A criança e a família

Já disseram por inúmeras vezes que não existe uma fórmula mágica para um bom casamento ou como ser um excelente esposo ou uma excelente esposa, assim como também não existe uma fórmula mágica para ser um bom pai ou uma boa mãe. Contudo, a que se considerar que ao constituir uma família, tanto o pai como a mãe devem buscar meios que propicie uma vida digna para seus filhos. Os primeiros anos de vida de uma criança é um aprendizado inesquecível tanto para o pai como para a mãe. Cabe aos pais vivenciar as etapas de crescimento da criança. Jean Piaget sugeriu alguns fatores que são dinamizadores da vida cognitiva e afetiva da criança e que variam em graus de importância no decorrer da evolução mental da criança. Ao nascer o desenvolvimento predominante da criança é o das percepções e movimentos. A inteligência é, sobretudo sensório–motora e evolui na medida em que o bebê aprende a coordenar seus movimentos e sensações. O bebê aprende a conhecer o mundo, levando as coisas à boca. Com um mês de vida, o bebê ainda passa a maior parte do tempo a dormir e a comer. Com um mês de idade, algumas partes do esqueleto do bebé ainda se encontram na sua forma cartilaginosa. Gradualmente, os ossos endurecem, processo que decorre durante o crescimento do bebé até à idade adulta. O bebê já no primeiro mês consegue abrir e fechar os braços em resposta à estimulação. Sua postura é de barriga para cima e pernas e braços fletidos. Olha para a pessoa que a observa. Com cerca de 4 semanas, o bebé começa a sorrir. O rosto ilumina-se e os olhos cintilam de alegria. Nesta fase o sorriso ainda não é seletivo, o que quer dizer que sorri para os pais e outros familiares, mas, também, para desconhecidos. Segundo Winnicott, no início do processo de desenvolvimento emocional de um bebê, três aspectos são considerados. De um lado há a hereditariedade, de outro, o ambiente (cuidado materno), que pode apoiar, falhar ou traumatizar. No meio está o bebê, vivendo, crescendo e acumulando experiências. O cuidado materno adequado conduz à integração do ego; as falhas no cuidado levam à desintegração. Os pais ao criar um ambiente saudável para o pleno desenvolvimento da criança devem estimular desde cedo novas habilidades com atividades e brincadeiras adequadas para cada mês de crescimento.

 

(*)texto utilizado por ocasião do Curso de Especialização Pós-graduação em Psicopedagogia Institucional

 

 

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 22/05/2023
Reeditado em 24/05/2023
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