EDUCAÇÃO INFANTIL NO OLHAR DO PSICOPEDAGOGO: TRAZENDO O LÚDICO COM PAPEL FUNDAMENTAL PARA A APRENDIZAGEM.

AUTORA:

ARAÚJO, Maria Júlia de Lima.

RESUMO: O referido trabalho teve como objetivo mostrar a importância do lúdico no processo de ensino/aprendizagem de alunos da educação infantil, unindo-se ao psicopedagogo e aos profissionais das instituições de ensino e como essa prática de ludicidade pode ser usada nas intervenções de ensino e aprendizagem em seu processo. O intuito é entender até que ponto as brincadeiras e jogos podem ser aliados para maximização do aprendizado do discentes. Dessa forma podemos observar a importância das formações dos profissionais, entender também que cada discente tem a sua individualidade, seu tempo de compreender. A importância de adequar ao conhecimento dos alunos brincadeiras e jogos que reflitam seu contexto social para que eles se encontrem e tenham sua identidade. Os profissionais da educação têm que se aliar ao psicopedagogo que dará nortes para que se siga metodologias lúdicas para obter o sucesso aos objetivos almejados. Que o aluno possa também se sentir autor da sua história, e que se sinta conquistados, tendo o interesse de ser participativo das atividades com jogos, brincadeiras, entre outros. Pois o campo para se praticar as brincadeiras, não depende das circunstâncias de tempo e espaço, mais sim de criatividade. Nesse trabalho pudemos identificar as atividades e seus benefícios, e também o papel de cada profissional, nesse processo. Foram utilizados autores como: Nadia Bossa, Jardiene Ferreira, P. Ya Galperin, Libâneo, Vigotski e Zabala, que deram o suporte para o entendimento do assunto levantado.

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Ludicidade; Ensino.

1- INTRODUÇÃO

Esse estudo tem como principal norte, mostrar a importância do brincar de forma lúdica, para o desenvolvimento da criança em sua aprendizagem durante seu percurso na educação infantil. Pois com todas essas ferramentas os alunos aprendem a socializar, a saber que existem regras. Trabalhando também sua cordenação, o respeito e uma forma de cooperar com a socialização, ajudando na desenvoltura, e assim perder a timidez.

O papel do professor juntamente com um psicopedagogo é essencial para a desenvoltura dos alunos, aqueles que tem mais dificuldades ou não. Pois as brincadeiras deixam o ambiente mais agradável, saindo daquela rotina. Tornado-se um ambiente motivador, explorando várias habilidades.

Na educação infantil, com os jogos e brincadeiras, nas aulas, nos deixam compreender o desenvolvimento da criança, pela forma e a linguagem lúdica trazendo a infância merececida aos mesmos, é de suma importância entender o significado de brincar, pois é dessa forma que a criança se comunica e se sente à vontade.

Nesse contexto pedagogico, podemos citar o O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) pois nele, cita que na escola se encontra um ambiente propício paras o desenvolvimento cognitivo e social da criança (BRASIL, 1998).

De acordo com Bossa (2000), A psicopedagogia se ocupa de aprendizagem humana, que adveio de uma demanda o problema de aprendizagem. Como se entende esse problema, deve ocupar-se de início o processo de aprendizagem, estudando assim as características da mesma.

2 FUNDAMENTAÇÃO

2.1 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA PREVENÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL: USANDO A LUDICIDADE

O psicopedagogo é importante em todas as esferas do conhecimento, pois, através de sua atuação em sala de aula, o mesmo pode trazer formas de melhorar a aprendizagem dos alunos, assim, como também previnir as possiveis dificuldades de aprendizagem. Vendo as circunstâncias de um modo geral, o psicopedagogo ele pode agir de maneira avaliativa, quando os problemas de aprendizagem já existem e ele é procurado, pois seu papel é de fazer uma pré diagnóstico e assim buscar soluções e estratégias para que o aluno venha a sanar suas dificuldades. No entando ele não só atua quando já é existente os problemas, mas também na forma de prevenção, na intenção que esses problemas não se instalem e venham prejudicar esse aluno. Dessa maneira iremos aqui dar ênfase ao papel das brincadeiras para ajudar no desenvolvimento da aprendizagem, como também na prevenção de combater essas dificuldades.

O psicopedagogo agindo na educação infantil, ele objetiva trabalhar de forma lúdica, trazendo de formas dinâmicas brincadeiras educativas, que chamam a atenção e roubam a cena quando executadas em salas de aulas. Além de fazer formações com os professores, na intenção de orienta-los nas atividades, e posteriomente trazendo resultados no ensino e aprendizagem. “O trabalho docente é parte integrante do processo educativo mais global pelo o qual os membros da sociedade são preparados para a participação na vida social” (LIBÂNEO, 2006, p.16)

De fato, é enriquecedor o ensino de forma lúdica, pois de forma divertida propicia a criança inúmeras maneiras de se chegar a aprendizagem, pois desenvolvem habilidades cognitivas, por diversas formas, como: jogos, dinâmicas, brincadeiras, músicas...

Com relação a isso, Antunes (2003, p.55), explica da seguinte forma:

Um professor que adora o que faz que se empolga com o que ensina, que se mostra sedutor em relação aos saberes de sua disciplina, que apresenta seu tema sempre em situações de desafios, estimulantes, intrigantes, sempre possui chances maiores de obter reciprocidade do que quem a desenvolve com inevitável tédio da vida, da profissão, das relações humanas, da turma

Diante disso, percebemos a importância de buscar soluções diante dos desafios em sala, ser criativo e jamais entregar os pontos, pois o avanço por mais pequeno que seja, já é uma vitória. A criança sendo estimulada e vendo que aos poucos está conseguindo avançar faz com que ela se sinta cada vez mais perto de adquirir as habilidades para seu crescimento cognitivo.

E no processo de aprendizagem, para se obter mais eficácia, devemos nos aperfeiçoar, buscando novas técnicas, e diferentes didáticas, trazendo práticas modernas e satisfatórias segundo Ferreira e Rafael (2015, p.02) “ um docente precisa se adequar ao que o currículo e os livros didáticos contemplam, por exemplo, sem deixar de ser autônomo”.

O lúdico dentre essas técnicas, vai ganhando atenção devido as várias formas de trabalhar nas instituições o ensino. Trazendo assim avanços significativos, apesar de exigir tempo e bastante planejamento, e atenção na hora da execução.

Os jogos, trabalham e preparam a mente, para um desenvolvimento cognitivo, psicomotor e desenvolve a motocidade, ampla e fina. Além de trabalhar bastante a imaginação, o faz de conta e a criatividade. Além de organização do pensamento. As regras, jogar em grupo, entender que nem sempre se ganha, tudo tem um ganho social. , “o conjunto de atividades seqüenciadas; o sistema social descreve os papéis dos professores e dos alunos e as relações e tipos de normas que prevalecem; os princípios de reação são regras para sintonizar com o aluno e selecionar respostas de acordo com suas ações” ( ZABALA, 2014, p. 25)

De acordo com Vigostski (2003), o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Por isso faz se necessário, a criança participar de brincadeiras, dentro do seu contexto em que vive, para que haja interpretações e facilitar seu aprendizado. Ao brincar, e jogar, envolve na criança sentimentos de emoções, pois podemos enfatizar que essa forma lúdica, integra os aspectos motores, cognitivos, sociais e afetivos. Antunes (2003, p.60) cita também que:

O jogo é o mais eficiente meio estimulador das inteligências, permitindo que o indivíduo realize tudo que deseja. Quando joga, passa a viver quem quer ser, organiza o que quer organizar, e decide sem limitações. Pode ser grande, livre, e na aceitação das regras pode ter seus impulsos controlados. Brincando dentro de seu espaço, envolve-se com a fantasia, estabelecendo um gancho entre o inconsciente e o real

Contudo, observamos a importância de se unir, o psicopedagogo junto com as instituições para buscar maneiras, e assim executa-las em sua excelência trazendo os melhores resultados e aprimorando ainda mais as criatividades, de todos os envolvidos. Pois a busca por melhorias nos desenvolvimentos deve ser constante, e de forma prazerosa.

Aprendizagem é toda atividade cujo resultado é a formação de novos conhecimentos, habilidades, hábitos naquele que a executa, ou a aquisição de novas qualidades nos conhecimentos, habilidades, hábitos que já possuam. O vínculo interno que existe entre a atividade e os novos conhecimentos e habilidades residem no fato de que, durante o processo da atividade, as ações com os objetos e fenômenos formam as representações e conceitos desses objetos e fenômenos. (GALPERIN, 2001, p.85).

2.2 A INFLUÊNCIA DOS JOGOS, MÚSICAS, PINTURAS NA PSICOPEDAGOGIA

É de suma importância demonstrar, a influência das brincadeiras e jogos, para o desenrolar dos desenvolvimentos humanos em sua aprendizagem. Como também é válido ressaltar outras atividades como a pintura, a música e tudo aquilo que integra e faça desenvolver a criatividade, são também essenciais, para enriquecer o desenvolvimento da criança em sua aprendizagem.

A criança interagindo com as brincadeiras, vai construindo sua identidade e individualidade, assim vão compreendendo as maneiras de brincar, com instrumentos que reflitam sua comunidade, e se encontrando em seu próprio significado, através de imagens em que se encontrem.

Uma infância bem aproveitada com conexão ao lúdico é benéfico, a longo prazo, na existência daquele indivíduo. Com as variantes possibilidades que as brincadeiras estimulam, a autoconfiança da criança é construída, se tornando consciente e autónoma de suas limitações e também compreendendo seu potencial.

Com a ludicidade, os jogos se tornam um maravilhoso recurso no atendimento psicopedagógico, pois dar para usar como vinculação de instrumento cognitivo para a aprendizagem. É necessário que haja intervenções do psicopedagogo, de forma que o aluno que está ali aprendendo, perceba sua própria forma de aprender. É necessário ressaltar que os jogos e brincadeiras, são aliados importantíssimos que possibilitam os desenvolvimentos intelectuais e habilidades.

2.3 VIÁVEIS FORMAS DE INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS USANDO-SE O LÚDICO

Compete ao professor e todos que fazem parte da educação infantil ou psicopedagogos construir meios que façam os ambientes lúdicos, que desenvolvam várias inteligências e descubram as habilidades dos alunos. Portanto, vemos que os jogos se saem como uma das melhores maneiras para que de forma lúdica se chegue ao aprendizado. Dessa forma concordando com o que diz Antunes (2003, p.19)

Duas crianças, na mesma idade, possuem a janela da mesma inteligência com o mesmo nível de abertura, isso não significa, entretanto que sejam iguais; a história genética de cada uma pode fazer com que o efeito de estímulos sobre essa abertura seja maior ou menor, produza efeito mais imediato ou mais lento. É um erro supor que o estímulo possa fazer a janela abrir-se mais depressa. Por isso, essa abertura precisa ser aproveitada por pais e professores com equilíbrio, serenidade e paciência. O estímulo não atua diretamente sobre a janela, mas, se aplicado adequadamente, desenvolve habilidades e estas ,sim, conduzem a aprendizagens significativas.

É primordial diante do que foi dito, que desde cedo a criança venha ser estimulada, pois cada um tem seu tempo e ritmo de aprender. Dessa forma podemos esta observando suas habilidades, potencialidade, e propiciar intervenções que de forma dinâmica sejam aplicadas, descobrindo suas individualidades.

O psicopedagogo nesse sentindo tem o papel de intervir prevenindo com orientações no ensino, trazendo possibilidades buscando fornecer meios lúdicos para um maior sucesso. Assim considerando a particularidade de cada um, poia sua intervenção vem na intenção de ´´ diagnosticar`` as possibilidades e modalidades de aprendizagem de se construir o aprendizado de várias formas.

Contudo que foi apresentado vemos, que essas intervenções psicopedagógicos, são ferramentas essenciais paras diminuir aquelas dificuldades de aprender. Na sala de aula podemos trabalhar em grupos, trazendo também o convívio com as tecnologias, que possam ajudar nessa ludicidade, construindo seres pensante e que tenha seu senso crítico e que consigam partilhar com seus colegas os aprendizados, respeitando a individualidade de cada um.

Diante do cenário atual onde encontramos também crianças com deficiências que precisam de uma atenção maior, é primordial se usar das técnicas e conhecimentos, mas também da criatividade para chamar atenção e fazer com que a criança venha aprender de forma leve e divertida.

CONCLUSÃO

No desenvolvimento desse trabalho, tivemos o objetivo de mostrar a importância do lúdico na construção de aprendizagem dos alunos da educação infantil. Pois a junção do psicopedagogo com os profissionais da educação, podemos buscar variáveis soluções para as dificuldades de aprendizagem, pois a criança precisa ser estimulada, de forma que a mesma consiga se encaixar e construir seu campo de conhecimentos. Também foi mostrado que cada criança tem seu tempo para aprender, porem todas elas têm capacidades de conseguir se encontrar.

Com a utilização de jogos, e brincadeiras lúdicas que envolvam músicas e pinturas, temos um leque de possibilidades para atingir os objetivos que pontuamos ao iniciar um ano letivo, com muita determinação e força de vontade, unindo-se a criatividade chegaremos a excelência ao fim dos anos letivos.

REFERENCIAS

ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Vozes, 2003

BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.

RS, Artmed, 2007. BRASIL.

FERREIRA, Jardiene Leandro. RAFAEL, Edmilson Luiz. Planificação do trabalho de uma professora em início de carreira. Revista Prolíngua, volume 10 - Número 3 – Nov/Dez de 2015. Disponível em: <https://periodicos.ufpb.br/index.php/prolingua/article/view/28703/15289> Acesso em: 10 de jul de 2022

GALPERIN P.Ya. La dirección Del proceso de aprendizaje. In: ROJAS, L.Q. (Comp.). La formación de las funciones psicológica durante el desarollo dele niño. Tlaxcala: Editora Universidad Autónoma de Tlaxcala, 2001.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Ed. São Paulo: Cortez Editora, 2006.

VIGOTSKI, Liev Seminovichi. Psicologia Pedagógica. Trad. Claudia Schilling. Porto Alegre: Artmed, 2003.

ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar [ recurso eletrônico] / Antoni Zabala; tradução: Ernani F. da F. Rosa; revisão técnica: Nalú Farenzena.-Porto Alegre: Penso, 2014.

Ma Júlia Araújo
Enviado por Ma Júlia Araújo em 16/03/2023
Reeditado em 17/03/2023
Código do texto: T7741773
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.