Constrangimento alheio
Ser elegante, estar elegante ou grife? O elegante se tornou marca, modelo e posse.
Uma pessoa elegante não é somente o que veste, porque ela pode vestir uma roupa e um sapato caro e ser brega, não combinar com sei biótipo e até ficar naquela pessoa feio. E mesmo assim se achar elegante apenas pelo valor das peças.
A elegância pode sim e deve também estar no que vestimos. Ser assim combinando ou ajustado ao local, data e situação.
A vestimenta elegante tem um prazer diferenciado em quem nos vê. Por exemplo é constrangedor conversar com alguém com uma roupa muito apertada. Ou de cores vibrantes demais em uma reunião informal.
Mas é extremamente prazeroso e simples estar perto de alguém que consegue ser elefante em seu trajar e também no seu comportamento.
A pessoa elegante consegue falar de uma forma a expor sua versão e opinião sem ofender ou diminuir o outro. Ela não necessita aparecer para ser. Ela é. Isso não gera a necessidade de ser demais.
Afinal, todo excesso pode estar acompanhado de uma falta.
A elegância está na sua forma de conquistar espaço, de falar e existir. O outro sempre tem espaço na sua fala e caminhada. Não precisa que o outro seja exterminado para sua existência ser notada.
O elegante não precisa exagerar em nada para poder confrontar o outro. Ele sabe seu lugar e quem é.
A mais bela expressão da elegância está no ser educado com todos. Um pouco se elegância está precisando invadir nossas vidas. Estamos cada dia mais intolerantes, mais grossos no tratar o outro. Queremos de toda forma agredir com nosso comportamento para que assim gere respeito. O que jamais vai acontecer.
Como é agradável o elegante. Vamos reaprender essa prática, vale a pena.
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