O mapa da alma
O autismo é como um mapa encoberto. Mapas que encobertam as mais verdadeiras surpresas, tristezas felizes, aprendizagens encantadas e judiciosas. Às vezes, todas as direções são possíveis e outras vezes os caminhos são os mais diversos, quase impossíveis.
Como nos diria Rubem Alves: "Aqui se encontra o retrato deste mundo. Se alguém prestar bem atenção verá que há mapas dos céus, mapas das terras, mapas do corpo, mapas da alma” e eu acrescento: mapas do autismo. São muitos. Quem notar poderá analisar cuidadosamente estes mapas: aprender a falar, aprender a não se sentir sozinho, aprender a se banhar, aprender a usar os talheres, aprender a escrever, desaprender as garatujas, desaprender as estereotipias, desaprender a gritar. Quantos mapas! Seria impossível enumerá-los aqui! Seria impossível enumerá-los numa única vida.
O autismo é uma carta geográfica para a vida dos pais e de seus filhos! É uma lista descritiva de aprendizagem burilada e de renúncia! É a representatividade do que se tem de mais belo, além do tempo, atemporal mesmo e do espaço. Um espaço que para alguns é de sofrimento. Para outros de aprendizagem. Bem pragmático! Somente o momento presente e a crença crística importam.
É só aprender.