QUANDO NÃO AFLORA A EXCELÊNCIA
Quem estaria hoje aprendendo pela excelência do saber? Precisariam procurar com lupa, a mesma que Rui Barbosa um dia usou para procurar vocábulos e palavras incomuns no dicionário e seus verbetes, ampliando sua vasta cátedra, respeitada mesmo nos dias atuais. Barbosa não chegou a Presidência em 1910 porque não entendia muito de malandragens ou não tanto quanto o seu oponente, O Marechal Hermes.
O conhecimento anula automaticamente falácias e teses que maus oradores tentam impor com a boa fala e péssima intimidade com suas fontes. E vejam que não há necessidade de se ocupar com grandes conhecimentos, mas sim saber com excelência sobre o pouco que se prega e ensinar apenas o que se sabe de fato, podendo fazer subdivisões de assuntos sem necessidade de enrolar com todo o conteúdo. Um orador evangélico citando um trecho da bíblia iria referir dentro da razoabilidade capítulos que ele já pregou à exaustão em cultos anteriores, para, se questionado, ter facilidade de dirimir dúvidas; Um professor numa sala não irá ter dúvidas quanto à determinada disciplina que virou rotina diária na sua turma de alunos; Profissionais de toda sorte também tem seus conhecimentos profundos de defeitos e irregularidades que convivem a cada lida e a repetição destes, transformando isso que em experiência anterior para também conferir a eles a preferência de quem o contratou.
Vi um documentário tempos atrás em que os romanos tiveram entre as causas que ruíram seu império longo, pouco mais de 400 anos, a falta de interesse pelo conhecimento por parte de seus generais os quais, quando venciam batalhas esqueciam as tradições de alguns povos conquistados e eliminavam seus pensadores dando com isso grande prejuízo às civilizações futuras. Li ainda, que tendo sido derrotada pelo mongol Gengis Khan, a China retomou seu reinado (império) de cinco mil anos convencendo a sua devolução através do conhecimento sem derramamento de sangue, que seria a forma de vitoria de Khan. E vejam que ela até hoje é gigante e a Mongólia é pouco lembrada.
As fontes de consulta são muitas, mas a absorção do conhecimento está comprometida pela velocidade delas, alimentando antes o desinteresse e com isso a qualidade da resposta deixa a desejar com efeitos daninhos à boa cultura. É por isso que a praça sempre segue à mingua vez por outra, em um mercado que precisa de bons profissionais, isso em todas as áreas com claro deles, pois na outra ponta, não estão firmes no dever de casa ficando sem condições de atender às exigências do contratante que quer e precisa de qualidade e excelência. Chefes e chefias sempre estarão sentados nas cadeiras. Alguns deles não são dignos delas.