Ensino e aprendizagem em transformação: um desafio contemporâneo

Notoriamente, o ensino e a aprendizagem precisaram se reinventar em meio ao cenário pandêmico. Muitas foram as demandas para o professor, mas a mais desafiadora foi encontrar uma nova forma de ensinar. Como fazer isso sem socializar, conviver, olhar nos olhos? Como garantir a aprendizagem sem uma sala de aula física? O ensino a distância não fazia parte da realidade dos alunos da educação básica brasileira, o que fez com que a rotina fosse alterada de forma repentina. Fez-se necessário adaptar-se ao “novo normal”: vídeos, telas, plataformas, e-mails.

Felizmente, o cenário mudou e as aulas presenciais, em sua maioria, retornaram. A importância de uma sala de aula física para crianças e jovens ultrapassa o aprendizado, é uma ferramenta de convívio social, de acesso à alimentação, de socialização, cuidado e proteção. Obviamente, os pontos positivos no que se refere à aprendizagem também são inúmeros. Ter o professor à disposição presencialmente traz segurança ao aluno, dá abertura a questões, diálogos e discussões. Nessa perspectiva, percebe-se também a relevância de se ter aprendido a trabalhar com a tecnologia durante a pandemia, dado que esta pode tornar-se uma grande aliada do professor em direção ao futuro. É preciso inovar para manter o interesse dos jovens, aulas tradicionais e expositivas já não se tornam atraentes àqueles que têm celulares à disposição o tempo todo.

Torna-se evidente, portanto, que ensinar requer reflexão e mudança. Dessa forma, fazer uso de novas metodologias contribui significativamente no aprendizado, um exemplo claro são as metodologias ativas, as quais permitem que o professor seja mediador do processo de ensino aprendizagem, fazendo com que o estudante se envolva e participe ativamente das atividades propostas. Os planejamentos precisam colocar o aluno como o centro do processo, como o protagonista. Utilizar-se de jogos (Kahoot, por exemplo) é uma proposta que gera resultados muito bons, já que os alunos estarão sendo fortemente estimulados a prestar atenção a todo momento, eles serão envolvidos pela ludicidade, pela interação, pelo trabalho em equipe e pela comunicação. É uma forma de “trazer” todos os alunos para a aula e também uma nova maneira de avaliá-los, uma vez que os instrumentos de avaliação também necessitam de um novo olhar daqui em diante.

Nesse sentido, sabe-se que parte dos alunos não tem acesso à internet e a aparelhos eletrônicos. Tem-se, então, mais um desafio para os professores. Uma solução viável é fazer com que os alunos trabalhem em grupos e que pelo menos um integrante do grupo tenha acesso à tecnologia. Isso promove a participação de todos, faz com que cooperem uns com os outros e, ainda, mantém a possibilidade de incluir a tecnologia em sala de aula mais viva do que nunca, o que é primordial para a educação nos dias de hoje.

Caroline Biancho
Enviado por Caroline Biancho em 23/06/2022
Código do texto: T7544114
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