História Acadêmica: uma historiografia das estruturas

Não é segredo para ninguém que, o ensino de História desde os primeiros anos concentra-se em processos de longa duração. Não há qualquer concentração metodológica direcionada à micro história no sentido aplicado à biografia ou às curiosidades publicadas em trabalhos não-acadêmicos. Assim, os historiadores profissionais têm, como vasto leque profissional, temáticas que abrangem a conjuntura em suas variadas perspectivas. Há, portanto, certo vazio no que tange às outras perspectivas. Em que medida a alimentação desse conhecimento pode aumentar o interesse dos alunos da Educação básica pelo componente curricular proposto? De que maneira as fontes já trabalhadas, como as visuais (filmes, documentários, peças teatrais) e as interativas (jogos de estratégia) podem fomentar esse objetivo?

São problemáticas que responderei em uma pesquisa futura. Sob a perspectiva da longa duração, a historiografia tradicionalmente ensinada, quer seja na educação básica, quer seja nos cursos de graduação em História, correspondem às estruturas. Desde o viés político, passando pelo econômico, social, incluindo o cultural, estuda-se o processo desde as primeiras organizações políticas, até os dias atuais.

A micro história, por outro lado, apresenta-se como disciplinas eletivas ou, mais tradicionalmente, na pós graduação em História.

Portanto, as estruturas marcam as temáticas de pesquisa e ensino, que, desde a regulamentação da profissão de historiador no Brasil, é um amplo convite para que os historiadores profissionais contribuam com a comunidade acadêmica e enriqueçam as perspectivas historiográficas.