O desprezo da educação superior em relação ao que é mais importante para o trabalho acadêmico/científico

Para se tornar um excelente cientista ou pesquisador é preciso ser curioso, criativo, racional, prático, intelectualmente honesto, humilde e independente; precisa ser bom para perceber padrões, ter atenção aos detalhes e buscar pela verdade objetiva.

No entanto, a educação superior, assim como o sistema de ensino, de maneira geral, privilegia quase que exclusivamente a inteligência cristalizada em seus processos de seleção de concorrentes e avaliação de estudantes, partindo da suposição de que, todo aquele que pleiteia o trabalho acadêmico/científico precisa apresentar uma grande capacidade de memorização, já que se baseia na aplicação de provas generalistas, que avaliam conhecimentos gerais, desprezando completamente essas características citadas que são fundamentais a um bom cientista ou pesquisador... Sem falar que são provas generalistas que visam avaliar a capacidade de se especializar em uma determinada profissão, isto é, de aprender conhecimentos específicos, o que, pra mim, não parece fazer sentido lógico. Como resultado, é possível que, muitos daqueles que apresentam perfis para exercer essas funções, por não serem grandes memorizadores, não estão sendo selecionados pelas universidades, e em prol de uma maioria de indivíduos que apresenta características opostas às do arquétipo do cientista ou pesquisador: de obediência acrítica e de imaginação, curiosidade e racionalidade insuficientes...

Claro que eu não estou desprezando a importância da capacidade de memorizar ou dos conhecimentos gerais, mas que apenas isso seja avaliado durante os processos seletivos.

Mais um Thiago
Enviado por Mais um Thiago em 14/02/2022
Reeditado em 13/04/2023
Código do texto: T7452120
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.