O “ESPÍRITO” E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXX—

O “ESPÍRITO” E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXX—

Sodoma está na crista da onda na atualidade espiritual. Nas revistas, jornais e na programação Tvvisiva. As bundas das mulheres, dos travecos, dos gays não cansam de ser mostradas nos trejeitos big-brothers. A metáfora do Grande Irmão, ensaiada ou não, debaixo dos sais, das saias, band-aids e demais configurações nos programas de rede, motéis ou camas. É parte natural da exacerbação da libido dos espectadores.

O mercado exige. O senhor mercado dos produtores, diretores, atores e atrizes. De crianças a idosos, todos estão expostos à exposição das zonas púbicas das moças, mocinhas e madonas. As zonas pubianas barrocas são presença cotidianas nas bibocas e grotas sentadas no sofá da Sala De Jantar do entretenimento que faz a cabeça de milhões. Não apenas de brasileiros.

Toda sociedade tem os irmãos de sofá espiritual que merece. Dize-me o que te entretém na Tv, e eu te direi, com certeza, quem és. Dizei-me por que tens de aceitar o lixão do Grande Irmão e eu te direi qual a essência da cultura que emana de tua cabeça. Normalmente com discernimento de bagre. Você espectador do Bigbrother, se dá, oferecido, seu precioso tempo para visualizar as momices de pessoas que cultuam a fragilidade mental e moral em seus corpos espiritualizados pelo que há de mais supérfluo e mais banal. Os brothers brincam de trocar figurinhas sem saber (ou sabem) que não vão poder retroceder de suas fúteis e insignificantes amenidades.

Pergunto-me, às vezes, se o Deus Et que criou os corpos e os espíritos que neles estão, os criou para esse tipo de legião de espíritos de porcos em busca do milhão e meio de reais e um carro para o primeiro colocado da premiação. O espírito do apresentador se vale desse status para dar uma de “superior” desse convento desses internados para entreter os curiosos do que há de pior na civilização: a cultura mediúnica da fragilidade de caráter. A cultura da vulgaridade disseminando-se num mercado que, pelo exemplo, vai repeti-la.

O espírito coletivo dos produtores desse programa precisa dele para faturar ibope nesse mercado já por demais saturado de néscia imbecilização??? Não sabem eles (legião) que este país precisa desenvolver uma mentalidade e um caráter que não seja de aluvião ou enxurrada de informações intimistas, que conduzem as pessoas que o veem ao mesmo patamar de cordeiros berrando no terreiro a serviço do reforço da própria idiotização???

O Brasil precisa mesmo desse tipo de vadiação??? A cultura da malandragem e da zero vergonha na cara, imposta pelos políticos do Centrão, precisa mesmo ser mostrada nos monitores da Tvvisão para que o mundo inteiro saiba que modelo de educação os irmãos brasileiros têm e deveriam temer. Afinal, que futuro pode haver num país de bundões que se julgam uns aos outros mais ou menos espertos???

Os reais produtores do BB são os políticos do Centrão. Eles são associados majoritários da Rede Globo de Televisão. O BB mostra de modo irrefutável que a luta de classes inexiste no Brasil. O que existe no país são as várias flutuações de opiniões ordinárias, que se contendam visando mostrar qual delas é a mais cretina e sórdida no fazer valer a dialética social num ambiente astral em que todos se equivalem profundamente. Profunda mente. Na profundidade de suas mentes o horror vence qualquer tentativa de se tornarem seres que não sejam mercadorias.

A antropologia e a história dos espíritos afirmam o conceito de civilização. Mas que civilização pode haver nessa mostra de cabotinismo, exibicionismo e vacuidade entre seus partícipes??? A sociedade humana dita regressiva, produziu isso aí!!!

Esse reality show de realidades produzidas para repetir a história dos homens das cavernas da Idade da Pedra!!! Não houve evolução??? Ô lasqueira, essa lazeira!!! Uma amostragem irrefutável de que essa cultura e civilização não merecem outra coisa senão ser extintas. O mais breve possível!!!

O BBB é um programa de sucesso de mercado num país de anal, de analfabetizados. Esse encontro entre irmãos de feérica subjetividade, equivale ao programa dominical “Fantástico” em suas atualizações de eventos em uma realidade que não faz outra coisa senão “desinformar a informação”, desde que editado para um público dominical fruir numa atmosfera mental do Inconsciente Coletivo Nacional inserido no espectro ou nuvem fantasmal do entretenimento.

Todas as coisas narradas no “Fantástico”, nos JN, no JG, nos demais jornais, são pulsões de uma realidade que não devem ser levadas a sério, porque, no final das contas, tudo é recreação, passatempo, divertimento.

As mais chocantes notícias de atentados terroristas, a invasão do Capitólio, as merrecas verbais do presidente Bozo, o atraso na aquisição de vacinas da Pfizer, as milhares, milhões de pessoas órfãs da irresponsabilidade governamental, que choram e sofrem as consequências dos óbitos de seus familiares: nada disso possui valor de mudar os paradigmas de uma política, economia e sociedade sem noção da inconsciência moral em que vivem ou vegetam e são dela, letargia moral, adeptos e sectários.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 17/01/2022
Reeditado em 18/01/2022
Código do texto: T7431542
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