Semeador de Memórias

Resumo: O protagonismo humano diante das ações que moldam a nossa história, o colocam como um agente transformador do espaço geográfico. Como um semeador espalha novas sementes no campo, o homem espalha memórias no seio da História.

O tempo como agente transformador da realidade vitimiza o ser humano e naturaliza as transformações que ocorrem. As várias relações interdisciplinares da História com as outras áreas do conhecimento, ampliam as perspectivas, trazendo movimento, isto é, continuidades e rupturas nos processos históricos.

Na perspectiva individual, semear memórias representa ser protagonista da própria história. Assim, enquanto agente transformador da realidade, o indivíduo assume a ativa postura de semear a própria história.

O tempo contextualiza uma realidade evitando cometimento do anacronismo. Desde o movimento dos Annales, a problematização das fontes extrai outros questionamentos. Aliada à contextualização, constitui a primeira série de transformações teórico-metodológicas que constituem a historiografia contemporânea, chamada de Nova História.

Portanto, a primazia humana em relação à postura teórica, transformá não só a historiografia, como também a maneira como se concebe a História ao longo do século XX. Do indivíduo ao social, a compreensão da passagem do tempo está muito além da característica linear proposta pela linha do tempo. Assim, constituem histórias, no plural. Uma vez que abrange múltiplas perspectivas, o historiador também exerce posições interdisciplinares.

Referência:

LOPES, Marcel Franco. Semeador de Memórias. Curitiba, Flashes & Memórias, 2020.