O que você faz com o seu dinheiro?
Não é a quantidade de dinheiro que ganhamos que vai nos tornar independentes, financeiramente falando. O que você faz com o seu dinheiro, a forma como o emprega e o hábito de economizar é que vão levá-lo a uma vida financeira bastante folgada. Infelizmente, não é o que vemos em nossa sociedade. O impulso de gastar supera a vontade de fazer economias e, muitas vezes, somente tarde na vida é que se percebe quanto tempo foi perdido e quanto dinheiro gasto inutilmente poderia ter sido dirigido a outras finalidades, tais como criar um fundo de renda vitalícia, o que proporcionaria uma vida bem mais segura e feliz.
O hábito de economizar pode ser cultivado, mas isto exige perseverança e determinação; talvez seja por isso que muitos fracassam. O importante é começar, criando um objetivo grandioso que compense o esforço. Como tudo na vida que nos traz a alegria da realização, alcançar a liberdade financeira é um alvo que, para ser atingido necessita de um planejamento. É fundamental visualizar uma situação em que você se veja totalmente livre de dívidas e com um belo superávit financeiro, desfrutando a vida que sempre quis. É diferente de tornar-se milionário, porque tudo é um processo; a conclusão de uma meta traz o desejo de alcançar outra e depois outra e é assim que a meta final é atingida. Se ficar milionário é sua meta, ela é apenas uma de muitas que você precisa alcançar primeiro. Então, todo esforço que trouxer bons resultados já terá valido muito a pena.
Cada um precisa se analisar individualmente. Há tipos diferentes de pessoas, como há metas diferentes a serem atingidas. É preciso o autoconhecimento nesse terreno do dinheiro antes de iniciar um processo de economia. Um gastador compulsivo jamais conseguirá iniciar um processo de economia que ele sabe, por intuição que não será cumprido. Começar com pequenos valores e ir em seguida aumentando à medida que se fortalecem a autoconfiança e o hábito. Dez por cento de tudo que se ganha é um percentual bastante razoável e que não pesa no orçamento. Esse montante pode ser posto de lado e, para que não haja a tentação de gastá-lo e nem a desculpa de que ele não pode ser separado dos ganhos é convencer-se de que ele não faz parte dos dividendos.
Ou seja, o salário é sempre noventa por cento do que está sendo pago à pessoa. Ela não ganhou aqueles dez por cento; eles não vieram para serem gastos, mas economizados. Isto tornar-se-á tão natural para o poupador que ele, já acostumado e feliz quererá aumentar a sua reserva e o fará tanto por investimentos como por aportes maiores que eventualmente fará ao que já possui em segurança. É aí que realmente se inicia a verdadeira caminhada para a tão desejada independência financeira.