DO PROFESSOR AOS PAIS
DO PROFESSOR AOS PAIS
É preciso lembrar: não é a escola a única responsável pelo desempenho dos alunos. Não adianta a instituição ter os “melhores” professores se o discente não tiver motivação por parte da família e dele mesmo.
O pouco tempo disponível dos pais não é desculpa para o desleixo que presenciamos. Engraçado é que, quando o aluno está quase reprovado, estes aparecem para reivindicar uma nota melhor para seu filho. Um contato informal, antes ou depois da aula ou por telefone pode ser muito representativo. Muitos pais temem demonstrar o desleixo e a falta de convivência com sua prole.
É fundamental perguntas do tipo: meu filho participa das aulas? Como é o relacionamento do meu filho com os colegas, professores e a escola em geral? Qual é a sistemática da escola em relação às tarefas?
A maioria dos pais não tem o mínimo controle sobre o que os filhos fazem na escola. Para eles a verdade de sua cria é absoluta. É preciso que os pais monitorem o que seus filhos fazem na internet. Se quando é passado um trabalho, uma pesquisa esses alunos simplesmente copiaram o texto. Conscientizá-los de que isso é desonesto e constitui plágio. Isso não é papel apenas do professor.
A maioria dos professores gostaria de dizer: “Quando eu era criança, se eu fosse mal nos estudos, meus pais culpavam a mim – não aos professores”. Aqui vale o lugar-comum: “Professor nenhum reprova aluno, o aluno se reprova”. Antes o aluno se adequava ao colégio, hoje o colégio tem de se adequar a ele. Por quê? Porque educação virou comércio! Porque o Brasil precisa subir nos índices de aprovação escolar, mesmo que o ensino seja falho e 80% dos alunos concluam, analfabetos, o Ensino Médio.
Podem dizer que “a escola é a segunda casa”, mas os professores não são pais dos alunos! Cabe a vocês, pai, mãe, acompanhar, diariamente, as atividades escolares e ajudar seu filho a ter autodisciplina, estabelecer horários de estudo. Retire pelo menos 15 minutos por dia – isso pode fazer toda a diferença.
Demonstrar interesse pela vida de seu filho é um ato de amor. Seu filho se sentirá mais amado e importante, mais confiante para desenvolver atividades do dia a dia.
É importante frisar que o computador, o celular e o videogame não são de totalmente nocivos. Apenas exija do seu filho o cumprimento das tarefas antes da diversão. Mais uma vez: estabeleça horários.
Quando seu filho obtiver uma boa nota, não diga que ele fez “mais do que sua obrigação”. Comemore junto com ele, no entanto, sem soterrá-lo com presentes.
É comum observarmos que na reunião de pais só comparecem aqueles de alunos que não têm problema. A falta de limites em casa se reflete na sala de aula. Essa é uma geração abandonada. Tem mesada, tem brinquedos, tem regalias. Falta o essencial: carinho, atenção, amor. São “órfãos de pais vivos”.