Se você é patriota leia com atenção
SE VOCÊ É PATRIOTA LEIA COM ATENÇÃO
Miguel Carqueija
O uso imoderado de estrangeirismos já era um problema tempos atrás. Nos últimos anos porém atingiu o nível de delírio. A grande mídia (pasmem, até as emissoras católicas, que deveriam dar o exemplo) rendeu-se sem resistir a essa tendência antipatriótica. Parece que nós brasileiros não temos mais nenhum amor ao nosso idioma, que o vivemos misturando com palavras em inglês criando assim uma espécie de portinglês, um idioma híbrido e extremamente feio.
Sim, é verdade que o intercâmbio das línguas faz parte de sua evolução e que nós hoje em dia utilizamos muitos termos vindos do tupi-guarani por exemplo. E que “futebol” é a assimilação de “foot ball” ou pé na bola, o que chamávamos antigamente o jogo da bola e que agora é simplesmente futebol, termo aportuguesado. Mas o que hoje se verifica é por demais artificial, é a inserção arbitrária de palavras que poderiam ser evitadas, traduzidas, e isso é de um pedantismo piramidal, digamos.
Segue aqui uma pequena relação do que deveríamos falar em vez do que se está falando ou escrevendo:
lockdown = confinamento
home office = trabalho em casa
e-mail = correio eletrônico
shopping center = centro comercial
impeachment = impedimento
dar um like = dar um gostei
dar um deslike = dar um não gostei
live = transmissão ao vivo
live action = ação viva (filme que não é de animação)
mouse = rato ou ratinho (acessório de computador)
site = página
download = baixamento
self service = auto-serviço
selfie = auto-retrato
hamburger = hamburguês (de Hamburgo, cidade alemã)
delivery = entrega a domicílio
link = endereço (virtual)
e-book = e-livro (livro eletrônico)
audiobook = audiolivro
fake news = notícias falsas
O que é mais lamentável, nisso tudo, é a omissão da Academia Brasileira de Letras e do Ministério da Educação, que deveriam, a meu ver, defender de público o nosso idioma, urge uma campanha pelos meios de comunicação para salvar o Português.
E se você tem vergonha de dizer “trabalho em casa” em vez de “home office”, lembre-se: não há lei nenhuma que lhe obrigue a submeter-se aos estrangeirismos. E não é vergonha nenhuma falar conforme o nosso idioma.
Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2020.
SE VOCÊ É PATRIOTA LEIA COM ATENÇÃO
Miguel Carqueija
O uso imoderado de estrangeirismos já era um problema tempos atrás. Nos últimos anos porém atingiu o nível de delírio. A grande mídia (pasmem, até as emissoras católicas, que deveriam dar o exemplo) rendeu-se sem resistir a essa tendência antipatriótica. Parece que nós brasileiros não temos mais nenhum amor ao nosso idioma, que o vivemos misturando com palavras em inglês criando assim uma espécie de portinglês, um idioma híbrido e extremamente feio.
Sim, é verdade que o intercâmbio das línguas faz parte de sua evolução e que nós hoje em dia utilizamos muitos termos vindos do tupi-guarani por exemplo. E que “futebol” é a assimilação de “foot ball” ou pé na bola, o que chamávamos antigamente o jogo da bola e que agora é simplesmente futebol, termo aportuguesado. Mas o que hoje se verifica é por demais artificial, é a inserção arbitrária de palavras que poderiam ser evitadas, traduzidas, e isso é de um pedantismo piramidal, digamos.
Segue aqui uma pequena relação do que deveríamos falar em vez do que se está falando ou escrevendo:
lockdown = confinamento
home office = trabalho em casa
e-mail = correio eletrônico
shopping center = centro comercial
impeachment = impedimento
dar um like = dar um gostei
dar um deslike = dar um não gostei
live = transmissão ao vivo
live action = ação viva (filme que não é de animação)
mouse = rato ou ratinho (acessório de computador)
site = página
download = baixamento
self service = auto-serviço
selfie = auto-retrato
hamburger = hamburguês (de Hamburgo, cidade alemã)
delivery = entrega a domicílio
link = endereço (virtual)
e-book = e-livro (livro eletrônico)
audiobook = audiolivro
fake news = notícias falsas
O que é mais lamentável, nisso tudo, é a omissão da Academia Brasileira de Letras e do Ministério da Educação, que deveriam, a meu ver, defender de público o nosso idioma, urge uma campanha pelos meios de comunicação para salvar o Português.
E se você tem vergonha de dizer “trabalho em casa” em vez de “home office”, lembre-se: não há lei nenhuma que lhe obrigue a submeter-se aos estrangeirismos. E não é vergonha nenhuma falar conforme o nosso idioma.
Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2020.