TECNOLOGIA REVERSA.

O maior sonho de consumo deste século, sem dúvida, é o celular.

Essa ferramenta passou a fazer parte impressindivel da vida de homens e mulheres de todas as idades e classe como se fosse uma peça do vestiário.

Ele parece ter se tornado definitiva um membro do corpo: um braço, uma perna, em alguns casos a própria cabeça.

Quase tudo pode ser feito pelo Celular.

Tarefas corriqueiras como escrever, falar, jogar, fazer cálculos matemáticos sem pensar, acender as luzes de casa, ligar o alarme do carro, pedir uma pizza, e as mais complexas como acionar sistema de irrigação de lavouras a centenas de milhas, falar com astronautas em estação espacial, realizar consulta médica de urgência, e nesses tempos de Pandemia, fazer reuniões on-line de negócios, de governo, de família.

Não tem limites para o celular. Aí é que mora o perigo.

Um pensador disse certa vez que multidão não é companhia.

Milhares de likes. Milhões de "amigos" não preenche o vazio existencial de ninguém e não garante a felicidade, não substitui abraços de amigos, nem as refeições a mesa, nem o diálogo familiar.

Tem criança que mesmo antes de aprender a andar já saber com maestria manipular um celular.

Criança de sete, oito

anos que passa horas navegando

na internet, enquanto os pais aproveitam a " paz" desse momento para mergulhar também nesse paraíso (Abismo) virtual.

Meu velho pai dizia que em excesso, até a doçura do mel faz vomitar. Que a virtude em demasia é prejudicial.

Não esqueçamos que essa tecnologia chamada celular é apenas fruto da inteligencia e não um pedaço do corpo e deve ser utilizada com sabedoria.

Antes da chegada do Celular a mais ou menos cinquenta anos, a humanidade era menos acelerada. A vida andava de vagar.

Tinha menos ansiedade, menos angustia, e depressão era coisa de maricas.

Os vizinhos se conheciam pelo apelido; os amigos se visitavam; as meninas brincavam de boneca e de casinha, os meninos brincavam de jogar Pião de fieira; jogava Burquinha e fazia guerrinha de Mamona

Hoje o tempo parece voar. Acaba o Domingo e já é sábado novamente.

Ninguém se visitam mais.

Nos tornamos escravos do Tic tac do relógio e da pseudo tecnologia que a princípio veio para nos

libertar e trazer felicidade duradoura.

Que saudades eu tenho do silêncio das pescaria que fazia com meu pai, cortado apenas pelo canto dos passarinhos e a música da cachoeira do fundão e não o barulho das mensagem do Watts.app

Será que éramos felizes e não sabíamos?

Quando você foi pescar com seu filho?

Já abraçou seu filho Hoje? Já desligou seu celular hoje?

Gilberto F Lima
Enviado por Gilberto F Lima em 17/08/2020
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