FUNDEB - Vislumbrando/Propositando...
No formato do FUNDEB, ‘aprovado’, a maioria dos municípios receberá mais dinheiro. Mais recursos.
Com mais dinheiro, vislumbro o empenho dos professores com relação a duas questões:
- Melhores salários, e;
- Qualidade da educação.
As duas questões merecem todas as lutas para a sua materialização.
Haverá greves e outros embates políticos.
Ao longo do tempo percebe-se que as lutas alcançaram mais sucesso em relação aos salários do que na qualidade da educação. Ainda injustos, mas melhoraram em relação ao passado próximo. Também pode-se analisar que aumento de salários de professores, PROPORCIONALMENTE, não tem efeito sobre a qualidade das práticas educativas na mesma medida. Um exemplo: nos últimos anos algumas categorias de professores receberam 100% de aumento. Pergunto: as práticas destes professores se qualificaram 100%? O mesmo comparativo pode ser aplicado à formação de professores. Exemplo: mestrados e doutorados não têm, efetivamente, reflexos na qualidade das práticas de seus portadores. Há exceções? Sim. Mas não são tendência.
Assim sendo, penso ser necessária a preocupação e a luta de professores por uma formação mais adequada em relação às demandas suscitadas pela transição que estamos vivendo, por causa da pandemia. Novos tempos exigirão novas práticas. Na educação infantil, quem formará e qual formação será necessária para dar conta da realidade que está se desenhando? Neste sentido, há um desafio: a formação para a educação infantil, antes da pandemia, era muito questionada. Creio ser necessário pensar em um outro tipo de formação. A formação em exercício antes da pandemia não serve mais.
Algumas ideias circulam em relação a uma formação necessária, diferente para os novos tempos. Isso é importante. Os debates, as discussões e diálogos relevantes podem fomentar proposições que articulam formação de professores, qualidade na educação e melhores salários.