ADAPTAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ADAPTAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ELIANE SIMONE FONGARO PEZZI

JACIRA JUSTINA BRAMBATTI

LUCIANE CRISTINE DA SILVA ANGHEBEN

MAIRA LÚCIA MICHELON

RAFAELA MENEGON

VERIDIANE ELOISA DAL BÓ MAURINA

Buscamos, através deste texto, refletir e discutir sobre a adaptação escolar no âmbito da Educação Infantil, pois compreendemos a importância deste momento para o desenvolvimento da inteligência emocional da criança, e esse período de adaptação é um período o qual todas as crianças deverão passar. Assim, para que essa adaptação se dê de forma satisfatória algumas atitudes e cuidados devem ser observados.

E é na Educação Infantil que as crianças têm o primeiro contato com o ambiente escolar, ou seja, a integração com colegas e professores é ainda mais importante, faz-se necessário que o ambiente proporcionando seja um ambiente seguro e acolhedor, pois, até então, muitas destas crianças possuíam apenas o seu lar como o seu único convívio social e, ao fazer parte da escola, ele terá um leque de possibilidades os quais irá conviver e interagir com outras pessoas em um ambiente novo e rico em conhecimento.

No primeiro dia da criança na instituição, a atenção do professor deve estar voltada para ela de maneira especial. Este dia deve ser muito bem planejado para que a criança possa ser bem acolhida. É recomendável receber poucas crianças por vez para que se possa atendê-las de forma individualizada. Com os bebês muito pequenos, o principal cuidado será preparar o seu lugar no ambiente, o seu berço, identificá-lo com o nome, providenciar os alimentos que irá receber, e principalmente tranqüilizar os pais. A permanência na instituição de alguns objetos de transição, como a chupeta, a fralda que ele usa para cheirar, um mordedor, ou mesmo o bico da mamadeira a que ele está acostumado, ajudará neste processo. (RCNEIS, Vol.2, 1998, p.79)

Portanto, é preciso que desde o primeiro dia de aula a criança consiga criar vínculos com a escola, que podem ser feitos através de elos entre a escola e a casa da criança, já que esta está chegando a um lugar novo e desconhecido, onde não conhece ninguém e terá que ficar um tempo longe de quem ela já confia e tem afinidade.

É necessário proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para que assim, os bebês possam se adaptar a esse novo meio, permitindo-os a fazer novas aprendizagens e descobertas que contribuam para o seu pleno desenvolvimento físico, emocional e social.

As crianças desta fase estão se constituindo subjetivamente e possuem formas específicas de se apropriar do mundo e da realidade que as cerca. São ávidas exploradoras e inicialmente fazem isso através da ação física, sugando, tocando, apertando, cheirando, mordendo, engatinhando e experimentando diferentes sensações. (CAIRUGA; CASTRO; COSTA, 2014, p. 10

Dentre algumas das situações que podem ocorrer durante as primeiras semanas de adaptação são as crises de choro. Sabemos que o choro é a primeira forma de manifestação do bebê/criança para demonstrar o seu descontentamento com algo, e na adaptação isso não será diferente, é esperado que isso aconteça, e no papel de professoras necessitamos ter a sensibilidade para entender esse choro e assim procurar estratégias para sanar esse desconforto.

O choro da criança, durante o processo de inserção, parece ser o fator que mais provoca ansiedade tanto nos pais quanto nos professores. Mas parece haver, também, uma crença de que o choro é inevitável e que a criança acabará se acostumando, vencida pelo esgotamento físico ou emocional, parando de chorar. Alguns acreditam que, se derem muita atenção e as pegarem no colo, as crianças se tornarão manhosas, deixando-as chorar. Essa experiência deve ser evitada. Deve ser dada uma atenção especial às crianças, nesses momentos de choro, pegando no colo ou sugerindo-lhes atividades interessantes. (RCNEIS, vol.1, 1998, p.81)

Assim, um dos possíveis meios é o de criar vínculo com a criança/bebê em questão e buscar estabelecer relação com algo que a faça da sua família, para que, dessa forma, ela possa se sentir confortada neste momento e, aos poucos, o choro deixará de fazer parte da rotina escolar da criança.

Para concluir, enfatizamos que, para trabalhar com crianças na faze da Educação Infantil, precisamos treinar nosso olhar e entender que nossa prática pedagógica deve ser voltada ao cuidar/educar com amorosidade, pensando no desenvolvimento, emoções e sensações que serão capazes de absorver e devolver ao seu entorno.

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il. Volume 1: Introdução; volume 2: Formação pessoal e social; volume 3: Conhecimento de mundo. Acesso em 13 de mar. Disponível em :< http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>

CAIRUGA, Rosana Rego; CASTRO, Marilene Costa de; COSTA, Márcia Rosa da (Orgs). BEBÊS NA ESCOLA: observação, sensibilidade, e experiências essenciais. Porto Alegre: Mediação, 2014.

https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-adaptacao-na-educacao-infantil.htm. Acessado em 09/03/20

https://educacaoinfantil.aix.com.br/o-processo-de-adaptacao-na-educacao-infantil/ acessado em 09/03/20

https://escoladainteligencia.com.br/adaptacao-escolar-como-lidar-com-4-problemas-mais-comuns/ acessado em 09/03/20

rafamene, ELIANE SIMONE FONGARO PEZZI, JACIRA JUSTINA BRAMBATTI, LUCIANE CRISTINE DA SILVA ANGHEBEN, MAIRA LÚCIA MICHELON, RAFAELA MENEGON e VERIDIANE ELOISA DAL BÓ MAURINA
Enviado por rafamene em 09/03/2020
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