Inclusão e envelhecimento - um mundo que todos podemos aprender.
Hoje ainda ando por aí, pelas ruas esburacadas, por calçadas com desníveis, e tão sujas, com postos e muros à beira do semáforo para eu atravessar.
Criaram a (Lei 13.146/2015 - Fonte: Agência Senado - Lei Brasileira de Inclusão), mas na realidade há muito ainda para se fazer e argumentar. Nas escolas, professores, em salas de aula, não devem só tentar incluir no social, sei que tenho a deficiência intelectual, mas posso aprender se mudar o modo de como ensinar. Com certeza vou aprender.
Muitas vezes, me tratam como se fosse "retardado", termo que já não se usa mais, mas não ouço com os ouvidos, e sim com a alma, algo que no meu silencioso mundo, muitos acham que não posso construir minha jornada, jogar bola ( ,http://redeglobo.globo.com/videos/v/palmeiras-contrata-jogadora-surda/8253353/) ou fazer o que quiser em minha estrada.
Ah. Muitas coisas mudaram no mundo em questão da inclusão, em questão de tantas formas também de acessibilidade, ver que hoje eu ainda jovem, retorno a repetir, ando, mas a idade chega, os membros inferiores devido alimentação, falta de exercícios ou outros requisitos, enfraquecem, e nos deixam frágeis. A audição também diminui, o cansaço, mas podemos ainda podemos dar um abraço. E, espero que você chegue a minha idade, e seja feliz.
A inclusão é algo cauteloso, devemos compor com sapiência, hoje temos membros, andamos, surfamos, nos divertimos e tudo mais, mas, talvez por ganância, estupidez, possamos perder os movimentos, e precisar com o tempo de condições mais acessíveis.
Hoje em dia temos a para olimpíadas que traduzem que não podemos ficar parados, que somos capazes de tantas coisas, e que transformamos nossa geração do século XXI; onde antes em muitas etnias, e culturas, era comum assassinar um bebê que nascesse diferente.
Hoje com avanço bio-tecnológico, com o avanço médico, a questão da Inclusão, ficou mais fácil, porém ainda temos muito a aprender; como os funcionários do INSS, que pedem para uma senhora sem as mãos assinar uma documentação para receber um pouco para ter o que comer, e outras coisas mais, que ainda ocorrem em nosso país, e que não faz sentindo eu tentar entender, como filhas de políticos, e outros, ganham tanto, e os que precisam realmente, nada têm. Fatos injustos!
Mas, dedico esse texto a Maria Dolores Fortes, uma pessoa que mesmo com suas limitações voa o mundo e é doutora, não médica, mas de um doutorado, estudo mais especializado aqui no Brasil, e ao meu ex aluno e amigo Wilson Sabino, cadeirante, que luta muito. Também dedico esse texto as pessoas que por uma questão de idade, já perderam sua mobilidade, e a você leito, jovem que muitas vezes, procura se destruir com n drogas, faz uso de narguilé, faz uso de drogas, tira a vida dos outros por um celular, vá estudar!
E, enfim, esse texto ofereço as entidades como Associação Nova Projeto, na Rua Texas, Brooklin, Apae de SP, AACD, Cruz Verde, e tantas outras. Que possamos nos auxiliar para que a Lei de Inclusão seja melhorada e que pelo menos essa lei se cumpra em todos os seus parâmetros.
Tereza Cristina Gonçalves Mendes Castro, professora de Química e escritora.
Formação em Psicopedagogia - Pós graduada.
Luta por uma escola e uma sociedade mais inclusiva.