Sobre o Lugar da Mulher na Sociedade

Nada aqui, de maneira alguma, está para destacar vertentes onde a mulher é, em questão, destinada a certa função social, ou ao menos para alguns avaliada como o ser peculiar e ridicularizado que vez ou outra é motivo de cogitação inadequada ou desapropriada sobre a sua verdadeira face no ambiente social e afetivo. Longe também de destrinchar aqui o pensamento feminino, sobre como elas agem, o que pensam, etc. Ou seja, o objetivo aqui será traçar as ideias que a própria sociedade nos sugere no tocante a mulher como ser inserido direta e indiretamente no convívio diário e comum.

Para tal tarefa, devemos nos associar a diversas visões em diferentes locais de sociabilidade, onde, a mulher pode ser tanto elevada como peculiarmente necessária, tanto para o olhar de pura subordinação da mesma. E deve-se atentar a diferença entre ser necessária e ser requisitada, a mulher é necessária no convívio a medida em que sua presença e ação é de suma importância, ou seja, pondo o lugar no seu devido lugar, sendo a pessoa que organiza não a casa no sentido de arrumação, mas sim no sentido de harmonia, de tranquilidade e estabilidade. Portanto, a visão de uma mulher requisitada é o contrário da necessária, onde, por sua vez, a mulher é exigida a fazer tal ação para o bom convívio no lar, sendo esse o caso. E é na mulher requisitada que encontramos a parcela de preconceito e subordinação, sendo isso quando faz coisas contra sua vontade apenas para satisfazer as vontades do cônjuge. Concluímos então que a mulher vive em sociedade sob duas vertentes, a necessidade e a requisição, uma com domínio sobre si e outra onde é dominada.

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Para nos aprofundarmos nesta questão, vamos levar em conta que o papel da mulher é recente na sociedade, e esse é raramente notado, e tudo que a permeia é excluído de cogitação, como uma completa exclusão de onde ela deveria se encontrar. O papel feminino diretamente na sociedade veio a existir não muito tempo atrás, tornando-a vulnerável a críticas, fazendo das mesmas a parte da sociedade que permanece calada, porém, devido a diversas manifestações ao longo dos anos, a mulher vem se encaixando na sociedade de forma direta e conquistando seus direitos que as leis asseguram.

Para falarmos do papel da mulher na sociedade devemos conhecer primordialmente a ideia de papel social, o que seria então o papel social? Segundo a Sociologia, trata-se das funções e atividades exercidas pelo indivíduo em sociedade, principalmente ao desempenhar suas relações sociais ao viver em grupo. A vida social pressupõe expectativas de comportamentos entre os indivíduos, e dos indivíduos consigo mesmos. Essas funções e esses padrões comportamentais variam conforme diversos fatores, como classe social, posição na divisão social do trabalho, grau de instrução, credo religioso e, principalmente, segundo o sexo. Dessa forma, as questões de gênero dizem respeito às relações sociais e aos papéis sociais desempenhados conforme o sexo do indivíduo, sendo o papel da mulher o mais estudado e discutido dentro dessa temática, haja vista a desigualdade sexual existente com prejuízo para a figura feminina. Assim, enquanto o sexo da pessoa está ligado ao aspecto biológico, o gênero (ou seja, a feminilidade ou masculinidade enquanto comportamentos e identidade) trata-se de uma construção cultural, fruto da vida em sociedade. Em outras palavras, as coisas de menino e de menina, de homem e de mulher, podem variar temporal e historicamente, de cultura em cultura, conforme convenções elaboradas socialmente.

Para uma inteligência da mulher

É conciso dizer que a mulher é a base essencial para o bem-estar da sociedade, ela que produz a harmonia, ela que sente quando algo se desenvolve de maneira errônea, ela que sabe onde quer chegar na sociedade. Portanto, vale ressaltar o papel evidente de importância da mulher no convívio social, a sua legítima complacência com os tramites essenciais para o desenvolvimento da família e de todo o construto social, político, econômico e cultural.

Por Leonardo Freitas