Ansiedade infantil: desafio para a Educação
Ansiedade infantil: desafio para a Educação
Carolina Girardello Ballardin
Eliziane Terezinha Polo
Geovana Soldatelli
Josiane Parizotto
Vanessa Cararo Maurina
São muitos os desafios os quais os professores atuais precisam gerenciar em sala de aula: dificuldades de aprendizagem, inclusão, bullying, novas leis e diretrizes, falta de recursos, dentre outros, mas, um vem chamando e muito a atenção: a ansiedade infantil. O índice de crianças que apresentam altos níveis de ansiedade vem aumentando consideravelmente. O sentimento de ansiedade é uma resposta natural do ser humano a diferentes estímulos, mas quando elevado e constante pode causar prejuízos ao indivíduo, podendo vir a se transformar em transtorno.
Alguns sintomas do transtorno de ansiedade podem ser o imediatismo, a inquietação, a dificuldade em seguir regras, o medo, a preocupação excessiva, a agressividade, a conversa excessiva em sala de aula e a necessidade de chamar atenção constantemente. Todos esses desconfortos sentimentais podem ter surgido através de experiências tanto dentro quanto fora da escola, da genética ou dos ambientes as quais a criança está exposta.
Segundo NEGRELLO (citado por Lipp, 2011): “Nota vermelha no colégio, problemas na família, excesso de atividades, ausência dos pais em casa. Esses ‘probleminhas’ sempre fizeram parte do dia-a-dia das crianças. Mas, atualmente, eles têm tomado proporções exageradas, transformando em pequenos estressados crianças que deveriam brincar mais, dormir mais e se preocupar menos. As crianças se tornaram pequenos adultos. Cada vez mais cedo, elas assumem responsabilidades, disputam a melhor posição em qualquer atividade e correm atrás de múltiplas competências. Estão desprotegidas e recebem de forma direta a influência de uma sociedade que exige seres perfeitos. Como se isso não fosse suficiente, muitos pequenos sentem o peso de exigências e angústias maduras, como a falta de dinheiro ou o problema do desemprego na família”, ou seja, muito vem sendo exigido de nossas crianças, mesmo que implicitamente, e essa “carga” gerada acaba criando um nível maior de frustração tanto na área cognitiva quanto na emocional.
A partir disso, pais e escola devem ficar atentos para, caso haja necessidade, solicitar o auxílio de outros profissionais, como por exemplo, um psicólogo ou alguma atividade ou técnica a qual a criança possa se fortalecer como indivíduo. Todavia, devemos ficar atentos para não confundir a ansiedade infantil com birras ou mau comportamento. Assim é de grande importância deixar claro para pais e educadores que esse “distúrbio” quando não é tratado com seriedade, acarretará sofrimentos para a criança que sem dúvida refletirá não somente em seu meio social como também na escola. Para OLIVEIRA, (citado por Bonfatti, 2008) “O papel dos pais também é muito importante, e podem ajudá-los da seguinte forma: demonstrando confiança pela escola; cumprindo a promessa de buscar ou de esperar a criança sempre no local combinado; dando espaço para a criança contar tudo sobre a escola”, pois quando a criança recebe esse apoio ela poderá empoderar-se futuramente através da persistência e superação.
Mas afinal, quais são os riscos e prejuízos que a ansiedade pode trazer ao aluno? A ansiedade pode prejudicar o aluno em vários aspectos e pode desencadear consequências graves, tais como: dificuldade de aprendizagem, de concentração, de assimilar informações, sentimentos negativos, isolamento social, dentre outros.
Para o médico psiquiatra MAROT (Psicosite, 2004) “A ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago (ou na espinha), opressão no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, ou falta de ar, dentre várias outras”. Assim, podemos afirmar que em plena era da modernidade na qual vivemos não há como fugir da ansiedade, mas precisamos e devemos estar atentos aos sintomas dela. E, aparecendo esses sintomas, procurar auxílio o quanto antes. É de extrema importância que o presente assunto seja levado a sério, pois a ansiedade infantil, se não for detectada e tratada adequadamente, poderá ser carregada para a vida adulta, acarretando maiores problemas de comportamento como fobias, timidez e até isolamento devido ao medo de situações reais ou imaginárias.
REFERÊNCIAS
https://educador360.com/gestao/impactos-da-ansiedade-infantil/ acessado em 30/04/2019
http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/como-lidar-com-a-ansiedade-na-escola/
https://www.webartigos.com/artigos/ansiedade-infantil-x-aprendizagem/98001acessado em 30/04/2019
https://www.colegiosaojudas.com.br/ansiedade-infantil-na-escola/ acessado em 30/04/2019
http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/ansiedade-na-infancia-como-identificar-e-o-que-fazer/ acessado em 30/04/2019
MAROT, Rodrigo. Psicosite, 2004. Disponível na internet via WWW URL: http://www.psicosite.com.br/tra/ans/ansiedade.htm
NEGRELLO, Liliana. Infância "adultizada" 2011. Disponível na internet via WWW URL: http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0083.asp
OLIVEIRA, Andréa Sepoloni do Carmo. Ansiedade infantil e os prejuízos na vida escolar, 2008. Disponível na internet via WWW URL: http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:Snd-4YaTuiAJ:www.crda.com.br/tccdoc/23.pdf+ansiedade+infantil+sintomas&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEEShoxLRcoiMEOEjz_hI4Clefe7RtChTDL9Gm8kntrC_AHDkXz_LpcEmKilBnSoHHJ1ErBk8KDEMSS5kB9wyvpMe_2ZWXvXZ7HsCFTDdeZ8rIuAvyYvKogyT5V1tF6LP-6adgWIzB&sig=AHIEtbT2Mep2ljudPWXkkVFk0WQr4_fJew