A ressignificação das práticas de escrita da língua inglesa na escola: o texto escrito como um processo para a expressão e interlocução

Melhorar a qualidade dos textos produzidos em sala de aula deve ser uma preocupação constante por parte de professores e alunos. Afinal, e de acordo com Figueiredo (2004, p. 128 - 129), "toda a escrita é um processo complexo que requer elaborações e reelaborações".

Para elaborar e trabalhar esses conteúdos, o professor de língua inglesa deve propor aos seus alunos atividades atualizadas e diversificadas que fomentem trocas e discussões de ideias, de forma a que alunos e professor intervenham e se complementem num só objetivo que é o de alcançar um processo de ensino-aprendizagem satisfatório. Estimular a criatividade no aluno é uma prática muito relevante para a qual o professor deve estar permanentemente atento, já que convida o aprendiz a adotar uma postura mais espontânea e autêntica, tornando-o mais participante, comunicativo e ativo.

No filme "Escritores da Liberdade" uma professora consegue, através de um processo muito bem conduzido de escrita e leitura, proporcionar à sua turma a descoberta de valores e sentidos capazes de enfrentar e reduzir problemas sociais graves como o preconceito, a violência e as drogas. Isso, mostra como é possível através do amor e da união criar e sustentar diálogos pacificadores e agregadores, extremamente ricos em valores morais e sociais.

Para que o trabalho de desenvolvimento da escrita aconteça de uma forma objetiva e segura é necessário que exista um trabalho de reelaboração textual em que deverão ser traçadas metas compatíveis com o nível escolar dos alunos. Os objetivos relativos à produção textual deverão ser cuidadosamente estabelecidos de uma forma progressiva. É necessário desafiar o aluno a atingir um novo patamar, de acordo com as suas possibilidades. É preciso escolher estratégias efetivas e afetivas para cada grupo e tornar a produção textual consciente o que significa que o aluno precisa de ter uma razão objetiva e clara para desenvolver o seu texto. Dessa forma, é possível criar as condições propícias para a escolha do gênero textual a trabalhar. Nessa fase, o professor ensina o aluno a planejar e a executar todas as etapas da produção textual e à medida que o aluno se torna consciente desse processo, adquire também a capacidade de realizar sozinho futuras produções. Todo o trabalho que envolve a escrita deve ser cuidadosamente preparado, já que professores e alunos são atores de um processo constante de criação e trocas de conhecimento em que se afigura explorar os temas de acordo com diferentes perspectivas, sejam elas: vídeos e análises de imagem ou variedades textuais que vão desde os textos jornalísticos, charges e quadrinhos até às poesias. É muito importante que o professor de língua inglesa utilize as tecnologias e as mídias que estão ao seu alcance. Elas são extremamente polarizadoras e interessantes para que o trabalho com o texto seja efetivado num ambiente prazeroso e muito próximo daquele em que os alunos estão habituados a interagir. O educador deve criar e recriar espaços virtuais nos quais as produções possam ser publicadas e discutidas por todos. Além da escrita e do planejamento textual, o aluno deve ser ensinado a revisar o seu texto e a reescrevê-lo. Esses procedimentos servem para que o escritor (aluno) possa certificar-se de que as suas ideias foram expressas de uma forma clara, objetiva e para que possa desenvolver de uma forma segura a sua expressividade e interlocução.

Um outro ponto muito importante é o modo como o professor deve conduzir a correção de textos dos alunos. Cabe ao docente assumir um papel de mediador no desenvolvimento da escrita, tanto nos aspectos formais quanto funcionais. Isso significa que as instâncias comunicativas entre os atores (professor e alunos) têm muito mais chance de sucesso quando são desenvolvidas numa base próxima e direta (entre um "eu" e um "tu"). Essa forma parece agregar muito mais sucesso do que aquelas que são produto do depósito de meras ocorrências gramaticais, enquadradas ou não dentro da norma culta. Assim, é necessário que o professor corrija, mas sem adotar uma postura altiva, intransigente e absolutista. Antes pelo contrário; deverá mostrar, sim, os aspectos que ele julga importantes para a construção do enunciado, através de uma relação de mediação segura e condutora do conhecimento. A escola não existe para criar hiatos ou distanciamentos entre alunos e professores, mas sim para assegurar a utilização de uma via de mão dupla em que docentes e discentes possam encontrar-se num espaço em que o ensino e a aprendizagem sejam evidenciados de uma forma natural, efetiva, segura e envolvente.

O trabalho de ressignificação das práticas de escrita através do texto, deve constituir-se como um ato de liberdade e enriquecimento para o desenvolvimento da expressão e interlocução.

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 20/04/2019
Reeditado em 20/04/2019
Código do texto: T6628239
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