INCLUSÃO
 
Você já tentou auxiliar em uma inclusão?
          Vivemos os dias e não percebemos o que realmente é a necessidade de uma inclusão. Verdadeiramente não sabemos, não sentimos, não acolhemos. O pior em tudo isso, é quando posto a plenitude da oportunidade de tornar isso possível; a percepção de impotência frente a necessidade real e eminente de uma possível inclusão, nos torna vazio com a sensação de uma grande dor pela impossibilidade de fazer. Essa sensação de incapacidade corrompe de tal maneira nosso ser, que a visão do mundo que nos rodeia, remete nossa realidade ao escuro do que imaginamos ser belo, bonito e certo.
          Sabe o girassol? Você já olhou ele de perto ou observou mesmo que de longe uma plantação no momento que a luz do sol realça suas cores? Sabia que o girassol se inclina para a luz ao sentir sua energia; já teve a oportunidade de olhar com carinho para uma rosa, planta, campos ou qualquer outra vegetação com vida a sua volta? Já teve a sensação pelo menos uma vez em ir em um bosque, mata ou espaço repleto de árvores onde é possível ouvir um cantar de um ou vários passarinhos ao longe? Se a resposta é “sim”, então você não tem ideia de outros mundos que existem entre nós; esses outros mundos vividos por outras pessoas, estão bem ao nosso redor todo dia e a todo momento; o interessante de tudo, é que enquanto essa riqueza inestimável de oportunidade nos presenteia a cada dia, não imaginamos o quanto longínquo é para outros.
          A casca do mundo que vivemos é tão frágil que chegamos ao ponto de só sentirmos tal sabedoria, no momento em que realmente precisamos mostrar ao próximo aquilo que nos foi proporcionado sem limitação.
Esse momento de empatia que nos projeta em alguns momentos na vontade de criar o máximo possível de uma unificação com a sensação igualitária com o próximo, lembra a definição do escritor Roman, de que:
[...]A maneira mais eficaz de promover uma profunda mudança social não era pelos meios tradicionais da política partidária e pela introdução de novas leis e políticas, mas pela mudança do modo como as pessoas se tratavam umas às outras num plano individual – em outras palavras, por meio da empatia (KRZNARIC Romam, 2015, pg.29).
      Feito essa menção e desprovido de qualquer intenção de cunho repreensivo ou crítico, formulo a presente reflexão, visando singelamente pedir que tentem em algum momento do seu dia a dia, um carinho com o próximo que rodeia nosso espaço.
        Somos tão ricos em sensoriais múltiplos, que não damos conta do quanto valoroso é tal posse. Com esse pilar sustentável, sejamos então, ao menos por um pouco do nosso tempo, propulsores da dignidade de uma minimização da falta de inclusão que eles precisam. Se deem a dignidade de apreciar com o devido respeito o que eles almejam, auxiliando o máximo possível de forma autêntica e verdadeira.