FELIZ DAQUELE(A) QUEM TEM HISTORIA PRA CONTAR

Hoje fui chamado para levar a D Didi, uma senhora que morava em uma casa de repouso para as exéquias de uma irmã, a D. Naná, na cidade de Mateus Leme. A morta, uma idosa de 87 anos, não alcançara contudo a longenvidade da irmã que batendo às portas da casa do três dígitos afastava teimosamente sinais de declínio aos 93 anos. Era a mais idosa de 7 irmão, tendo dois homens e uma mulher perecido em anos anteriores.

O ambiente no velório, que se encerraria com o sepultamento marcado para as 15 horas, era de uma monotonia pesada com, o calor insuportável, marcado pela pouca ventilação que anulava o único ventilador de teto do lugar. A novidade é que carpideiras por um lado e participantes com senso de humor, comuns a tais locais por outro, não atrapalharam a seriedade do velório. Aliás não foram vistos.

Mas o melhor veio depois que o padre, conhecido de todos ali, ainda que mais novo, veio para dar termo ao velório. procedeu-se a solenidade espiritual e eis que a D Naná, que foi durante vários anos professora na localidade teve a presença expontânea, com belas oratórias de algumas de suas alunas, reconhecidas, gratas e teve uma que morava em local distante e alguém da familia foi buscar, A ex-aluna deveria ler uma poesias mas por ser também idosa, esqueceu e corrigiu com um discurso que substituiu à altura. Uma outra professora da época em horario diferentes,uma dava aulas pela manhã e outra na parte da tarde, também mostrou sua gratidão e em ótima performance descreveu a biografia da colega, que estava indo para junto de Deus, ampliando brilho a uma última despedida a quem fez a diferença em vida entre nós para aqueles que reconheceram isso.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 19/01/2019
Reeditado em 19/01/2019
Código do texto: T6554493
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