Crédito ou Poupança?
É certo que todos nós temos necessidade de alguma coisa e, as nossas necessidades pessoais são, ou devem ser, satisfeitas com os nossos rendimentos, que para o funcionário é o salário. Normalmente, os salários são mensais e é com ele que deve-se planificar as necessidades, de modo a serem satisfeitas a medida. Aqui, satisfazer necessidades é realizar despesas, o que quer dizer que, o nosso salário deve satisfazer as nossas despesas do mês, ou melhor, as nossas despesas mensais devem ser cobertas pelos nossos ordenados, isto porque precisamos ser disciplinados na gestão do mesmo. Infelizmente, há pessoas que gerem mal seus rendimentos fazendo recurso constante a dívidas a terceiros. São pessoas que, normalmente, não gostam de esperar, quando têm a necessidade/vontade de alguma coisa, a falta de dinheiro não lhes impede de conseguir. As despesas devem ser orçamentadas e as suas execuções devem ser com base em prioridades. Não se aconselha contrair uma dívida para satisfazer uma necessidade não urgente. O que se recebe por empréstimo hoje, amanhã terá que se pagar. E, geralmente, paga-se debitando o rendimento mensal. Por isso, se o que se recebe não for utilizado em coisas do orçamento, haverá défice e, os défices só são colmatados ou, com um aumento na renda, ou com cortes nas despesas. Seja uma pessoa prudente, que quando não tem, sabe aguardar até conseguir com fundo próprio.
O crédito é bom, mas a poupança é melhor. Vivemos o presente para assegurar o futuro, quero dizer, nunca devemos ficar sem pensar no amanhã. Normalmente, faz crédito quem tem uma necessidade a satisfazer e que não dispõe de valores para tal. Mas, é importante ter um plano antes de solicitar um crédito. É preciso saber de concreto: o que precisa adquirir? Qual o valor desse bem ou serviço a adquirir? E, por que precisa adquirir tal coisa? Para depois saber o montante a solicitar. Porém, não podemos nos esquecer que nem sempre o nosso credor está disposto ou disponível a ceder-nos o montante que precisamos, porque, habitualmente, em questões de crédito, avalia-se a Confiança, o Risco, o Prazo de reembolso e as Garantias. Significa dizer que, a nossa expectativa pode ser frustrada com a proposta de um valor reduzido. Então, também, é preciso estar prevenido para saber se vale a pena, receber um valor abaixo do solicitado. Pois, muita gente, solicita determinados valores e, quando lhes é proposto um outro inferior, simplesmente recebem e não conseguem alcançar a finalidade pré estabelecida, o que faz com que acabam, muitas das vezes, ser aplicados em algo supérfluo, que não era urgente e, que podia-se conseguir sem recurso ao crédito. Todavia, antes, é bom fazer uma simulação do tempo que se conseguiria poupar do rendimento até completar o valor pretendido, descartando possibilidade de crédito. Pelo menos, para ter uma noção, ou mesmo, porque, afinal de conta, pode-se não conseguir crédito.
Receber é diferente de ceder. Devemos sempre fazer poupanças. Poupança não significa só guardar valores satisfatórios, mas sim ceder valor a um mealheiro, periodicamente, para que depois de um certo tempo venha somar um valor satisfatório para alguma coisa. Quem consegue um crédito, pode poupar. Muitos dizem que não conseguem poupar porque ganham pouco, mas, nunca dizem que não conseguem solicitar/aceitar um crédito pela mesma razão. Quem consegue pagar as prestações dum crédito, pode muito bem amealhar valores, regularmente, como se fossem prestações de crédito, não achas? Por isso, é importante ganharmos consciência e vivermos a realidade, não seja um pessimista, “grão a grão, a galinha enche o papo” e pode-se capitalizar poupanças através de um Depósito a Prazo num banco.