PSICÓLOGOS EM ESCOLAS [Opinião]
Tendo em vista o cenário preocupante de ansiedade e estresse dos alunos brasileiros em todos os níveis da educação, muito se debate para encontrar uma solução para este problema. Algumas práticas já vêm sendo aplicadas, tais como capacitação de professores no campo da psicologia, para estimular os alunos, bem como oficinas, ministradas por voluntários, de temas não curriculares como xadrez, música, dança, yoga etc.
Contudo, tais medidas são paliativas, uma vez que as pesquisas revelam que o problema é um pouco mais profundo e direcionado mesmo às disciplinas curriculares, simplesmente por um fator “AS NOTAS”, o desempenho escolar é cada vez pior, aumenta-se cada vez mais a grade dos conteúdos e com isso, mais coisas para aprender, mais pressão, a cobrança dos pais por boas notas também ajuda muito no aumento do estresse.
Uma solução foi proposta pelo psicólogo Joel Lener Amato (SP) e está no site do Senado, implantar uma nova disciplina obrigatória, que seria ministrada por psicólogos, “Inteligência Emocional e Meditação” com o objetivo de ensinar aos alunos a lidar com seus sentimentos e emoções. Vejo a ideia com bons olhos, mas me pergunto se é viável analisando apenas dois aspectos: primeiro, o MEC já se posicionou contra o inchaço dos currículos escolares em 2012; segundo, há profissionais suficientes e dispostos a atender a demanda das escolas públicas, caso fosse implantada a proposta, recebendo como salário o piso nacional da educação???
É difícil acreditar que psicólogos tornar-se-ão professores, pois já poderiam estar ajudando a toda a população se atendessem nos postos de saúde, pelo SUS, crianças e adolescentes e não o fazem. Proponho então uma reativação do SOE (Serviço de Orientação Estudantil) dentro de cada escola, um profissional – psicólogo ou pedagogo – que atenderia aos alunos individualmente em sua sala e também promovesse (aqui uma inovação no serviço que conheci nos anos 1990) oficinas semanais com técnicas de meditação e de inteligência emocional, o que melhoraria a autoestima e a convivência dos estudantes.
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Este texto foi produzido em um processo seletivo (vestibular).