VOCÊ SABE A IMPORTÂNCIA DO CONVÍVIO SOCIAL NA ADOLESCÊNCIA?

A vontade ou sonho de ter um filho é muito bonita, sadia e recheada de bondade, porém faz-se necessário atentar também a diversas demandas ou necessidades que farão parte do bem-estar da criança, ao trazer esse sonho para a realidade. Geralmente a maior preocupação dos pais está nos requisitos básicos como a alimentação, saúde, educação, vestuário e moradia da criança. Tudo bem, compreendemos essa preocupação, mas lembramos que estes quesitos traziam maior preocupação tempos atrás, mas hoje, principalmente no mundo virtual, o que mais preocupa diz respeito ao convívio social dos filhos.

Vamos entender melhor o convívio social?

O ser humano é um animal social, portanto sabemos e entendemos que ele necessita da presença, da vivência do outro, ou melhor, ele precisa interagir com outros da sua espécie. Não é à toa que o adolescente escuta mais o que seus amigos dizem, do que os bons conselhos dos pais, tudo porque ele busca pelo pertencimento: ele necessita encontrar outros que tenham os mesmos gostos, a mesma forma de viver, os mesmos valores, ou seja, encontrar outros adolescentes que sejam o mais parecidos com ele, e assim, viverem suas vidas de um modo mais seguro, no mundo adolescente, já que não estão sozinhos. É claro que os pais possuem valor na vida do filho, mas não quando se trata de pertencimento, pois nessa fase, quem dita as regras do viver, é o grupo de amigos.

Durante a busca pelo pertencimento, a presença e respeito dos pais, pelos filhos, devem ser redobrados, pois exige maior participação deles na vida dos filhos. Além disso, exige maior ou melhor entendimento do que o filho está vivendo, compreender porque ele prefere sair sempre com os amigos e não com vocês, pais. Entender porque ele não quer que os colegas vejam vocês levando-o até a porta do colégio, porque ele recusa um abraço, um beijo ou outros gestos de carinho.

Ele TEM que ser mostrar forte, que já um adulto e por isso julga não ser necessário a presença, ajuda ou participação dos pais na vida dele. Precisamos entender que são atitudes difíceis para o adolescente, pois ao mesmo tempo em que tenta ser capaz e não necessitar dos pais, ele sente medo do que irá encontrar pela frente. Mas são atitudes necessárias, pois irão demonstrar que ele já “dá conta de sua vida”, ele consegue viver bem sem a constante presença dos pais.

O pertencimento é uma fase contraditória, pois ao mesmo tempo em que o adolescente repele a presença dos pais ou que prefere a companhia dos amigos à dos familiares, ele sente medo: medo de viver sem o amparo, sem a segurança, o aconchego e a aceitação da família.

O pertencimento, a aglomeração e o convívio social!

A necessidade de pertencimento responde pela formação de grupos sociais, pois entre iguais, assim foram formando os aglomerados até transformarem-se em cidades. Quando você muda de uma cidade para outra, você está buscando algo não encontrado na primeira, tanto assim que, a cidade que oferece maiores opções de emprego, de estudos, lazer e saúde sempre possui uma população maior.

Além disso, o convívio social vivido junto aos colegas de trabalho, escola ou vizinhos irá facilitar o entendimento das diversas características socioculturais de nossa sociedade e assim, facilitar o entendimento do outro, a aceitação das diferentes culturas e evidentemente, facilitar o uso da empatia.

O suporte da família no convívio social!

A participação da família na formação da criança e da vida adolescente é de suma importância, pois é junto à família que serão desenvolvidos os valores a serem levados para a vida adulta. A responsabilidade dos pais no sentido de entender os sentimentos do adolescente é tamanha, pois exige que fiquem atentos quanto ao vocabulário dirigido a ele, a forma de chamar a atenção e dizer que ele cometeu um erro, o tempo necessário para conversarem, contarem de suas dificuldades, falar como foi o dia de cada um, sempre lembrando que o respeito faz parte da vida familiar e assim, todos os componentes da família deverão ser respeitados em suas limitações. Por isso não será aceito que um ria do outro, ridicularize, menospreze ou negue ajuda ao que estiver precisando.

É importante lembrar que, se nós adultos somos diferentes, as crianças e adolescentes também o são e que não é errado ser assim: alguns são mais desenvoltos, outros mais tímidos, tudo natural da vida.

Sônia Araújo – Ms. Em Educação

O respeitar faz bem!