MOTIVAÇÃO NO ENSINO DE INGLÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA NO PROJETO FACULDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE (FATI)
(Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de graduação em Licenciatura de Letras Português/Inglês pela Faculdade FACEL  em Curitiba Paraná)
  

Resumo                              
O presente trabalho busca compreender como a motivação influencia o ensino aprendizagem de língua estrangeira (inglês) para alunos da terceira idade que frequentam o curso de inglês no projeto Faculdade aberta à terceira idade (FATI). Por meio de uma pesquisa realizada em sala de aula com esses alunos busquei compreender os elementos motivacionais que levam esses alunos a aprender o inglês. Com esta pesquisa realizada pode-se perceber se o aluno está intrinsecamente ou extrinsecamente motivado e quais as atividades pedagógicas que os deixam mais motivados a continuar estudando e se dedicando para aprender uma língua estrangeira.
 
Palavras chaves: terceira idade, língua inglesa, motivação
 
Introdução
O presente trabalho tem como tema a motivação no aprendizado de inglês como segunda língua para alunos da terceira idade do projeto Faculdade aberta à terceira idade (FATI).
O (FATI) iniciou suas atividades em 2008 oferecendo cursos livres, sem custo, para pessoas acima de 50 anos, muitas vezes aposentadas que ficam em casa sem atividade para realizar. O curso tem duração de um semestre e oferece disciplinas ministradas por acadêmicos e professores da instituição de forma voluntária.  Atualmente as atividades realizadas são: Dança Circular, Espanhol, História, Inglês, Informática e Psicologia. As aulas acontecem 2ª, 4ª e 6ª feira das 14:00h às 17:00h. Esse projeto é mantido pela Faculdade de Administração Ciências Educação e Letras (FACEL). Esta instituição é particular e sua sede está localizada na Rua Pedro Ivo, 750 Centro, Curitiba - PR.
Busquei por meio da uma pesquisa teórica e de campo identificar os elementos que motivam os alunos, a frequentarem as aulas no projeto. Foram três aulas observadas e uma aula em que apliquei o questionário de pesquisa. Essa pesquisa foi realizada na sala de aula com os alunos participantes do projeto (FATI) no curso de inglês, objetivando descobrir os elementos motivacionais que fazem com que esses alunos frequentem as aulas ministradas no projeto e as características do processo de ensino/aprendizagem destes alunos de acordo com os autores consultados. Um dos motivos que me levou a pesquisar sobre o tema é me preparar como professor, para atender os mais diversos tipos de alunos e propiciar a construção do conhecimento junto à realidade docente.
Pelo fato de eu estar cursando minha primeira graduação em Letras português/Inglês, entendo que devo buscar conhecimentos que me forneça bases para trabalhar com o ensino de língua estrangeira a diferentes públicos, pensando nestas bases busquei entender o que motiva os alunos da terceira idade a frequentar o curso de inglês no (FATI).
De acordo com Unicovsky (2004), os alunos idosos possuem características peculiares no processo de ensino-aprendizagem, trazem consigo marcas de um passado que influenciam no seu estado físico e emocional, no entanto eles merecem uma atenção especial, para garantir um ensino de qualidade e eficaz. A autora também salienta que, muitos idosos buscam na educação, meios para vencer os desafios impostos pela idade e a sociedade na esperança de um bem estar físico e emocional. Para que eles continuem nesta busca eles precisam estar de certa forma, motivados a continuar neste caso há alguns elementos que são fundamentais para motivá-los. 
De acordo com Brown (2001) esses elementos motivacionais podem estar implícito ou explicito no aluno. Implícito que é quando a motivação acontece independente do ambiente, das situações e das mudanças. Ela esta relacionada aos interesses individuais do aluno. Explicito é quando a motivação está relacionada ao ambiente, às situações e aos fatores externos ao aluno. Essa motivação acontece por meio de diversos tipos de  premiações, como certificados, bônus, etc.
O aluno que está implicitamente motivado irá obter um resultado diferente ou semelhante do aluno que está explicitamente motivado. Assim, o aluno motivado a conquistar algo, está dando o melhor de si para conseguir atingir seus objetivos. A motivação dentro de uma sala de aula de língua estrangeira é algo fundamental para que o aluno tenha sucesso no processo de ensino-aprendizagem. SOUZA (2009) acredita que: 
 
     A motivação seja realmente de grande relevância no contexto de ensino e aprendizagem de línguas, tanto para o início quanto para a continuidade do processo, até que os objetivos sejam alcançados. (SOUZA, 2009, p. 8)
 
Por isso tentei investigar como o aluno da terceira idade é motivado a buscar o conhecimento de uma segunda língua. E também procuramos entender as principais características do processo de ensino/aprendizagem para alunos considerados da terceira idade.
 
Características do ensino/aprendizagem de língua estrangeira para adultos da terceira idade.
 
Com o passar dos anos as perdas fisiológicas na sofridas pelo ser humano serão irreversíveis, pois de acordo com Guimarães (2006) os fatos psicológicos são reversíveis, claro que depende do que fazemos para que isso aconteça. A autora sugere atividades intelectuais como os cursos universitários,  escolares ou eventos culturais como palestras, cursos de línguas, artes, prática da escrita, da boa leitura e palavras cruzadas como bons exercícios que auxiliam na saúde psicológica. Para entender como isso ocorre fiz algumas observações na sala de aula de língua estrangeira (inglês) para ver se os alunos que frequentam as aulas ministradas no projeto FATI, são motivados a continuarem neste curso, pela esperança de se beneficiar desses auxílios proporcionados pela atividade de aprender uma nova língua. A sociedade em que vivemos diante de algumas limitações enfrentadas pelos idosos, coloca sobre esses indivíduos alguns desafios e exigências, de acordo com Unicovsky (2004):
 
As limitações físicas são acrescidas àquelas que a sociedade coloca, como os preconceitos e os estereótipos, e o grande desafio é construir permanentemente o próprio caminho e desenvolver atitudes que as levem a superar suas dificuldades, integrando limites e possibilidades de conquistar mais qualidade de vida, que podem ser concebidas como um conjunto de condições dignas de existência. (Unicovsky, 2004, p.241)
 
No entanto esses desafios e exigências impostos pela idade e pela sociedade na qual estão inseridos podem ser superados de maneira saudável e prazerosa.
 
A educação, portanto, é um dos meios para vencer os desafios impostos aos idosos pela idade e pela sociedade, propiciando-lhes o aprendizado de novos conhecimentos e oportunidades para buscar seu bem- estar físico e emocional. (Unicovsky,2004, p. 241,242)
 
Para os idosos que buscam na educação uma maneira de fugir do confinamento social em que talvez possam se encontrar, existem algumas características peculiares no ensino/aprendizagem que merecem uma atenção especial, para garantir uma educação de qualidade e eficaz.
De acordo com Preti (1991) citado por Rodrigues (2011). Os idosos têm, quase sempre, uma tendência para se tornarem contadores de histórias, pois já viveram muitas experiências no decorrer da vida, muitos gostam de compartilhar suas experiências, outros acabam retraídos e pouco falam de suas experiências, isso se dá muitas vezes pelo desprezo que sofrem, causado pela sociedade na qual está inserido, ao envelhecer tendemos a enfrentar um declínio físico, emocional e muitas outras limitações que nos são impostas pela sociedade conforme já citado acima. Umas das ideias mais comuns de se ouvir, até mesmo do próprio idoso é a incapacidade de aprender algo novo, Segundo Scopinho (2009):
 
A capacidade de aprendizado do adulto da terceira idade, é um dos focos do etarismo, visto que ainda presenciamos uma forte crença na incapacidade de aprender dos  velhos.  Gene Cohen (1995), médico gerontólogo, refuta por meio de pesquisas essa crença, alem de constatar uma relação entre capacidade de aprendizado, envelhecimento e viuvez feminina. (Scopinho,2009, p.60).
 
Por isso a educação continuada na vida o idoso é de extrema   importância, para quebrar a barreira da incapacidade dos idosos em aprender, criada pela sociedade. O ensino de línguas é complexo para qualquer faixa etária, alguns fatores vão contribuir para melhor aprendizagem de cada pessoa. Esses fatores, segundo Almeida Filho (2005) citado por Scopinho (2009), se dividem em algumas variáveis múltiplas que resultam em:
 
(...) Tendências de aprendizados de tipos muito diversos. As variáveis também são de naturezas distintas: Intrínsecas a pessoas como as afetivas (ligadas a aspectos de personalidade, atitude e motivação), físicas (ligadas as condições de saúde, cansaço, idade) e sócio- cognitivas (ligadas a tragédias consciente e inconsciente de organizar a experiência do contato linguístico com outros em interação na língua alvo) ou extrínsecas   como material didático, técnicas e recursos do método, tempo disponível para estudos, condições de exposições às amostra de língua, etc. As variáveis de cada nível se combinam entre si e com as outras dos outros níveis,possibilitando resultados de aquisição variados e específicos. (Scopinho, 2009, p. 60)
 
Os adultos também são excelentes aprendizes e apresentam características de aprendizagem muito especiais e valorosas. Rodrigues (2011) salienta algumas características do ensino aprendizagem do aluno da terceira idade, uma delas é focar mais o conteúdo do que a forma. Isso confirma o que diz Scopinho (2009) em seu artigo sobre as características da terceira idade. A autora afirma que eles são alunos impacientes, à sala de aula e estão constantemente sugerindo temas e atividades ao professor, são alunos bastante participativos nas aulas, procurando sempre adaptá-la à suas necessidades e objetivos de acordo com suas experiências e realidades. Conforme Rodrigues, (2011) a narrativa e a conversação para os idosos é uma maneira de eles se socializarem e fugir do confinamento social que lhes foram imposto pela sociedade em que vive.
 
Os idosos têm, quase sempre, uma tendência muito grande para se tornarem contadores de histórias. Explica-se facilmente esse fato: há um destino educativo no seu papel social e para cumpri-lo existe uma exemplificação farta acumulada ao longo de sua vida. Além disso, há um interesse em relembrar esse passado, valorizando-o em relação ao presente. O "seu tempo" para o idoso, isto é, o tempo de sua juventude, parece-lhe sempre melhor do que a realidade presente em que vive. Por outro lado, na conversação, quando se lhe dá a oportunidade de interagir naturalmente com outros falantes, o idoso tem a tendência de falar muito, relembrando nas narrativas a sua experiência e revelando muita habilidade em montar o seu discurso (...). (PRETI, 1991 apud  RODRIGUES, 2011, p. 106 ).
 
De acordo com Guimarães (2006), o professor deve ter em mente que adultos da terceira idade possuem características peculiares, ele deve levar em conta o desenvolvimento físico, psicológico e social do aluno idoso, dos preconceitos e estereótipos vigentes em relação à velhice. Deve estar consciente das perdas ocorridas na vida do aluno durante a velhice. Visto que o aluno   idoso geralmente, não possui uma visão, uma audição saudável isso exige do professor maior atenção e dedicação, além, disso este aluno  pode se apresentar com sentimentos negativos, desacreditando de si mesmo, neste caso, os feedbacks positivos e motivadores serão sempre necessários para motivar e deixar o aprendiz seguro e confiante em si mesmo. As atividades devem ser preparadas com um tempo maior para serem resolvidas, as instruções devem ser sempre claras e objetivas e serem repetidas sempre que necessário, preparar sempre atividades que os façam interagir uns com os outros.
Por exemplo: (atividades em dupla) O professor pode escrever verbos no passado em pequenas cartas, atrás dessas cartas colocar a tradução dos verbos, distribuir cinco ou seis dessas cartas para cada dupla. Então o professor pode sugerir que um aluno conte para o outro aluno o que fez no dia de ontem usando esses verbos.
Também é importante evitar competições de aprendizado entre os aprendizes, ouvir os interesses e objetivos dos alunos será essencial para o bom andamento das aulas e para melhor aprendizado do aluno, o professor deve se mostrar calmo, atencioso e dedicado, buscando sempre motivá-los. Pois, de acordo com Villane (2007).
 
Por parte do professor, palavras de encorajamento por progresso, ainda que tímidos, são formas de combater a autocrítica, comumente mais rigorosa nessa faixa etária, de tentar aliviar frustração pelo fato de, em alguns casos, realmente não render mais tanto quanto acontecia na juventude e, sobretudo, de relevar um potencial para o aprendizado que a pessoa já não consegue descobrir em si própria. Deste modo a paciência que ele não tem consigo próprio, pode ser estimulada por um mestre paciente e que seja, acima de tudo afetuoso. ( Villane 2007, p 54)
 
 Essas habilidades características do professor poderão facilitar o processo de aprendizagem dos alunos, visto que o sistema de ensino/ aprendizagem possui certas complexidades, as tendências de aprendizagem se dão de modos muito diferentes.
 
O professor entendendo essa complexidade deve trabalhar com a realidade do aluno. Unicovsky (2004) discute em seu artigo, o que o processo de ensino/aprendizagem deve possibilitar ao aluno, em específico ao idoso:
 
 [...] reflexões em torno do seu ambiente concreto, das suas vivências cotidianas, da sua realidade mais próxima. Essas reflexões conjuntas aumentam o nível de consciência dos problemas que afetam o coletivo. Isto ajuda a promover o sujeito, não ajustá-lo a realidades pré-programadas. A aprendizagem deve situar-se diretamente a partir da experiência, pois nenhuma necessidade é mais humana do que a de perceber o significado da própria vida.  (Unicovsky, 2004: p, 241)
 
 Para que haja essa reflexão, o professor deve escolher seus materiais didáticos e preparar suas aulas dentro dos conceitos metodológicos e abordagens que contemplem e permitam essas reflexões.
 
 Assim o professor vai ficar o mais próximo possível do aluno procurando sempre trabalhar em conjunto para impulsionar o processo de ensino/  aprendizagem. Segundo Unicovsky (2004, p.242) “O mestre e o aprendiz, juntos dividem suas expectativas e ansiedades, analisando formas de vencer as dificuldades que aparecem”.
A diante veremos como a motivação pode contribuir para ajudar os alunos idosos a vencer as dificuldades que lhes desafiam.
 
O papel da motivação
 
O ensino de línguas estrangeiras é diferente de outros tipos de aprendizagem e mesmo de outras ações humanas, pois a aprendizagem de uma língua estrangeira envolve mais do que uma simples capacidade de aprender, ou um simples sistema de regras presente na gramática para ser seguido ou decorado. A aprendizagem de uma língua estrangeira envolve uma modificação na maneira de ensinar para que o aluno possa construir sentido e não ficar preso somente em regras. Esse ensino deve propor ao aluno uma construção crítica e novos comportamentos sociais e culturais, visto que o grande objetivo do ensino de língua estrangeira é formar indivíduos capazes de interagir com pessoas de outras culturas e modos de pensar e agir. (RAJAGOPALAN, 2003).
 
De acordo Dörnyei (2011) a motivação é a força que move o ser humano, essa força pode vir de dentro ou de fora, pode ser consciente ou inconsciente, é essa motivação que é responsável para mover as ações e atitudes de um ser.
 A motivação exerce um papel importante na vida de um aprendiz seja ele quem for. De acordo com Dörnyei (2011) é fácil compreender o porquê que a motivação tem grande importância na aprendizagem de línguas, além de proporcionar o ímpeto inicial para se estudar uma língua, ela direciona as forças que sustentam o longo processo de aprender. Sem motivação suficiente, até mesmo os indivíduos com notáveis habilidades teriam grandes dificuldades e provavelmente não conseguiriam atingir os objetivos.
È bem provável que em uma sala de aula de língua estrangeira haverá sempre a necessidade da motivação, para que os alunos consigam se desenvolver e atingir seus objetivos.
 
De acordo com  Kuethe (1977) citado por VIANA (1990) 
 
Um indivíduo é motivado quando revela, por palavras ou atos. Que deseja alcançar alguma meta. "Motivar um individuo é, segundo ele," aumentar a sua necessidade de alcançar uma meta, ou criar tal necessidade se ela não existia. A meta é o incentivo da conduta motivada, e a necessidade específica é o motivo dessa conduta. (KUETHE, 1977 APUD VIANA, 1990, p. 61)
 
No caso do idoso a motivação é fundamental, pois com o passar dos anos o idoso tende a se sentir incapaz de realizar atividades intelectuais que antes lhe pareciam possíveis de realizar. Isso acontece devido à forte corrente de pensamentos que permeia em meio à população que diz que com a velhice a pessoa tem um grande declínio intelectual, tornando difícil e quase que impossível a aprendizagem para uma pessoa idosa. Porém isso é uma barreira que deve ser quebrada, pois tal corrente de pensamento não possui confirmação científica. De acordo com Guidi e Pinto (1999) citado por Guimarães (2006):
 
 O que permanece como verdade é o que não se pode afirmar, cientificamente, que existe um declínio na capacidade mental e intelectual devido a um simples envelhecimento. Alguns estudos realizados sobre esse particular, apresentam pequenas diferenças entre idosos e jovens, diferenças essas que estão muitos ligadas a circunstâncias sociais, a bloqueios e a falta de motivação, todos afetando negativamente os mais velhos. Em contrapartida, muitos estudos não apresentam diferenças alguma. Apesar disso, entretanto o pensamento cientifico, mais puro e acertado, ainda não conseguiu destruir certas imagens, que a sociedades têm sobre a capacidade dos velhos, insistindo em colocá-los como incompetentes para uma auto-gestão e produção intelectual. A pressão social e psicológica pode ser tão forte que os envelhecidos preferem comportar-se de tal forma, pois manifestar incompetência é encontrar, para muitas situações, a forma inteligente de viver melhor. ( Guidi e Pinto,1999 APUD GUIMARÃES, 2006, p. 37, 38)
 
 Para que o idoso possa enfrentar essa situação e ser bem sucedido em sua velhice é preciso que haja uma troca afetiva em seu convívio familiar,  conforme salienta Guimarães (2006), a família é o principal elemento que desempenha o papel de dar suporte para que ele se adapte às mudanças próprias da idade. A autora também salienta que a família exerce um papel relevante na decisão do individuo em  ir em busca da educação ou não, neste caso em busca de uma língua estrangeira.
 
A influência da família na vida do indivíduo ajuda-o a enfrentar os preconceitos e a quebrar muitos tabus impostos pela sociedade. Também contribui para o crescimento do individuo, realizações e convivência social, contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida.
 
Um professor que leciona uma língua estrangeira para  idosos deve sempre motivar e encorajar seus alunos para ajudá-los a enfrentar os medos presentes diante deste novo desafio. Um elogio, algumas palavras de motivação além de contribuir para a elevação da autoestima do aluno, cria entre professor e aluno um laço afetivo e isso caracteriza a qualidade do ensino/aprendizagem, segundo Guimarães (2006):
 
A afetividade parece exercer um papel fundamental no rendimento intelectual, pois os resultados inferiores dos idosos são atribuídos à atitudes de angústias que os acomete, quando submetidos a uma avaliação. O medo de errar, a inexperiência da situação, a falta de confiança são condições que predispõem negativamente os idosos para a recepção e o processamento de uma informação.(GUIMARÃES,2006: p. 54)
 
De acordo com Brown (2001) existem varias definições para o termo motivação: segundo o dicionário citado pelo autor, motivação é a forma que o individuo toma suas decisões, faz suas escolhas, busca seus objetivos e o esforço dedicado a essa busca.
 
Na definição Behaviorista a motivação vem da recompensa ou da punição oferecida ao indivíduo, dentro desta condição o sujeito sente-se motivado a realizar suas ações. Isso dentro do ensino de línguas pode ser atribuído ao fato de que o aluno, esforçando-se para aprender a língua estudada, terá suas recompensas como certificados, diplomas, novas oportunidades do mercado de trabalho, melhorias no salário, etc. (BROWN 2001, p,73)
 
Já para as definições cognitivas existem bastantes perspectivas para a motivação que vem de dentro de si mesmo com suas próprias recompensas, como a satisfação de um desejo o sentimento de realização. A teoria cognitiva da motivação é apresentada pelas cognições como as crenças, representações, ideias, pensamentos, metas como o fator central dos processos motivacionais. Isso pode determinar tanto os aspectos comportamentais, no sentido de aproximação ou efetivação de determinadas tarefas ou situações, mostrando  a persistência e esforço dedicado às mesmas, e também podem  influenciar também nas emoções experimentadas. 
 
Como podemos observar a motivação parte de alguns impulsos derivados de alguns comportamentos como a manipulação a exploração e as atividades, estimulação conhecimento e realce do ego. Porém todos esses impulsos não são tão motivadores ou não apresentam resultados tão bons como os da teoria behaviorista.  (BROWN 2001, p,73).
 
A motivação é algo extremamente importante na vida de um ser humano, ela está relacionada ao “desejo”. E quando motivado, o ser humano consegue executar aquilo que precisa ou deseja executar, esta motivação pode ser de caráter extrínseco ou intrínseco, pois Brown (2001) explica como se originam esses termos e como eles funcionam.
 
A motivação extrínseca, de acordo com Brown (2001, p 76) origina-se em fatores externos ao indivíduo, que pode realiza a tarefa por dinheiro, objeto que deseja ou para não ser castigado, por exemplo. Este indivíduo irá buscar recompensas como o dinheiro, prêmios e até mesmo alguns feedbacks positivos, por terem realizado as atividades que lhe foram dadas para realizar.  
 
Esse tipo de motivação mostra que o indivíduo não gosta da tarefa que está realizando, mas gosta da recompensa que ela irá lhe trazer se ele a executar. Isso trará ao indivíduo pouca satisfação e prazer na execução da tarefa.
 
Já a motivação intrínseca vem de fatores internos ao indivíduo, e está relacionada com a sua forma de ser, os seus interesses, os seus gostos e objetivos. Neste tipo de motivação, a recompensa não é o mais importante, visto que a tarefa em si própria representa um interesse para o sujeito, algo que ele gosta ou está relacionado com a forma de ele ser. De acordo com Edward Deci (1975, p. 23) citado por Brown (2001, p 76) Essa motivação visa trazer ao indivíduo gratificações pessoais “comportamentos intrinsecamente motivados visam trazer certas consequências internamente gratificantes, nomeadamente, os sentimentos de competência e autodeterminação.” Neste caso as tarefas serão realizadas por prazer, a satisfação no fazer será a maior recompensa, outras recompensas possíveis que vierem serão simplesmente um acréscimo.
 
A motivação intrínseca / extrínseca designa a forma como o indivíduo se realiza em sua vida.
 
(Motivação intrínseca / extrínseca) determina possibilidades continuas de intensidade nos sentimentos ou na direção, que vão desde, gerar auto recompensas internas, profundamente forte, administrar externamente recompensas que estão além de si mesmo. (BROWN 2001 p, 75).
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De acordo com Souza (2009), no contexto sala de aula de língua estrangeira, tanto professor quanto alunos, têm um papel fundamental para que haja motivação. O professor não pode ser considerado o único responsável pela motivação dos alunos, eles devem estar dispostos a se engajar e encontrar suas próprias razões e seus próprios objetivos para atingir suas metas no processo de ensino-aprendizagem. O professor pode ser capaz de despertar o interesse dos alunos, buscando encontrar uma maneira de ensinar que seja convergente com os desejos e as necessidades de seus alunos.
 
Metodologia
 
A fim de perceber o que motiva os alunos a frequentarem as aulas de inglês ministradas no (FATI), será realizado uma pesquisa de campo e por meio de um questionário fechado, contendo cinco perguntas, que foram respondidas por um grupo de 20 alunos participantes do projeto, e eles assinalaram com um “x” as respostas que acreditavam ser elementos que os motivavam a frequentar as aulas de língua estrangeira oferecida pelo projeto. Os resultados desses questionários serão representados adiante em gráficos de setores e explicados de acordo com as teorias estudadas para realização desta pesquisa. O questionário foi aplicado no intervalo entre uma aula e outra, quando entreguei o questionário para que fossem respondidos, estava findando a aula de português e em seguida viria a de inglês. Os alunos foram extremamente atenciosos e prometeram ser sinceros em suas respostas.
Na sequência apresentaremos os dados da pesquisa discutindo os dados de acordo com as teorias abordadas nesta pesquisa.
 
Apresentação e discussão dos dados
 
Com a pesquisa realizada com os vinte alunos que frequentam o curso de inglês no (FATI), pode-se perceber quais são os motivos que levam os alunos a estudar uma segunda língua, que neste caso é o inglês. O gráfico abaixo mostra os principais objetivos que motivam esses alunos a continuarem estudando.
 
 
 
 
 
Gráfico 1

De acordo com Unicovsky (2004) podemos confirmar que a educação para alguns desses alunos é um dos meios encontrados para enfrentar os desafios impostos a eles pela idade e pela sociedade, a busca pelo aprendizado e novos conhecimentos traz-lhes a oportunidade de um bem físico e emocional, confirmando essa afirmação da autora 13 participantes  da pesquisa  marcaram a opção “ter a oportunidade de fazer algo novo e manter a mente  ativa”, isso mostra que  um dos fatores que motiva os alunos idosos a frequentarem o curso de língua inglesa no (FATI)  é a oportunidade de obter um bem estar na vida fisica e emocional.
 
Como mostra a pesquisa, apenas 6 apenas  marcaram a opção “me comunicar com algum familiar ou amigo que usa a língua inglesa”, e 5 pessoas  assinalararam  as opções “ não me sentir excluído da sociedade, porque não sei uma segunda língua” e “ter a oportunidade de conhecer novos amigos” , isso mostra nos que esses alunos objetivam se socializarem por meio de uma língua estrangeira.
No entanto podemos dizer que a afirmação apresentada por Bella (2007), na a qual diz que o idoso  tende com o passar do tempo se sentir ameaçado pela exclusão e ele passa então a buscar resignificação no presente, lançando-se em projetos e planos futuros a fim de se tornar valorizado e reintegrado à vida , neste caso o aprendizado de um segundo idioma é como um veiculo que irá proporcionar-lhe o bem estar.
 
Podemos observar também que muitos buscam realizar sonhos e objetivos que ainda não conseguiram por não falarem inglês, como é o caso dos aluno que deseja falar com familiares ou amigos que utilizam a língua inglesa,sem a ajuda de tradutores.  Nesta pesquisa 7 pessoas também marcaram a opção  “Para viajar para países em que se fala  inglês e me comunicar sem ajuda de um tradutor.” e 4 apresentaram outra opção, mas não revelaram quais são essas outras opções. Com isso podemos observar que se confirma o que diz Bella (2007), quando afirma que há outros motivos, como a falta de oportunidades no passado, que não lhe permitiu ir em busca de seus sonhos e objetivos, porém com a chegada da velhice muitos podem se sentir livres para buscar seus objetivos e se dedicar à realização de seus sonhos. 
 
Justamente por se sentir liberto dos compromissos e obrigações de outrora (trabalhar, cuidar da casa e da criação dos filhos) o/a idoso/a pode, então, busca e dedicar-se a atividades que realmente sejam significativas para ele, o que realmente vale a pena traz prazer e realização. Todos seus desejos não contemplados à tona e sente-se impelido a persegui-los e realizá-los. (BELLA, 2007,p 35)
             
Podemos perceber então que os alunos idosos sentem se livres para buscar a realização de seus sonhos que ainda não se realizaram, entre esses sonhos está o desejo de conhecer e aprender uma nova língua para poder se comunicar e socializar-se com a sociedade na qual está inserido.
De  acordo com  a pesquisa observamos que apenas 1 pessoa assinalou a opção “Para ler livros e jornais em língua inglesa”, talvez por ser uma atividade mais individual poucos desejam essa pratica, mas sim aquela que envolva mais a comunicação. Por isso de acordo com Unicovsky (2004) é importante que o professor  organize e proporcione situações de aprendizagem com características motivacionais que possam atender as necessidades dos diferentes aprendizes para que estes construam novos conhecimentos e passem a ter um envelhecimento ativo e participativo no contexto social.
 
 Na pergunta 2 é possível identificar que algumas das características motivacionais que estão presentes no FATI  são as atividades em que há interação entre os alunos. Em primeiro lugar ficou a opção “atividades que  envolvem todos os alunos” com 13 pessoas que marcaram essa opção confirmando o que defende Barroso (2007) que diz que a interação entre os alunos ajuda-os a adquirir confiança e segurança para utilizar a língua em estudo, pois segundo essa autora quando todos os alunos se envolvem em uma atividade, eles acabam  interagindo e compartilhando experiências. Em seguida ficaram as atividades realizadas com jogos e brincadeiras, marcada por 7 alunos e as atividades com música e vídeos marcadas por 6 alunos, ambas são atividades que causam a interação, poucos  participantes optaram por atividades com leituras ,individuais e em pares, conforme mostra o gráfico abaixo.
Gráfico2

 
Fica claro por meio do gráfico, que boa parte dos alunos prefere atividades que envolva toda a sala. Isso de acordo com Barroso (2007) significa que os alunos se mantêm confiantes em usar a língua e tornam-se mais motivados a aprendê-la na medida em que interagem entre si na sala de aula.
 
Conforme os alunos interagem uns com os outros e adquirem mais confiança em usar a língua, eles se sentem mais motivados a aprendê-la. Além disso, a interação auxilia para diminuir bloqueios de comunicação, diminuir o medo de errar e de arriscar a usar a língua alvo na sala de aula. É importante destacar que o professor tem um papel fundamental para que a interação entre os alunos seja um fator de contribuição para a aprendizagem da língua, estabelecendo um clima de confiança em sala de aula. (BARROSO 2012,p, 55)
 
No entanto, o professor deve estar atento, pois de acordo com Unicovsky (2004), trabalhar em conjunto na educação de adultos da terceira idade é o que impulsiona o processo de ensino e aprendizagem. Porém, é importante que o mestre tenha um conhecimento amplo do desenvolvimento físico, psicológico e social do idoso, se conscientizando de que essa fase possui características peculiares e que cada pessoa é diferente uma da outra, assim o professor garante que todos os alunos interajam entre si, até mesmos aqueles mais tímidos.
 
Na pergunta de número 3 e 4 perguntamos qual o contato dos alunos com a língua inglesa fora da sala de aula, conforme o resultado obtido na pesquisa realizada no FATI muitos não têm contato com a língua fora da sala de aula, apenas 8 alunos declararam ter algum tipo de contato com a língua fora da sala de aula e esses que têm, se utilizam de métodos como a música, opção de 10 dos participantes  e a navegação na internet opção de 5. Essas foram às opções mais citadas na pesquisa, pois é provavelmente o que lhes causa prazer e os motiva a continuarem firmes em seus objetivos de aprendizagem, os outros 12 participantes não tem nenhum contato com a língua inglesa fora da sala de aula. Com a pergunta 5 entendemos o quanto de tempo o aluno se dedica  na a aprender e praticar o inglês fora da sala de aula e 13 dos participantes declaram não se dedicar, nunca fora da sala de aula, 4 se dedicam 1 vez por semana e 3 assinalaram outra opção, nota-se com isso  que os alunos que frequentam as aulas no projeto FATI são motivados pela vontade de manter o cérebro ativo, e a convivência com os demais alunos. De acordo com Villane (2007) são os pontos motivadores mais comuns, pois ele também acredita neste benefício causado pelo aprendizado de uma nova língua:
 
A estimulação social pela participação ativa em comunidades de interesse comum auxilia a regeneração do cérebro, principalmente quando essa participação esta ligada ao prazer de conviver com outras pessoas e com um objetivo claro que é de aprender a língua inglesa, neste caso. (VILLANE 2007, p 180)
 
 Podemos observar nos gráficos os números de alunos que mantêm contato com a língua inglesa fora das salas de aulas e as atividades que eles desenvolvem.
 
Gráfico3
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 4
 

 Bella (2007) também salienta que quanto mais o cérebro for estimulado a praticar atividades intelectuais, maior será a chance de produzir novas conexões e isso, consequentemente, manterá a mente mais saudável e ativa. Portanto, quanto mais ativo o idoso se mantiver, maiores serão suas chances de preservar seu cérebro em bom funcionamento e isso é um dos fatores que motivam os alunos a participar das aulas ministradas no projeto do FATI.
 
Considerações finais
 
Com esse trabalho conclui-se que alunos da terceira idade possuem características peculiares no processo de ensino/aprendizagem devido às mudanças ocorridas no decorrer da vida, por isso o professor deve levar em consideração essas características para garantir que os alunos idosos permaneçam em busca do conhecimento, que neste caso  é conhecer e dominar a língua inglesa. Na pesquisa realizada na Faculdade Aberta a Terceira Idade (FATI) percebi que as características, como a de focar mais o conteúdo do que a forma, a de serem impacientes à sala de aula e estarem constantemente sugerindo temas e atividades ao professor,etc. estavam bem presentes e marcantes na sala de aula. o fator investigado foi o papel motivação, que é um elemento essencial para o ensino aprendizagem de uma língua estrangeira. De acordo com os autores, Brown (2001), Scopinho (2009), Almeida Filho (2005), entre outros, citados nesta pesquisa. A motivação é a força que vem de dentro ou de fora que faz com que o aluno busque a realização de seus objetivos. Também foi perceptível nesta pesquisa que, cada aluno possui um motivo especial, que faz com que eles continuem frequentando as aulas e indo em busca do  conhecimento de uma segunda língua. No entanto um dos principais motivos que  estão presente  entre esses alunos é a expectativa de manter o cérebro em bom  funcionamento e em plena atividade. E também pela oportunidade de fazer novos amigos, pois de acordo com alguns especialistas citados neste trabalho, a busca pela socialização e pela preservação do funcionamento saudável do cérebro é o maior fator motivador dos alunos da terceira idade. Isso ficou evidente nos alunos que frequentam as aulas de inglês no projeto FATI.
Por meio desta pesquisa foi possível entender os fatores que motivam os idosos a continuarem no curso de língua estrangeira e entender como o professor pode preparar suas aulas, a fim de ajudar esses alunos a atingirem seus objetivos e ajudá-los a persistirem no processo de aprender e compreender a língua que esta estudando.
Se o tempo fosse favorável, talvez pudéssemos apresentar novas propostas pedagógicas que pudessem auxiliar o professor e o  aluno no processo de ensino/aprendizagem na terceira idade. De repente no futuro essa pesquisa possa ser ampliada e aprofundada buscando responder questões que talvez possa ter passado sem uma resposta clara.
 
Referências Bibliográficas
 
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BARROSO Lúcia Maria Moura C. Aprendizagem de inglês na terceira idade: Motivações, benefícios e dificuldades. Disponível em:
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BROWN Douglas, H. Teaching by Principles, an Interactive Approach to Language Pedagogy, 2° edition 2001.
 
 
DÖRNYEI Zoltán and USHIODA Ema.  Teaching and Researching Motivation. Secund Edition, 2011.  
 
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LIMA Nayra Silva  e  FILHO Marcelo N. R. Silva: A Abordagem comunicativa no processo de aquisição de língua inglesa. Disponível em:
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RODRIGUES Luiz Carlos Balga (UFRJ). Terceira idade e ensino de língua estrangeira: O papel da afetividade e da socialização: disponível em:
http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_3/218.pdfAcesso em 20/09/2014
 
RAJAGOPALAN Kanavillil. Língua estrangeira e auto estima. In: Por uma linguística critica: Linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003 ( linguagem 4) 
 
SCOPINHO Raquel Albano: Subsídios para elaboração e utilização de material didático de língua estrangeira para a terceira idade. 2009.149 f. Dissertação (mestrado em linguistica) na área de ensino e aprendizagem de línguas, universidade Federal de São Carlos. Disponível em: http://www.ppgl.ufscar.br/novo/arqs/resumos/1308137787_030_raquelas.pdf.  Acesso em 12/11/2014
 
SOUZA Marcela Ortiz Pagoto: A Interação entre crenças e motivação no processo ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira. Disponível em:
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UNICOVSKY Margarita Ana Rubin. A Educação como meio de vencer desafios impostos aos idosos. Disponível em:
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VILLANEA. F. L. Longevidade no aprendizado de línguas: Acrescentando vidas aos anos e não anos a vida. Disponível em: (
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4612. Acesso em 16/05/2015
 
Apêndice
Questionário
 
Marque um “x” nas questões que você acredita ser a sua resposta, “pode marcar mais de uma opção”.
 
  1. Por que você  frequenta as aulas de língua inglesa no FATI?
 
( ) Para ter a oportunidade de conhecer novos amigos
( ) Para ter a oportunidade de fazer algo novo e manter a menteativa.
( ) Para me comunicar com algum familiar ou amigo que usa a língua inglesa.
( ) Para viajar para países em que se falainglês e me comunicar sem ajuda de um tradutor.
( ) Para ler livros e jornais em língua inglesa.
( ) para não me sentir excluído da sociedade, porque não sei uma segunda língua
( ) outra razão.............................................................................................
 
  1. Que tipo de atividades realizadas na sala de aula do FATI te deixam mais motivados a aprender a língua inglesa?
 
( ) atividades em pares
( ) atividades individuais
( ) atividades que envolvem todos os alunos
( ) atividades em pequenos grupos
( ) atividades com vídeos e músicas
( ) atividades com jogos, brincadeiras e dinâmicas
( ) atividades com leituras
( ) atividades de produção de texto
 
  1. você tem contato com língua inglesa fora da sala de aula?
 
           ( ) Sim              ( ) Não
 
  1. Se sua resposta foi sim para a questão anterior, que tipos de atividades em língua inglesa você costuma fazer fora da sala de aula?
              ( ) Leitura
( ) Navegar na internet
( ) Uso de aplicativos em celular
( ) Música
  1. Com que frequência você pratica inglês fora da sala de aula?
                   ( ) 1 vez por semana
      ( ) 2 ou 3 vezes por semana
      ( ) 3 vezes por semana
      ( ) Mais que 3 vezes por semana
      ( ) Nunca
        Outros.....................................................................................................
 
[1]           (intrinsic/extrinsic motivation) designates a continuum of possibilities of intensity of feeling or drive ranging from deeply internal, self generated rewards to strong, externally administered rewards from beyond oneself. (BRAWN 2001 P, 75. Tradução livre do autor).
 
Francisco Carlos da Silva Caetano
Enviado por Francisco Carlos da Silva Caetano em 02/11/2018
Reeditado em 06/11/2018
Código do texto: T6493078
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