PROFESSORES GRITAM POR SOCORRO!

É impressionante como de uns tempos pra cá, os índices de violência e desrespeito tem crescido de forma assustadora dentro das escolas. Quase todos os dias quando abrimos as redes sociais ou assistimos a TV, nos deparamos com algum noticiário ou mensagem via internet que aborde algo correspondente ao mau comportamento dos alunos. As reclamações são sempre as mesmas: indisciplina, alunos descompromissados e professor hostilizado.

O Educador que antes era visto com carinho e admiração, hoje não passa de uma classe desvalorizada, tendo que trabalhar aos trancos e barrancos, muitas vezes em mais de um turno e com salários atrasados para cumprir sua dolorosa jornada de trabalho. Os alunos que deveriam vislumbrar um futuro mais próspero para a sua vida, ao invés de agarrar as oportunidades de crescimento pessoal e intelectual, não querem nada, e para completar, ainda se dão ao luxo de infernizar a vida do professor e dos poucos alunos que ainda querem aprender.

Difícil é ser educador hoje em dia. Com uma sobrecarga gigantesca, a missão de lecionar tem se tornado cada vez mais complicada, porque não se trata somente de adentrar na classe e transmitir conteúdos. Nessa jornada, é necessário equilíbrio emocional, paciência, psicologia e principalmente silêncio para proporcionar uma aula produtiva. Porém, quase nunca é possível, porque o professor perde a maior parte do tempo tentando acalmar os nervos aflorados de uma turma agitada e descompromissada.

Os pais que deveriam ser parceiros da escola, nunca colaboram fazendo a sua parte, entregam toda a responsabilidade nas mãos do professor e quase nunca vão a uma reunião escolar para saber a respeito do comportamento dos seus filhos e nem do desempenho escolar. Se os jovens estão caminhando para o abismo, é porque os pais não monitoram, não educam e não conversam a respeito de valores, direitos e deveres. Preferem "lavar as mãos", porque educar dá trabalho, então, é muito mais cômodo se eximir desse compromisso. Enquanto isso, os filhos crescem folgados e sem nenhum tipo de responsabilidade com a vida e com as pessoas do seu círculo social.

Mas o que está havendo com a geração atual? Recentemente em um determinado programa de TV, uma pedagoga justificou esses comportamentos, atribuindo a frequência com que os jovens estão tendo contato com as redes sociais, pelo qual transmitem, discursos de ódio e intolerância sobre diversos problemas da atualidade. Diante dessa afirmação, me gerou uma reflexão: mas porque eles só absorvem as coisas ruins e não as boas, já que nas mídias sociais também tem muita coisa boa para absorver? Talvez a resposta esteja no excesso de liberdade e a falta de orientação que os pais NÃO dão aos filhos sobre princípios e respeito ao próximo. Aí, quando chegam na escola, já vem com a mente influenciada e com uma personalidade corrompida, porque a falta de um diálogo esclarecedor resulta em verdadeiros fantoches da sociedade.

Diante desse quadro caótico que estamos vivenciando à educação, a única coisa que eu almejo para o futuro, são medidas de resgate a autoestima e reconhecimento do professor, que todos aprendam a respeitar, compreender e valorizar a figura do educador. Que todos os orgãos possam trabalhar em conjunto, com seriedade e com objetivos predefinidos, principalmente cobrando dos pais mais participação nas escolas e mais responsabilidade com os seus filhos. Inclusive, criando medidas mais severas para pais negligentes.

ORQUÍDEA
Enviado por ORQUÍDEA em 26/09/2018
Reeditado em 27/09/2018
Código do texto: T6460329
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