QUE BRASIL VOCÊ QUER PARA O FUTURO?

Em 2011, na cidade de Canela, RS, um casal decidiu retirar da Escola sua filha de onze anos, por considerar que vários fatores colidiam com o que entendiam a respeito da estrutura familiar. Entendiam que alguns temas disseminados em classe nada tinham a ver com a tradição, muito menos os que se relacionavam com a sexualização de crianças de tenra idade. Também questionavam a intromissão do Estado no direito dos pais negarem as visões evolucionistas apontando o homem como derivado de macacos, em contraposição à visão criacionista da sua confissão. Além disso, o casal manifestava indignação quanto à introjeção indesejada da Ideologia de Gênero, como incentivadora do homossexualismo, em contraposição ao entendimento biológico ou científico, a respeito da reprodução humana e seus caminhos, considerados como regras e não como teoria alinhada a ideologias defendidas por políticos e intelectuais das Ciências Sociais e do “politicamente correto”.

Com base nessa argumentação o casal entrou, no Judiciário, com um processo solicitando autorização para a educação da filha, de onze anos, através do “homeschooling”, o ensino domiciliar de crianças. Tal procedimento, já adotado em vários países, serviu de base para que o casal buscasse aliar-se a outros desenvolvendo essa forma de ensino, no lar, e não mais na escola.

Sem entrarmos no aspecto legal que envolve a questão tivemos, no dia 12 deste mês, a decisão final do STF negando a pretensão paterna por nove votos contra dois. Isso quer dizer que dois juízes entendiam que o casal poderia ter sucesso em sua solicitação, não houve unanimidade...

Os motivos que levaram os pais a impetrarem essa questão no Judiciário fazem sentido quando percebemos a ação nefasta do Estado introduzindo, na Educação Sistemática, conteúdos que em nada contribuem para a manutenção do que entendemos como “célula mater” da sociedade, ou seja, a própria família.

A Educação Sistemática tem seus critérios elaborados pelo poder político do Estado na medida em que planeja, organiza, dirige, coordena e controla as atividades educacionais, como obrigatoriedade, a partir da legislação pertinente, com fulcro na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Portanto, as discrepâncias constatadas nos caminhos da Escola, em nossos dias, tem o peso do sistema em contraposição às perspectivas dos pais com relação ao que está sendo introjetado na formação dos seus filhos, principalmente nos conteúdos curriculares que se afastam ou alteram o comportamento dos estudantes, sobretudo no que diz respeito às questões da sexualização ou ideologização precoces.

Por outro lado temos, como instrumento da desconstrução de bases sociais, a poderosa ação midiática abertamente insistindo no desmantelamento de valores consagrados pela família e no modus vivendi estabelecido como correto, moral, ético ou adequado. Esse aparato, embora manipulado por organizações cuja atuação se faz por “concessão” do Estado, na verdade se põe infensa a qualquer restrição e não se vê nenhuma ação de qualquer estamento dos Três Poderes refreando os avanços a cada vez mais incisivos!

Hoje, vários noticiários em sites da Internet e, também, jornais, dão conta da agitação midiática geral em razão do “primeiro beijo gay” transmitido pela televisão, cuja importância deverá ser vista nos índices das pesquisas estatísticas de consagrados Institutos. Quem quiser constatar o vídeo do link abaixo será esclarecedor.

Nesse comentário não cuidamos de questionar o resultado concertado pelo STF, pois a adoção do “homeschooling”, se deferida, necessitaria de regras para sua ativação. Aqui nos incita a inoperância fiscalizadora diante desses ataques ao comportamento social, há longo tempo perseguido pela célula familiar que a mídia insiste em destruir...

É lamentável que o STF, ao julgar a petição do casal gaúcho não tenha se preocupado em analisar as escaninhos da Educação Sistemática, alvo permanente da “educação assistemática”, no que diz respeito aos “Objetivos Nacionais”. Afinal, o que o país espera do seus filhos, no futuro? Em especial, com esse tipo de associação ulterior entre as duas formas de educação, o que se espera do Brasil, no futuro? Ou melhor, que Brasil você quer para o futuro?

https://twitter.com/luisfernandw/status/1039991252668870656

Amelius

14/09/2018

Amelius
Enviado por Amelius em 14/09/2018
Reeditado em 09/10/2018
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