Projetos, por que trabalhá-los?
Considerando a linguagem como elemento de comunicação entre os diferentes seres, e em específico o ser-humano dotado de elementos de cognição, a comunicação é sem sombra de dúvidas o elemento de constantemente transformação, que altera a si mesmo como o meio a qual está inserida. Assim a comunicação é célula ativa entre os seres viventes. Neste prisma, há de se considerar a Linguagem, aqui em específico a língua portuguesa, não só como ferramenta do aprendizado com fim em si mesma, mas, como pressuposto a novos saberes nas mais diferentes áreas do conhecimento. A linguagem transpassa as barreiras da interdisciplinaridade, e provocam uma dependência intrínseca entre os diferentes saberes, sendo entre muitas as mais comuns e possíveis abordadas em projetos: Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação, recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais, relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas, reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação, reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social, reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas, reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos, Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais, analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos, reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos, estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político, relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário, reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional, identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos, analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução. reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional....
• Não digo que encontrariam soluções para tal proposta, mas que criassem momentos de reflexão, sementes que uma vez germinada, poderão fazer a diferença no campo holístico. Assim os alunos irão para casa com uma proposta de redação onde deveram descrever a rota da escola a suas casas, dando um olhar a problemas que incomodam ou deveriam incomodar o dia a dia, e que talvez não o faça por acostumarmos com tais irregularidades, uma pichação, um terreno baldio com lixo, crianças no farol, bueiros entupidos de lixo. A partir daí os alunos fariam a leitura compartilhada e começaríamos não só verificar o poder do uso da linguagem em si mesma, como: estruturas e clareza, mas, principalmente a relação de coesão entre o tema e os textos apresentados. A partir desta reflexão os alunos passariam a reduzir o campo de observação, trazendo o problema para seu mundo individual, sua escola, sua casa, seu comportamento, sua carteira de aula. Uma vez questionada, levantaríamos hipóteses, os porquês; proporia as equipes que levantassem hipóteses a partir de textos de diferentes gêneros indicados pelo professor para que o aluno em sala de aula invertida, “suas casas”, buscassem subsidiar-se a partir das propostas e tarefas. Tão logo os grupos estivessem preparados e embasados teoricamente o professor proporia questionários de pesquisas, os quais os alunos produziriam para aplicar dentro da família, na escola e no bairro onde moram. Com este resultado em mão redimensionariam hipóteses dos porquês, já com evidencias em mão, resultado das pesquisas, os próprios alunos, sob orientação do professor, proporiam ações que pudessem minimizar a situação problema detectada. Claro que construção de gráficos, tabelas, apoio interdisciplinar junto as tantas outras áreas do conhecimento enriqueceriam o processo de aprendizagem. O portfólio do desenvolvimento de todo o projeto para cada equipe seria uma forma de acompanhá-lo passo a passo, registrá-lo e ao mesmo tempo avalia-lo, interferindo sempre que necessário.
O produto seria uma formação cidadã reflexiva capaz de favorecer o indivíduo a sair da zona de conforto e alienação a um olhar crítico dotado do fazer individual e ou coletivo. A valorização dos diferentes ambientes a qual está inserido e a disseminação dessa ideia a seus pares e sociedade em geral