LIBERDADE RESPONSÁVEL
Minha filha está vivendo na Austrália há doze anos. Depois de visitá-la lá três vezes, comecei a entender por que ela não quer mais voltar para o Brasil. Quem se acostuma com organização não consegue mais viver na bagunça. Na Austrália entendi o que significa uma cultura e uma filosofia de vida baseada na liberdade e na responsabilidade. Ninguém joga papel ou lixo nas ruas ou nos rios. Não se passa sinal vermelho. Pedestres andam no lado certo da rua, esperam o sinal abrir para atravessá-la e os motoristas de taxi não ficam rodando com os passageiros para aumentar a féria do dia. O transporte público funciona e não atrasa. As pessoas só bebem nos locais onde o álcool é liberado. E olhe que os australianos gostam de beber. Entre os países que visitei, a Austrália é onde mais se bebe. Mas ninguém pega no volante depois de beber. Voltam para casa de taxi ou fazem um rodízio para que um dos convivas se mantenha sóbrio para dirigir. Pode-se andar a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar, sem medo de ser assaltado. Mas o melhor de tudo é que aqui eles acharam um meio de fazer os políticos andarem na linha sem ficar roubando desbragadamente como se faz no Brasil e nos países latinos. Todo bairro, de qualquer grande cidade da Austrália, tem prefeito eleito diretamente pelos moradores. Assim, eles são fiscalizados de perto pelos moradores, como se fossem um síndico de condomínio. Até para ampliar o tamanho de uma estação rodoviária ou de um ferry boat eles têm que submeter suas propostas aos moradores, especificando custos, condição de construção, tempo, enfim, todas as características do projeto. Fica mais difícil de roubar.
A Austrália, como o Brasil, é um país multiracial. Boa parte da sua população é de origem estrangeira. Predominam os orientais. No centro de Sidney, Melbourne, Adelaide ou qualquer outra grande cidade, a impressão que se tem é que estamos no oriente. Há muita gente oriunda da Ìndia, Paquistão e países árabes. Mas aqui eles aprenderam a conviver bem, cada um respeitando a cultura alheia.
Alguém poderá dizer que num país com pouco mais de vinte milhões de habitantes é fácil manter a ordem, a civilidade, boa educação, segurança, etc. A isso responderemos que a Austrália, como o Brasil, também foi inicialmente colonizada por “degredados”, ou seja, criminosos condenados na Inglaterra que foram cumprir sua pena naquele país. O Brasil e os demais países latino-americanos também já tiveram uma escassa população, que só cresceu graças aos maciços fluxos de imigrantes que receberam. Não é a super população que causa a desordem, o subdesenvolvimento e a miséria. È a educação que seus povos recebem, a liderança que escolhem e a filosofia de vida que adotam. Enquanto não soubermos estabelecer nossos verdadeiros limites de liberdade e responsabilidade, e formos devidamente cobrados por isso, nunca seremos um país verdadeiramente desenvolvido.
Minha filha está vivendo na Austrália há doze anos. Depois de visitá-la lá três vezes, comecei a entender por que ela não quer mais voltar para o Brasil. Quem se acostuma com organização não consegue mais viver na bagunça. Na Austrália entendi o que significa uma cultura e uma filosofia de vida baseada na liberdade e na responsabilidade. Ninguém joga papel ou lixo nas ruas ou nos rios. Não se passa sinal vermelho. Pedestres andam no lado certo da rua, esperam o sinal abrir para atravessá-la e os motoristas de taxi não ficam rodando com os passageiros para aumentar a féria do dia. O transporte público funciona e não atrasa. As pessoas só bebem nos locais onde o álcool é liberado. E olhe que os australianos gostam de beber. Entre os países que visitei, a Austrália é onde mais se bebe. Mas ninguém pega no volante depois de beber. Voltam para casa de taxi ou fazem um rodízio para que um dos convivas se mantenha sóbrio para dirigir. Pode-se andar a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar, sem medo de ser assaltado. Mas o melhor de tudo é que aqui eles acharam um meio de fazer os políticos andarem na linha sem ficar roubando desbragadamente como se faz no Brasil e nos países latinos. Todo bairro, de qualquer grande cidade da Austrália, tem prefeito eleito diretamente pelos moradores. Assim, eles são fiscalizados de perto pelos moradores, como se fossem um síndico de condomínio. Até para ampliar o tamanho de uma estação rodoviária ou de um ferry boat eles têm que submeter suas propostas aos moradores, especificando custos, condição de construção, tempo, enfim, todas as características do projeto. Fica mais difícil de roubar.
A Austrália, como o Brasil, é um país multiracial. Boa parte da sua população é de origem estrangeira. Predominam os orientais. No centro de Sidney, Melbourne, Adelaide ou qualquer outra grande cidade, a impressão que se tem é que estamos no oriente. Há muita gente oriunda da Ìndia, Paquistão e países árabes. Mas aqui eles aprenderam a conviver bem, cada um respeitando a cultura alheia.
Alguém poderá dizer que num país com pouco mais de vinte milhões de habitantes é fácil manter a ordem, a civilidade, boa educação, segurança, etc. A isso responderemos que a Austrália, como o Brasil, também foi inicialmente colonizada por “degredados”, ou seja, criminosos condenados na Inglaterra que foram cumprir sua pena naquele país. O Brasil e os demais países latino-americanos também já tiveram uma escassa população, que só cresceu graças aos maciços fluxos de imigrantes que receberam. Não é a super população que causa a desordem, o subdesenvolvimento e a miséria. È a educação que seus povos recebem, a liderança que escolhem e a filosofia de vida que adotam. Enquanto não soubermos estabelecer nossos verdadeiros limites de liberdade e responsabilidade, e formos devidamente cobrados por isso, nunca seremos um país verdadeiramente desenvolvido.