OS MITOS QUE CERCAM O ATO DE ESCREVER.
O que vai determinar o nosso grau de familiaridade com a escrita é o modo como aprendemos a escrever, e importância que o texto escrito tem para nós e para o nosso grupo social, a intensidade do convívio estabelecido com o texto escrito e a freqüência com que escrevemos. Consequentemente são estes fatores que vão definir também nossa maturidade e nosso desempenho na produção de textos...
Essa afirmação descarta completamente a idéia de dom, pois mesmo aqueles que já nascem com certa habilidade de pensar e escrever tem que trabalhar bastante para melhorar o desempenho do que vai passar para o papel. Acredito que há um dom, ou uma habilidade inata de criar idéias, escrever é outra habilidade que tem que ser trabalhada independentemente da capacidade de criação do artista literário. Escrever é uma necessidade e uma habilidade, por isso, tem quer ser aprendida e trabalhada.
Certos bloqueios podem facilmente impedir que qualquer idéia maravilhosa nunca chegue ao papel como o autor deseja. Se o caso não for à escrita artística e literária, consequentemente necessitaremos de aprendizagem e adquirir as habilidades necessárias para produzir o texto que o nosso meio exige.
2º) Ainda segundo a autora,
Todo ato de escrita pertence a uma pratica social. Não se escreve por escrever. A escrita tem um sentido e uma função. (GARCEZ,2001,p.8)
“Não se escrever por escrever” Assim como a fala, a escrita tem sua função e sentido para que qualquer mensagem e idéia seja passada adiante. Não é a toa que boa parte dos gêneros que conhecemos são textuais, por que a escrita tem tanto poder quanto a fala, e a mesma pode se adaptar ao meio que vivemos. Não ter habilidade da escrita é o mesmo que falar palavras pela metade.
O texto é a organização de pensamentos e idéias, está internamente ligado ao individuo e por isso não pode ser testado.
“Escrever é compartilhar” praticas sociais que foram construídas ao longo do tempo. Daí se origina os Gêneros de textuais. A escrita fará parte de situações especificas da sociedade que vivemos. Por isso a autora afirma que todo texto tem sua função e evidentemente o sentido será necessário para que haja a comunicação, e para ter sentido o ato de escrever tem que ser trabalhado.
3º) Com base no texto, comente sobre a atuação negativa dos mitos que cercam o ato de escrever sobre a pratica escrita do indivíduo.
A escrita é uma construção social, não estar livre do negativismo e preconceito, sabendo que a própria linguagem ou língua falada ainda hoje gera muitas discussões e teses. Os mitos acerca da maneira de escrever tendem a impossibilitar o individuo de buscar as habilidades necessárias para um bom desempenho.
Mitos ganham força, quando passamos a acreditar neles como verdade. Acreditar que escrita é um dom, apenas me encoraja a não escrever, já que, se é um dom não preciso me preocupar em ser bom. Os mitos negativam nossa forma de pensar criando incertezas sobre aquilo que passamos para o papel e mais tarde sobre o que pesamos sobre nós mesmos.
Não há espontaneidade no ato de escrever, escrever requer esforço, por ser uma atividade complexa e que consequentemente será compartilhada. Acredito que há uma espontaneidade de idéias não de escrita. Para que um texto tome forma há uma varredura no nosso conhecimento para dar forma e vida ao texto. Não se pode reproduzir perfeitamente um pensamento em escrita.
Ler está relacionado à habilidade que temos em escrever, mas tudo requer um profundo estudo, pois mesmo com um vasto conhecimento podemos ser barrados pelas nossas crenças em mito. Não existem dicas para escrita perfeitas, existem modelos prontos de gêneros que terão sua utilidade momentânea. Escrever é uma habilidade do ser, requer aprofundamento na atividade e não somente baseadas em fórmulas mágicas. Temos que estar de acordo as possibilitas de nossa linguagem, a prática nos leva a beirar a perfeição, essa perfeição de escrita é que é o verdadeiro mito.
4º) Para Garcez (2001, p. 10),
[...] Escrever não é um ato espontâneo. Exige muito empenho, é um trabalho duro, nem sempre as “dicas” oferecidas pelos professores e colegas são suficientes para elaboração de um texto fluente, claro, adequado.
Partindo deste posicionamento da autora, disserte sobre a concepção da escrita enquanto trabalho.
Escrever é uma atividade subjetiva, não é espontâneo, pois requer trabalho, esforço físico e mental para que o pensamento ganhe forma. Por mais simples que seja ninguém quer escrever um texto que ache imperfeito, mal feito.
Dependendo da função de cada texto, será necessário mais esforço e trabalho para que fique pelos menos como o autor queria. Por ser uma atividade complexa, necessitará do conhecimento prévio de quem escreve. Dicas e modelos só servirão para aqueles que já têm habilidade, já que, dicas e modelos são escritas direcionadas. Aprender a escrever um E-mail, não lhe será útil na hora de escrever um memorando.
Ler será um fator crucial para aprimorar a habilidade de escrever, pratica constante será necessário e inevitável, já que o mundo moderno, dos negócios e trabalho exige um conhecimento de escrita em grau elevado.
Silvestre C. Cantalice Filho.
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