Nascimento e evolução dos paradigmas indutivos científicos.
Richard Rorty formulou a seguinte teoria do conhecimento, conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior a mente.
Portanto, para conhecer é fundamental o entendimento da relação entre o sujeito conhecedor e o objeto conhecido.
De tal relação nasceram diversos entendimentos, um deles o realismo epistemológico, a crença que sujeito compreende o objeto tal qual é apresentado, surgindo a epistemologia determinista.
A física clássica de Newton nasceu e evoluiu nesse contexto epistemológico, fazendo recurso do paradigma determinista.
Entretanto, a partir do segundo momento da Revolução Industrial, séculos XIX e XX, as certezas foram abaladas, nascendo a filosofia relativista, base epistemologia da física quântica.
Surgiu o círculo de Viena, formulando o neopositivismo denominado de positivismo lógico ou empirismo lógico, método indutivo empírico, fundamentado na clareza e precisão, tendo como critério a verificabilidade.
Portanto, a teoria para ser verdadeira, desse modo, científica, passa pelo crivo da verificação empírica, tal paradigma tem como fundamento filosófico a ideologia positivista.
O referido paradigma em seguida refutado pelo grande filósofo e físico, Karl Popper, 1902-1994, por ser um paradigma determinista.
Popper o formulador do novo paradigma, fundamentado no princípio da não refutabilidade ou na falseabilidade.
Com efeito, o paradigma permanece como verdadeiro, até que não seja refutado, a mais absoluta rejeição a física determinista, significando que nenhuma teoria científica pode ser verificada totalmente no uso da metodologia indutiva
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Do ponto de vista lógico, não se pode inferir assertivas universais a partir de assertivas singulares.
Sendo assim, todo paradigma é transitório epistemologicamente, pois não há observação pura, destruindo os paradigmas deterministas.
Bachelard 1884-1962 destruidor também da física determinista, defende a tese que a ciência progride por rupturas epistemológicas, causadas por obstáculos epistemológicos.
Significando que a ciência caminha por saltos, negando sempre os paradigmas anteriores, sendo que todo saber empírico indutivo, é apenas aproximado e não determinado.
Thomas Kuhn 1922-1996, A estrutura das revoluções científicas 1962, defende a tese que a ciência desenvolve um certo tempo a partir da aceitação do paradigma.
Todavia, em um determinado momento o paradigma altera por não poder ser mais aplicado a ciência, desse modo, não existe determinismo no método indutivo.
Sendo assim, outros grandes físicos, Heisenberg na física quântica a formulação do princípio da incerteza, Einstein a física da relatividade entre tantos outros exemplos.
Em síntese a física determinista elaborada pela física clássica, foi completamente superada pela nova ciência, a qual é denominada de física quântica.
A física quântica influenciou filosoficamente a teoria da pós verdade elaborada por Foucault. Desse forma, a referida fenomenologicamente , só poderá ser compreendida ideologicamente, sem objetividade epistemológica.
Edjar Dias de Vasconcelos.