As regras da percepção fenomenológica de Schopenhauer a Foucault.
O pensamento objetivo ignora a percepção, como produto do sujeito construído, como se a referida fosse o resultado de um mundo feito e acabado.
O conhecimento possível, subjetivamente, o sujeito é parcial, ideológico e fragmentário, representativo e interpretativo.
Não é possível o conhecimento, representativo exato, interpretativo na fenomenologia como resultado da aplicação do método positivista indutivo.
Com efeito, aplicado apenas nas ciências da natureza, no uso do campo experimental, nas ciências do espírito, todo entendimento é essencialmente ideológico, como tal subjetivo.
Portanto, a percepção por natureza falha, devido as incongruências normais da formatação da memória epistemológica.
Na percepção há uma projeção natural da ideologia cognitiva em relação ao sujeito em sua dialética na compreensão fenomenológica do objeto.
De tal modo, que substancialmente o entendimento resulta-se da ideologização do campo epistemológico. Motivo pelo qual Nietzsche determinou não existir verdades, tão somente interpretações.
Foucault na construção de sua nova epistemologia, a percepção como resultado de sua compreensão do mundo, a análise como produção das ideologizações, desse modo, negando o sujeito pleno cognitivo.
Com efeito, o que é a percepção, a não ser a deturpação do objeto fenomenologicamente, pelo menos parcialmente. Portanto, perceber é de certo modo, o ato de se equivocar.
Desse modo, foi fundada a ciência da pós-verdade, seja qual for sua epistemologização.
Como refletiu Ponty empiricizar o sujeito é um erro crucial, do mesmo modo positivar a lógica dedutiva nas ciências do espírito.
Com efeito, como conhecer o objeto fenomenologicamente, se o conhecimento está preso as estruturas da memória do sujeito da cognição.
Descrever o fato tal qual como ele é, simplesmente ilusório, uma vez que a descrição do fato, aparece como representação da memória.
Motivo pelo qual imaginou Kant, a verdadeira realidade do fenômeno esconde do sujeito.
Schopenhauer entende a interpretação como fenômeno do desejo representado, como vontade do domínio, o que significa que a interpretação é a mais absoluta ideologização do poder, negando a relação objetiva do conhecimento entre sujeito e objeto.
O objeto é o que o sujeito deseja que ele seja, Kant, desse modo, a percepção esconde a verdade, aliena o espírito, ideologiza a razão e destrói naturalmente em parte o sujeito cognitivo.
Sendo assim, nada que é interpretado pode ser verdadeiro para Nietzsche, muito menos para Foucault, para Schopenhauer a interpretação uma imposição do domínio.
Portanto, a arte da percepção, costuma ser, a sua negação enquanto entendimento puro, Foucault.
O conhecimento, nas ciências do espírito, não tem em si nenhuma objetividade, o que percebemos são sugestões ideológicas, a serviço das regras do discurso da dominação política, Foucault.
Edjar Dias de Vasconcelos.