É o custo moral de um país!
Por que temos tantos analfabetos no Brasil?
Poucos dados são tão fortes como a taxa de analfabetismo para nos fazerem pensar na importância da educação na vida de um indivíduo. Apesar de índices propriamente econômicos, como a taxa de desemprego e de qualidade de vida, por ... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/colunas/priscila-cruz/2017/03/01/por-que-temos-tantos-analfabetos-no-brasil.htm?cmpid=copiaecola
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) divulgou dados sobre a situação da América Latina e do Caribe. Dentre os 139 países participantes do levantamento, apenas 39 cumpriram a meta. O Brasil, infelizmente, não está entre eles.
Ou seja: estamos descumprindo mais uma meta. Mais do que isso: estamos descumprindo a nossa própria Constituição, que tem como um dos seus fundamentos a cidadania. Como ser um cidadão de fato e de direito? Como é possível que alguém viva, trabalhe e dê conta das atividades práticas do dia a dia sem entender o mundo que o cerca? Como pegar um ônibus, enviar uma mensagem por celular, entender um documento ou assinar um contrato? Os motivos para os dados serem tão ruins são inúmeros, mas a resposta está na nossa história.
O problema é que essas desigualdades provenientes das nossas origens ainda resistem, mesmo com a evolução das últimas décadas.
Além disso, faltam políticas públicas eficientes que incidam de forma específica sobre as fatias da população que são público-alvo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) – por exemplo, idosos, negros e pardos residentes em regiões de baixo desenvolvimento socioeconômico, como as zonas rurais.
O custo do analfabetismo é o custo de uma vida plena. É o custo da cidadania, da qualidade de vida e do desenvolvimento do indivíduo, que fica atado à negação de um direito que lhe é inato.
É o custo moral de um país!
A problemática do analfabetismo ainda necessita ser estudada e compreendida em quatro aspectos: o econômico-social, ao explorar os diversos indicadores sociais relacionados ao analfabetismo, o aspecto político, ao desvelar problemas que tornam o analfabetismo renitente, conhecendo o ponto de vista do próprio analfabeto e buscando compreender seus desejos e possibilidades; o político educacional, ao considerar as diferenças regionais existentes no Brasil, e o aspecto organizacional, ao fomentar os projetos de combate ao analfabetismo pelos diferentes órgãos, bem como pelos governadores, prefeitos, membros do Legislativo, Secretarias, a fim de que ganhe o corpo e alma dos educadores e de todos os setores que desenvolvem os projetos de que fomentam a leitura e o aumento da escolaridade (PAINI et al, 2005)
O problema do alfabetismo no mundo, no Brasil e nos estados e municípios brasileiros são históricos. É reflexo da larga falta de investimentos em educação em tempos anteriores.
Em outras palavras, o analfabetismo hoje é resultado tanto da insuficiência quanto da demora na melhoria da alfabetização ao longo da segunda metade deste século. Comparando a outros países não desenvolvidos, o Brasil encontra-se em situação inferior no que diz respeito às taxas de analfabetismo.
No entanto, o município de Palhoça, e o Estado de Santa Catarina como um todo, tem demonstrado grandes avanços no combate ao analfabetismo. Os EJAs e programas de alfabetização na idade adulta têm trazido resultados que devem ser reconhecidos a nível nacional e utilizados como exemplo. A capacidade de poder se comunicar através da escrita deve ser um direito de todo o cidadão.
Trabalho de Seminário e Pesquisa
apresentado no
Curso de Serviço Social