Marxismo uma breve introdução: Henri Lefebvre.

O mundo tem três grandes concepções, denominadas como modelos epistemológicos políticos.

A primeira concepção a cristã, formulada por grandes teólogos, correspondente ao período medieval, cujo fundamento remonta-se em uma junção da filosofia de Aristóteles como Tomás de Aquino.

Portanto, entendida como filosofia tomista aristotélica, a sua substancialidade a metafísica, a garantia das relações sociais produtivas.

Desse modo, tal concepção sustenta-se no princípio da hierarquização da sociedade política.

A segunda grande concepção política filosófica do mundo, a concepção individualista, surgiu no final da Idade Média no século XVI, tendo como grande formulador inicial Montaigne, posteriormente, entre outros Adam Smith.

Tal concepção passa por diversas fases relacionadas com a evolução do Estado Moderno, a defesa do liberalismo econômico, em nossos dias o neoliberalismo e o mundo da pós-verdade.

Todavia, Lefebvre, não analisa a última fase da evolução referida. Porém, é indispensável o entendimento das revoluções anteriores para compreender a última fase da concepção individualista do mundo.

Por fim, a concepção marxista do mundo, o marxismo não aceita o princípio da hierarquização da sociedade, sobretudo, a explicação metafísica das relações produtivas.

Por outro lado, não cai nas armadilhas do liberalismo econômico em defesa do individualismo e da sociedade de mercado.

Com efeito, a consciência do indivíduo não é produto das relações individuais, no entanto, coletivas. Não existe a harmonia defendida entre a luta do homem com a natureza na construção das riquezas sociais.

Em análise a histórica natural, composta por contradições irreconciliáveis na compreensão do mundo real. Sendo assim, o marxismo, rejeita a concepção liberal individualista, por ser absurda, pois não defende o bem-estar social.

Entretanto, do mesmo modo, que a concepção individualista liberal evoluiu em nossos dias para o ideário neoliberal, o marxismo para a concepção social liberal.

A radicalização do neoliberalismo, como reação da filosofia, o mundo pós-moderno a relativização da verdade epistemológica.

Também a radicalização do marxismo, evoluiu para o nascimento da sociedade social liberal, salva-se a propriedade privada, porém, a mesma é destinada para fins sociais.

Desse modo, hoje o grande conflito do mundo, uma luta ferrenha entre a ideologia política neoliberal e o liberalismo social, no novo contexto, que surgem a nova direita e a nova esquerda.

Entretanto, o livro de Henri Lefebvre, Marxismo, ajuda o leitor entender politicamente o mundo, antes do nascimento do mundo da pós-verdade e seu último grande conflito, neoliberalismo e social liberalismo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/11/2017
Reeditado em 27/11/2017
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