Autoridade em crise x caos na educação
Conflito de gerações e dessintonia entre pais e filho é uma “guerra” antiga, atual e interminável. É inegável que, de modo geral, as crianças e adolescentes pensam e agem diferente daqueles das últimas décadas. O problema é que muitas famílias estão deixando com a escola a responsabilidade, não só pelo ensino, mas também pela educação.
A falta de limites na educação tornou-se um problema em razão da dificuldade em que muitos pais encontram em dizer “não” ou, talvez por desconhecer o valor da palavra “não” ou, ainda porque simplesmente abdicam de suas responsabilidades. É sabido que a insegurança de impor limites está dando margem a tantos distúrbios de comportamento. O dizer não e conservar este não é uma prova imensa de amor entre pais e filhos.
Ainda, cabe lembrar que a educação vai além das redomas familiares, fatores externos exercem cada vez mais influência, mas, se os pais impuserem limites e oferecerem a atenção necessária e a plena vivência do exercício de educar diminuem as possibilidades de que seus filhos sejam os transgressores de amanhã e tornem-se “alunos” da criminalidade.
Além disso, a ausência da palavra “não” na relação pais e filhos origina a indisciplina que se reflete no ambiente escolar uma vez que estes filhos do “sim” precisam habituar-se a limites da liberdade e absorver regras de convívio social. Gerando, assim, a violência expressa nas salas de aula, através do desrespeito e agressão aos colegas e professores, sejam elas físicas ou verbais.
Portanto, é preciso restabelecer o mais urgente possível regras de disciplina não apenas para o ambiente escolar, mas para toda a sociedade. É nas instituições de ensino que os alunos precisam incorporar valores, habiatuar-se com limites e absorver regras de convívio social, mas é na tarefa diária, enquanto pais agindo com autoridade, sem autoritarismo, que efetivamente se educa, e educar implica impor limites.
Professora Danuse