Teoria do sistema de ensino como violência simbólica, P.Bourdieu e J. C. Passeron.
Trata-se de uma análise da educação como fator social, político e econômico. Portanto, as explicações das condições materiais, como se efetiva a violência simbólica.
Qual a lógica da explicação, a respeito da violência simbólica, toda sociedade se fundamenta em uma lógica estrutural determinada por forças materiais sob a determinação de relações de forças simbólicas, ideologias.
A função ideológica da força simbólica é reforçar a dissimulação das relações das forças materiais. Com efeito, a violência material se sustenta com a violência simbólica, ou seja, como a ideologia política de dominação, nesse caso, o liberalismo econômico.
Sendo assim, o reforço da violência material se dá pelo mecanismo no plano simbólico, em que se produz e reproduz a ideologia da dominação.
A dissimulação do caráter da violência simbólica explicitamente. Desse modo, a prevalência da violência material, de certa forma a predominância do liberalismo político.
Simbolicamente, o reconhecimento da ideologia produzida, seu caráter de violência explicita, a dominação econômica, exercida pela classe dominante.
Dessa forma, a educação entendida como ideologia simbólica, transmitida pedagogicamente reforçando economicamente a dominação, assim é a violência exercida por grupos dominantes sobre os dominados, ou seja, a classe trabalhadora.
A violência simbólica efetiva-se de diversas formas determinando a opinião pública, a sociedade de um modo geral, jornais, pregação religiosa, atividade artística e literária, a educação de modo especial, reprodução da ideologia de dominação.
A pedagogia como ideologia institucionalizada, o uso da escola como transmissão da violência simbólica, na medida em que dá legitimidade ao sistema político.
Como se efetiva a violência simbólica pela escola, quando a ação pedagógica é produto de uma cultura arbitrária, a serviço dos grupos dominantes, em defesa do liberalismo econômico.
Na verdade por meio da educação coloca se na cabeça do aluno, a ideologia de domínio da burguesia, como correta.
Portanto, significa o trabalho pedagógico de inculcação determinando no aluno um habitus, como interiorização da dominação como legítima, o dominado reproduz em si mesmo a lógica do dominador.
Desse modo, faz perpetuar-se a dominação reforçando as desigualdades econômicas entre as classes sociais, pela reprodução cultural.
A teoria de Bourdieu os marginalizados são grupos ou classes dominadas, marginalizadas socialmente, na medida em que assimila uma falsa cultura como se fosse científica, quando é apena uma ideologia dissimulada.
A crítica à educação nesse caso a escola, não é um instrumento de superação da marginalidade, ou seja, da pobreza.
Com efeito, a educação como força de transmissão da ideologia liberal é antes de tudo, um mecanismo de produção de miséria.
Sendo assim, a verdadeira pedagogia não pode servir os mecanismos de interesses econômicos em defesa dos privilégios liberais ou neoliberais.
Edjar Dias de Vasconcelos.