O que é hegemonia cultural para Antônio Gramsci.
A hegemonia cultural é uma etimologia chave na teoria marxista da história.
Conceito refletido por Lenin, Gramsci e Mannheim, como também os filósofos da Escola de Frankfurt.
A pergunta fundamental formulada por ambos, qual a relação ideológica da superestrutura com a indústria cultural de manipulação.
O que chamamos hoje de produtos culturais ao contrário da cultura definida epistemologicamente, as informações culturais ideologicamente sem substancialidade científica, pois são ideologias que sustentam procedimentos econômicos.
A cultura vinculada aos meios diversos de comunicação, seu papel na manutenção do poder. Portanto, tal mecanismo levou aos referidos intelectuais perguntarem, qual o papel da superestrutura na defesa do Estado político e, suas formas de domínio econômico.
Antônio Gramsci refletiu sobre hegemonia cultural, analisando a história política italiana, olhando as condições de uma industrialização tardia.
Para Gramsci a superestrutura influencia profundamente a estrutura, o mundo ideológico, como a pessoa comum é alienada culturalmente, com uma cultura falsa epistemologicamente.
Com efeito, leva aos homens relacionarem politicamente com os meios de produção dando legitimidade as formas de domínio.
Com isso evita o proletariado alcançar a revolução social, a hegemonia das ideias dominantes pertencem a burguesia, passadas ao povo, como formas legítimas de poder.
Portanto, para Gramsci só haverá uma revolução social se a hegemonia das ideias revolucionárias pertencerem ao povo, eliminando o fenômeno da indústria cultural às avessas.
Nesse cenário político que nasce o papel do intelectual orgânico, construtor de uma nova hegemonia cultural destinada especialmente ao trabalhador.
Não existe revolução social, sem revolução orgânica intelectual, a cultura política crítica é fundamental na construção de uma nação justa.
Não se faz uma revolução institucional social, com um povo imbecilizado culturalmente, é impossível o avanço político partidário com uma nação de imbecis.
Nessa dialética que se entendem os governos constituídos, as ideias dominantes em uma sociedade estabelecida, que se compreendem as formas de governos.
Desse modo, o governo é sempre o resultado das ideias dominantes socialmente. Sendo assim, a hegemonia é o conjunto das ideologias de domínio.
Produto de uma classe social dominante, aceita pacificamente pela sociedade. Todavia, a hegemonia desencadeia função de domínio, de comando intelectual orgânico e político.
Porém, o conceito hegemonia cultural envolve uma profunda dialética entre o Estado e a sociedade civil.
Portanto, as formas materiais de produção e as estruturas ideológicas, mediadas pelo o Estado por meio da institucionalização do poder, o mundo jurídico, o domínio econômico, é institucionalizado pelo direito.
Nessa perspectiva que Gramsci formula o papel dos intelectuais orgânicos, a transformação do mundo por meio da política institucional.
Gramsci está convencido que só uma sociedade imbecilizada, sujeita as regras da dominação.
Portanto, a escola ocupa um papel chave na formatação da nova hegemonia cultural, cujo grande objetivo produzir uma sociedade de iguais, o que não será possível na junção do liberalismo econômico com o neoliberalismo.
Edjar Dias de Vasconcelos.