O marxismo e o método dialético.
O marxismo compreende o mundo pelo caminho da totalidade, fazendo uso do método dialético. Portanto, significa a percepção da realidade como um todo orgânico, estruturado politicamente por intermédio do Estado político.
Não se pode entender nenhuma ideologia, sem ser relacionada com a categoria da totalidade, com os aspectos econômicos produtivos de uma sociedade política.
Com efeito, é impossível compreender qualquer realidade desvinculada da economia, sem a relação de uma análise de classe social.
Outro elemento que deve ser considerado, o método dialético, como produto das relações sociais, uma análise da própria realidade política econômica, como entendimento das contradições entre as classes sociais.
Em uma análise dialética das ideologias ou visões de mundo, mostra que elas são contraditórias, que há sempre uma ideologia dominante sobrepondo as demais.
Marx é formulador de uma dialética diferenciada, sobretudo, em referência a Hegel. Portanto, a dialética de Marx deve ser vista na perspectiva do materialismo histórico e não do idealismo metafísico hegeliano.
Com efeito, Marx deseja a transformação da realidade, Hegel propõe a sua reconciliação. Desse modo, para Hegel o papel da filosofia no uso do método dialético, além da reconciliação é de explicar a realidade, legitimando a mesma, como essencialmente racional.
Marx completamente diferente de Hegel, sua crítica a decima primeira tese sobre Feuerbach, propõe Marx, o problema da filosofia não é só interpretar a realidade, mas transformá-la.
Para Marx muito mais que superar as circunstâncias como pensavam os enciclopedistas. Todavia, a criação de um novo sistema.
A formulação do pensamento político marxista, objetiva eliminar o materialismo francês do século XVIII, como também o idealismo alemão neo-hegelianos, sua teoria é a acepção da emancipação do proletariado.
Uma sociedade desalienada só é possível, se ela for o resultado de um processo de desalienação, cujo referido não poderá ser produto do liberalismo econômico.
Explica Marx a verdadeira forma de mudança é por meio da autolibertação da classe trabalhadora como classe explorada, o que não poderá ser efetivada no capitalismo.
Sendo assim, é fundamental um processo de transformação social dos explorados, que implica necessariamente na mudança do modo de produção.
Sendo desse modo, a filosofia praxiológica marxista pretende romper o círculo vicioso de dominação, fundamentado na dialética idealista de Hegel.
A superação subjetiva da relação idealista entre sujeito social e objeto ideológico.
No sentido de entender que a filosofia da práxis, contrária a qualquer idealismo, propondo, destruir as contradições na proposição de uma nova sociedade.
Sendo a dialética ao mesmo tempo a destruição e reconstrução, a dialética conservadora manifesta ao modo de produção, pela extração do mecanismo da mais valia, o que deve ser superado.
Mecanismo responsável pela produção da pobreza. Portanto, a nova sociedade não será mais liberal.
Edjar Dias de Vasconcelos.