A EUROPA DAS REVOLUÇÕES

Após a derrota de Napoleão em 1815 com apoio militar da Santa Aliança, essa denominação foi por reunir as três religiões, Católica da Áustria, protestante da Alemanha e ortodoxa da Rússia, a finalidade era impedir que novas revoluções como a francesa acontecessem, mas os ideais da revolução francesa levados por Napoleão aos países invadidos já havia contaminado a Europa. O retorno das monarquias absolutista não foram aceitos pela população. Prevaleceu a divisão da sociedade em classes e o fim dos privilégios dos nobres. As leis impostas por Napoleão denominadas de Código Napoleônico prevaleceram sobre as arbitrariedades exercidas pelo antigo regime.

A ocupação francesa despertou o sentimento de nacionalismo, o que ainda não existia, e o desejo de liberdade e lutar pela pátria aflorou na mente do povo. Essas lutas fizeram do sec. XIX o mais revolucionário. Napoleão foi derrotado na batalha de Waterloo na Bélgica pelas tropas principalmente da Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia.

Em 1820 se rebelaram Espanha, Nápoles e Grécia. Os gregos se libertaram dos turcos em batalhas de 1821 a 1829. Os ideais de liberdade chegaram até a América espanhola promovendo as lutas de libertação. Na década de 1830 essas lutas envolveram mais países, começou na França, depois se espalharam para a Bélgica, Polônia, Itália, Alemanha, Suíça, Inglaterra.A Bélgica se libertou da dominação Holandesa, na Inglaterra aumento o numero de eleitores.

A aristocracia começou a perder o controle político para a burguesia que se enriquecia, outro fator importante, em países industrializados como a França e Inglaterra os operários passaram a fazer parte das lutas se unindo com a burguesia. Outra mudança foi a defesa da burguesia pelo liberalismo (estado não interfere na economia, ao passo que no mercantilismo o estado interfere). Com essas lutas foram sepultadas gradativamente as arbitrariedades das monarquias absolutistas ( onde só rei manda em tudo).

Em 1848 houve uma união dos movimentos liberais da burguesia, revoltas dos trabalhadores, sentimento nacionalista de unificação, e insatisfação gerada pela miséria da classe mais pobre. Com a industrialização os trabalhadores tinham de mudar para as cidades, foi o início da migração. (migração quando as pessoas se mudam para cidades dentro do próprio país, imigração é quando vão para outro país.) O fato de se mudarem provocava uma mistura de costumes, língua e religião. Essas lutas foram fomentadas pela crise entre 1846 e 1850 provocada pelas péssimas colheitas, gerando mais fome e miséria. Com essa crise aumentou o desemprego que piorou a vida dos mais necessitados.Conclusão fome misturada a ideais de liberdade e sentimento nacionalista, geraram essas revoluções.

Em 1848 Os franceses se revoltaram e puseram novamente fim a monarquia, implantando a segunda república. Na Itália e Alemanha não conseguiram a unificação, mas conseguiram implantar a república em algumas cidades. Notamos que essas revoluções visavam a unificação da nação. Na Áustria essas revoltas promoveram o fim do trabalho escravo. A Hungria tornou-se independente da Áustria, foi realizada uma intensa reforma agrária, isto é a divisão mais justa das terras, que mais tarde foi reprimida com muita violência.

Todas essas lutas provocaram muitas mudança na Europa, política econômica e social, mas teve um saldo muito violento, durante e depois dos movimentos, quando a elite tenta impedir essas reformas.

UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA= Até 1860 a Itália estava dividida em vários reinos, e parte do norte italiano era dominado pela Áustria. Os costumes e dialetos dificultavam essa unificação, os italianos perceberam que precisariam de uma força estrangeira para ajudar nesse propósito.

Quem começou o processo de unificação no norte foi o reino de Piomonte-Sardenha (muitos montes). O primeiro ministro italiano conde da cidade de Cavour, derrotou o exército da Áustria, auxiliado por Napoleão III da França. No sul Giuseppe Garibaldi iniciou uma luta de unificação ao invadir e derrotar a Sicília, a Sicília é uma ilha localizada a oeste da Itália. Em 1861 o país foi unificado e Vitor Emanuel II rei de Piomonte-Sardenha, foi proclamado rei da Itália. Faltava apenas Veneza que foi incorporada em 1866 e Roma em 1870. Portanto a unificação italiana ocorreu em 1870.

UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA= o que dificultou a unificação é que os alemães estavam espalhados pela Europa, igual os italianos os alemães perceberam que só através de uma guerra conseguiriam unificar a Alemanha.

Em 1862 o rei da Prússia Guilherme I, elegeu como chanceler ( primeiro ministro) o aristocrata e militar Otto Von Bismark, com acordos diplomáticos no norte da Alemanha, que tinha como religião o protestantismo fundado pelo padre Martinho Lutero, reuniu em acordos diplomáticos as cidades do norte liderados pela Prússia. Com esses acordos conseguiu derrotar a Áustria que dominava vários estados alemães. A frança também era contrária a unificação da Alemanha.

Bismark se aliou a Áustria para derrotar a Dinamarca, depois derrotou a Áustria. Em 1870 Bismark iniciou a guerra contra a França, derrotou Napoleão III e conquistou na divisa dos dois países a Alçácia e Lorena ricas em carvão. A perda desse território muito rico deu origem a rivalidade existente até hoje entre França e Alemanha.

Em janeiro de 1871 Guilherme I foi coroado imperador da Alemanha e Otto Von Bismark tornou-se chefe militar.

Resumindo o que promoveu a unificação da Alemanha foi a força industrial e rica da Prússia, o sentimento de nacionalismo, ideais de liberdade e patriotismo, unificação da língua e muito sangue derramado pelo povo alemão.