EXPANSÃO CAFEEIRA NO BRASIL

O café foi introduzido no Brasil em 1727 trazido da Guiana Francesa. Inicialmente apenas parta o consumo doméstico. Apenas no final do séc. XVIII com o crescimento do consumo a produção começa a se expandir. No começo do segundo reinado 1840 o café já era a principal fonte de renda representando cerca de 40% das exportações brasileiras. Fomentado pela abundância de terra, disponibilidade de mão de obra, condições climáticas favoráveis e aumento do consumo no EUA e Europa.

O solo e clima de Rio, São Paulo, Espírito Santo e Minas foram propícios ao desenvolvimento do café. Tem início no Vale do Paraíba região entre S. Paulo e Rio de Janeiro, devido as condições favoráveis do clima e solo, e estar perto do porto do Rio que favorecia o escoamento da produção. No vale do Paraíba por volta de 1860 a produção entrou em declínio por diversos fatores, e então se dirige para o noroeste Paulista, transformando a província em uma área rica e progressista.

Os fazendeiros chamados de Barões do Café não eram apenas produtores rurais, mas sim empresários capitalistas. Com o lucro obtido passaram a investir em novas técnicas de produção, em industrias, bancos, ferrovias, melhorias urbanas como iluminação, transporte público saneamento e calçamento das ruas. A expansão do café não seria possível sem o suporte da ferrovia, a primeira a ser construída foi a Estrada de Ferro Mauá em abril de 1854, tinha 14 Km e ligava Petrópolis ao Porto da Guanabara no Rio de Janeiro. A primeira ferrovia em S. Paulo foi construída com dinheiro inglês, A São Paulo Raylway, inaugurada em 1867 ligava Jundiaí ao Porto de Santos, tinha pouco mais de 100 km. Depois com o dinheiro dos próprios cafeicultores vieram outras como a Paulista, Mogiana e Sorocabana. Com as ferrovias e enriquecimento as industrias paulistas entre 1875 a 1885 saltaram de 175 para 600 fábricas, a maior parte em S. Paulo, Rio, Minas, R. G. do Sul.

Os filhos dos fazendeiros iam estudar na Europa e, quando retornavam traziam ideias abolicionistas para o Brasil. As campanhas contra a escravidão vão ganhando força, apoiada por vários seguimentos da sociedade, a fuga de escravos para os quilombos, a recusa da polícia e exército em auxiliar na captura dos fugitivos, o desempenho dos imigrantes nas plantações, tudo isso contribuiu para o fim da escravidão.

A Inglaterra por questões econômicas aboliram a escravidão em seu território e em suas colônias em 1833 e, passaram a pressionar os outros países a fazerem o mesmo, mas aqui no Brasil encontrou forte resistência. No Brasil a abolição foi muito lenta e gradativa, Lei Euzébio de Queiróz em 1850, proibia o tráfico de escravos. Em 1871 A lei do ventre livre, isto é, toda criança filho de escravos que nascesses a partir dessa data se tornavam livres, em seguida a lei do sexagenário, isto é todo escravo com mais de 60 anos passava a ser livre culminando com a Lei Áurea que deu liberdade a todos os escravos em 13 de maio de1888.