Bem nos viéses educacionais que atualmente temos em São Paulo, vemos muitos secundaristas, ou seja, adolescentes que saem do Ensino Médio, mal formados, mal capacitados para um trabalho. Querem ganhar muito, e ficar de boa, como dizem.
Mas, questiono a mim própria quanto educadora: "Será que a culpa da educação está somente nas mãos do educador, do professor de sala de aula, que ministra sua disciplina em duas escolas ou mais, tendo 2 cargos no estado e um outro na rede privada, sem ter uma alimentação adequada, sem ter um ganho adequado, sem ter condições muitas vezes nas más estruturas das escolas e do ruído constante afetando a audição, claro não só do docente, mas dos profissionais que trabalham na educação pública?" Mas, como sempre a culpa só recai para um lado, e muitas vezes é impossível argumentar com supervisores, pais, gestores, e outros, e esquecem que professor também tem sua família, seus dilemas, seus argumentos.
Hoje em dia vejo os alunos com fones de ouvido, de costas ao professor, desrespeitam aos professores que estão adentrando na rede pública como aqueles que já estão por um fio em busca da aposentdoria. Os alunos gritam, falam palavras de baixo calão, e sem contar aqueles jovens que são usuários de drogas, e não conseguem ficar por 5 horas apenas sem o uso das mesmas, provocando tumulto na escola. Querem por que querem usar em horário de aula. Isso, mata também a aprendizagem, e ainda o governo paulista quer índices para que os outros vejam o quanto investem na educação! Isso me deixa frustrada em sentido geral. Acorrentada por nada muitas vezes poder fazer.
Mas, também não fecho os olhos para maus profissionais, que mamam nas tetas do governo, apelando muitas vezes, fingindo doenças, fingindo ausências, e nada de produtividade. Muitos professores "pegam" aulas e quanto pegam uma turma difícil, "oh, meu Deus, vou ter que dar aula para essa turma de endemoniados" ou "para essa turma de parasitas", bem digo, ou melhor é não acarretar mais aulas ao próprio corpo, e não usar termos chulos como esses que usam, atraindo ainda mais questões pessoais para si, e para todos.
A Educação Pública está uma incógnita, com o tal idesp, índices que coordenadores quer que sejam atingidos, mas e a melhoria ambiental, social e outros fins para que isso ocorra? Não adianta falarmos bonito com a questão de melhorias de resultados, mas sim as mudanças nas atitudes de todos nós. Claro a começar da educação dentro de casa, onde filhos muitas vezes são prêmios da tal bolsa família, e que os pais vivem somente daquilo, outra coisa, no século vinte um aceitamos tudo muito fácil demais, tudo parece normal de mais.
Bem, só tenho 50 anos, e já vi tantas e tantas mudanças, sempre que as ocorrem, são tristes, quase impactos, defasagens, e desestrutura em tudo.
Não sei se só eu, mas penso no futuro, onde serei mais velha, e quem cuidará de nós? Essa juventude que estamos a ensinar, e que muitas vezes não querem nada com nada, não sabem o quanto custa ganhar o pão de cada dia, o quanto custa viver, digo sobreviver nos atuais dias?
Tem momentos que me revoltam!
Eu, sou docente, fiquei doente não só pelas salas de aula que lecionei, mas também pela emotividade que me rege, e quando escuto gente falar que a "educação pública é uma doença", me questiono o que a pessoa faz na educação. O quando vejo professores se formando em mestrado, ou outros, querem apenas lecionarem para universidades, para faculdades, e o ensino médio? Ou o Fundamental? Ficam assim como aqueles que procuram um hospital e é o residente que está lá para atender, só para tratar daquele momento de dor, sem se preocupar com o paciente(estudante) num todo.
Eu ainda apesar do baixo salário, das questões de não se ter quadras decentes a nível de uma boa esportividade, e onde se pode aprender a disciplina de Matemática, perimetros, áreas, e outos conteúdos, ou se ter uma sala multifuncional em todas as escolas para artes, para teatro(Artes e Língua Portuguesa), ou laboratórios para Ciênias, eu acredito ainda na Educação Pública, pois vejo alguns exs alunos, como Bruno Mesquita, que se tornou excelente professor da Disciplina de Artes, Jean (meu vizinho e ex aluno, estagiando em História), Patrícia Domingos (que era aluna excelente em todas as disciplinas, hoje é uma senhora professora de Língua Portuguesa), e Alexia Cristina, essa minha filha, voluntária, professora de ballet há 6 anos no Programa Escola da Família, e com certeza será uma grande educadora. Sem contar de outros. Eu acredito que um dia, um de nossos governantes deem o salário justo aos docentes e profissionais da educação pública, pois veem de nós todas as demais profissões.
São Paulo, 19 de agosto de 2017.
Tereza Cristina Gonçalves Mendes Castro.
Mas, questiono a mim própria quanto educadora: "Será que a culpa da educação está somente nas mãos do educador, do professor de sala de aula, que ministra sua disciplina em duas escolas ou mais, tendo 2 cargos no estado e um outro na rede privada, sem ter uma alimentação adequada, sem ter um ganho adequado, sem ter condições muitas vezes nas más estruturas das escolas e do ruído constante afetando a audição, claro não só do docente, mas dos profissionais que trabalham na educação pública?" Mas, como sempre a culpa só recai para um lado, e muitas vezes é impossível argumentar com supervisores, pais, gestores, e outros, e esquecem que professor também tem sua família, seus dilemas, seus argumentos.
Hoje em dia vejo os alunos com fones de ouvido, de costas ao professor, desrespeitam aos professores que estão adentrando na rede pública como aqueles que já estão por um fio em busca da aposentdoria. Os alunos gritam, falam palavras de baixo calão, e sem contar aqueles jovens que são usuários de drogas, e não conseguem ficar por 5 horas apenas sem o uso das mesmas, provocando tumulto na escola. Querem por que querem usar em horário de aula. Isso, mata também a aprendizagem, e ainda o governo paulista quer índices para que os outros vejam o quanto investem na educação! Isso me deixa frustrada em sentido geral. Acorrentada por nada muitas vezes poder fazer.
Mas, também não fecho os olhos para maus profissionais, que mamam nas tetas do governo, apelando muitas vezes, fingindo doenças, fingindo ausências, e nada de produtividade. Muitos professores "pegam" aulas e quanto pegam uma turma difícil, "oh, meu Deus, vou ter que dar aula para essa turma de endemoniados" ou "para essa turma de parasitas", bem digo, ou melhor é não acarretar mais aulas ao próprio corpo, e não usar termos chulos como esses que usam, atraindo ainda mais questões pessoais para si, e para todos.
A Educação Pública está uma incógnita, com o tal idesp, índices que coordenadores quer que sejam atingidos, mas e a melhoria ambiental, social e outros fins para que isso ocorra? Não adianta falarmos bonito com a questão de melhorias de resultados, mas sim as mudanças nas atitudes de todos nós. Claro a começar da educação dentro de casa, onde filhos muitas vezes são prêmios da tal bolsa família, e que os pais vivem somente daquilo, outra coisa, no século vinte um aceitamos tudo muito fácil demais, tudo parece normal de mais.
Bem, só tenho 50 anos, e já vi tantas e tantas mudanças, sempre que as ocorrem, são tristes, quase impactos, defasagens, e desestrutura em tudo.
Não sei se só eu, mas penso no futuro, onde serei mais velha, e quem cuidará de nós? Essa juventude que estamos a ensinar, e que muitas vezes não querem nada com nada, não sabem o quanto custa ganhar o pão de cada dia, o quanto custa viver, digo sobreviver nos atuais dias?
Tem momentos que me revoltam!
Eu, sou docente, fiquei doente não só pelas salas de aula que lecionei, mas também pela emotividade que me rege, e quando escuto gente falar que a "educação pública é uma doença", me questiono o que a pessoa faz na educação. O quando vejo professores se formando em mestrado, ou outros, querem apenas lecionarem para universidades, para faculdades, e o ensino médio? Ou o Fundamental? Ficam assim como aqueles que procuram um hospital e é o residente que está lá para atender, só para tratar daquele momento de dor, sem se preocupar com o paciente(estudante) num todo.
Eu ainda apesar do baixo salário, das questões de não se ter quadras decentes a nível de uma boa esportividade, e onde se pode aprender a disciplina de Matemática, perimetros, áreas, e outos conteúdos, ou se ter uma sala multifuncional em todas as escolas para artes, para teatro(Artes e Língua Portuguesa), ou laboratórios para Ciênias, eu acredito ainda na Educação Pública, pois vejo alguns exs alunos, como Bruno Mesquita, que se tornou excelente professor da Disciplina de Artes, Jean (meu vizinho e ex aluno, estagiando em História), Patrícia Domingos (que era aluna excelente em todas as disciplinas, hoje é uma senhora professora de Língua Portuguesa), e Alexia Cristina, essa minha filha, voluntária, professora de ballet há 6 anos no Programa Escola da Família, e com certeza será uma grande educadora. Sem contar de outros. Eu acredito que um dia, um de nossos governantes deem o salário justo aos docentes e profissionais da educação pública, pois veem de nós todas as demais profissões.
São Paulo, 19 de agosto de 2017.
Tereza Cristina Gonçalves Mendes Castro.