O Mercosul do Cidadão

Palestra a alunos da FEMA (Fundação Educacional Machado de Assis), em Santa Rosa, RS, em 16/09/2009

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Exercício de Imaginação

Não sei se vocês estão acompanhando toda essa celeuma que a imprensa mundial, principalmente européia e norte-americana, vem fazendo contra a atual seleção campeã do mundo, a imbatível seleção do Mercosul, que se prepara para disputar a próxima Copa do Mundo, a de 2030, a Copa do Centenário. Lembrem-se que a primeira competição da série ocorreu também aqui mesmo no Mercosul, em Montevidéu, em 1930.

É evidente que, conhecendo nossas realidades históricas e sociais, ninguém naquelas partes do mundo podia esperar uma integração tão rápida que chegasse a materializar-se no âmbito mais propício a rivalidades: o campo esportivo. Quem poderia imaginar, digamos, em 2009, uma seleção do Mercosul, e mais, uma seleção do Mercosul disputando uma copa do mundo com essa denominação? Quem poderia sequer imaginar que jogadores do nível de Alexandre Pato, Messi, Cacá, Salvador Cabañas, Teves e Lugano, alguns em evidência naqueles tempos, jogando com o mesmo uniforme, em nome de uma bandeira diferente das bandeiras de então? Em nome de uma federação supranacional de futebol, a mesma que foi criada para disputar a Copa de 2026, já com os olhos postos na Copa do Centenário? Quem poderia imaginar que os hinos nacionais de cada país, um dia, tornar-se-iam apenas um, um hino único, sem palavras belicosas, sem ameaças veladas de guerra aos vizinhos, apenas música instrumental cheia de alegria? Nesse ponto, realmente copiamos a idéia do hino da União Européia, que escolheu uma composição de Beethoven para isso e aqui os melhores músicos de cada país se reuniram e compuseram essa maravilha que é o nosso atual “Olhai as Estrelas do Sul”.

E agora, na comemoração dos 100 anos da primeira Copa do Mundo, jogada aqui mesmo no Mercosul, em Montevidéu, querem impedir de qualquer maneira que nossos países apareçam juntos para a competição. Tão juntos e integrados como estão hoje os membros da Comissão Técnica, o experiente Ronaldo Nazário e o jovem Lionel Messi, os veteraníssimos conselheiros Francisco Arce e Carlos Gamarra, ex-jogadores de Grêmio e Inter, respectivamente, tão bons treinadores e orientadores como foram jogadores. Mesmo os que não gostam de futebol devem ter conhecimento de que o que molesta aos estrangeiros não é apenas o progresso desportivo, a possibilidade de sermos bicampeões do mundo, mas todo o bem-estar social de nossas populações, adquirido com a coesão e integração do Mercosul.

Enganam-se, porém, os que pensam que essa situação aconteceu por acaso, aconteceu de repente. Não, custou muito esforço. É o corolário da atitude de alguns visionários que começaram a propagar a idéia do Mercosul do Cidadão, ou seja, alguns pequenos e humildes esforços em nível regional, porém persistentes e coordenados, de modo que os fatos forçassem os governos centrais a flexibilizar certos regulamentos ou ajustá-los às peculiaridades regionais.

As primeiras tentativas buscaram as fronteiras dos países que já haviam se integrado de direito ao Mercosul. Foram enormes os primeiros obstáculos, mas havia também a vontade histórica e legítima de se integrar de verdade daqueles que já viviam na prática o Mercosul. Assim foi a experiência de Ciudad Del Este, Foz do Iguaçu e Puerto Iguazu; igual também a de Uruguaiana, Paso de Los Libres e Eldorado. O Oeste do Rio Grande, de tradição missioneira, logo buscou integrar-se a Missiones, Argentina, e a Itapúa, Paraguai, embarcando no passado comum e nas identidades herdadas da colonização européia, com passagem pelo sul do Brasil.

Nessa última região, começaram as ações concretas de integração microrregionais. A maioria dessas iniciativas focava as crianças e os jovens, por sua capacidade de adaptação a novas realidades. Passaram a realizar-se intercâmbios estudantis sistemáticos entre cidades fronteiriças, duas vezes ao ano, nas férias. Jovens estudantes do Oeste do Rio Grande do Sul com estudantes de Missiones, Argentina, ou Itapúa, no Paraguai, passavam as férias em casas de famílias nos países vizinhos a cada ano. Jovens uruguaios, brasileiros e argentinos também passaram a cruzar as fronteiras entre o Rio Grande, o norte do Uruguai e as províncias argentinas de Corrientes e Entre Rios. Daí para a organização de torneios esportivos estudantis, olimpíadas universitárias regionais, tudo foi um pulo. As partidas de futebol amador jogadas entre cidades vizinhas, com o tempo, ampliaram-se para torneios regionais de futebol transfronteiriços, fossem amadores ou profissionais. As ligas, na época chamadas “internacionais”, unindo cidades de dois, três países, começaram a se disseminar, fazendo com que os jogadores se conhecessem, os treinadores trocassem conhecimentos. Os patrocinadores de nível médio, de qualquer desses países, começaram a enxergar nessa realidade possibilidades de negócios. Lentamente, porém irreversivelmente, os regulamentos trabalhista, aduaneiro e migratório foram se adequando a essa nova expressão da vida fronteiriça. Os códigos penais e civis, dentro dessa mesma linha de aproximação começaram a burilar o que é hoje o Direito do Mercosul, leis que outros estados procuram imitar, tamanha a sua modernidade e aplicação num estado supranacional. Também, lentamente, aí pelos anos 2010 a 2015, a idéia de uma moeda comum foi-se tornando cada vez mais firme e veio finalmente em 2020, com o nome de austral, nome aceito por todos, apesar de algumas resistências iniciais, por ter sido o nome de uma das moedas adotadas pela Argentina, ainda no séc. XX. As escolas de Português se expandiram a tal ponto que qualquer jovem de fala hispana passou a falá-lo fluentemente, como segunda língua. E o mesmo se deu no Brasil, até nos estados mais distantes da fronteira, com a obrigação do ensino do Espanhol. Com a popularização dos intercâmbios e dos torneios estudantis fronteiriços, os conhecimentos lingüísticos passaram da mera teoria à prática constante e as aproximações culturais tornaram-se irresistíveis. No campo acadêmico, muitos trabalhos de pesquisa foram publicados ou divulgados pela internet, contribuindo ainda mais para a integração que vemos hoje. É verdade que atualmente um cidadão nascido em qualquer país do Mercosul se sente, antes de tudo, um mercosulista ou mercosureño, conforme a sua língua nativa. Guarda sua herança cultural, mas, antes de tudo, tem um orgulho: o de ser cidadão de um monumental Estado.

Hoje, a integração caminha a passos largos para incluir definitivamente Equador, Peru e Colômbia e Venezuela, os únicos países que, por problemas internos, ainda não aderiram inteiramente ao Mercosul. Estão em vias de aderir como Estados Associados até os países que não falam nem Português nem Espanhol, como a Guiana, o Suriname e a mais recente das repúblicas independentes do mundo, Cayene, a ex-Guiana Francesa.

Creio que aqui pude fazer esse histórico e voltar ao começo da explanação: tudo o que os europeus, norte-americanos e asiáticos, africanos e australianos não querem ver na próxima Copa do Mundo é o Mercosul repetindo a formação vitoriosa, congregando jogadores de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia em uma única seleção, a atual campeã do mundo. Por essa razão e não por qualquer outra. Sabem que não vai ter pra ninguém. Em frente, adelante, Mercosul!!!!!

Parte 2

De volta do futuro

Depois desse exercício de imaginação, apenas gostaria de lembrar que nos anos 60 do Sec. XX, os Estados Unidos eram uma nação abertamente racista e hoje seu presidente é um cidadão da raça negra. Martin Luther King, líder religioso de então, dizia que tinha um sonho. E, de alguma forma, seu sonho se tornou realidade. De repente, nosso exercício de imaginação pode ser o núcleo de uma realidade nem tão distante.

Esta palestra tem o objetivo de discutir o que os residentes no Oeste do Rio Grande do Sul, em especial desta hospitaleira e progressista Santa Rosa, e os moradores do Departamento de Itapúa, no Paraguai, poderiam fazer para acelerar a integração regional. Como Vice-Cônsul do Brasil em Encarnación, com jurisdição consular sobre todo o Departamento de Itapúa, sob a subordinação ao Consulado-Geral em Ciudad del Este, proponho-me à busca de soluções para diminuir as distâncias e os entraves burocráticos para que, ao menos nas duas regiões citadas, possamos começar a construir um Mercosul de verdade, onde as culturas se interrelacionem e interajam.

Dentro dessa ótica, vamos retroceder um pouco ao histórico dessa entidade supranacional. Como a maioria deve saber, o Mercosul foi fundado em 1991, tendo como base o Tratado de Assunção. Podemos dizer, desde o ponto de vista histórico, que estamos apenas entrando na “nossa” primeira infância. Até chegarmos ao ponto ideal, com a livre circulação de bens e mercadorias, de termos uma constituição supranacional, de chamarmo-nos cidadãos mercosulistas ou mercosureños, antes de sermos brasileiros, paraguaios, argentinos, uruguaios e outros, que ainda não estão plenamente integrados, valorizando nossas semelhanças ao invés de nossas diferenças, certamente vamos ter que percorrer uma longa estrada. Como exemplo, citemos a União Européia. Essa entidade supranacional, que tem hoje seu próprio e tão cobiçado passaporte, começou com três países, na década de 1950, portanto, ainda no século passado. Esses três países eram conhecidos na época pela sigla BENELUX (Bélgica), Nederlands (Holanda) e Luxemburgo, mais tarde como o Mercado Comum Europeu, avançando lentamente, porém seguramente, até chegar ao que podemos chamar de maturidade institucional, estágio que vive agora a União Européia.

Para chegamos perto do que os europeus conseguiram, muitas pontes ainda teremos que construir, tendo em vista desconfianças e rivalidades seculares entre os países do Cone Sul, que vão de conflitos localizados até guerras fratricidas, poucas é verdade, se comparadas às européias, porém ainda não totalmente cicatrizadas. Outros entraves são os interesses econômicos, às vezes meramente imediatistas, que fazem com que alguns passos dados à frente sejam anulados pela marcha à ré da intolerância ou da ambição comercial de alguns setores. Porém, se voltarmos outra vez a comparações com a União Européia, veremos que aí também – e friso, muito mais do que aqui – houve animosidades seculares, que culminaram em dezenas de guerras, algumas delas envolvendo quase todo o mundo conhecido então. E todas essas questões estão sendo relativizadas, vistas sob novas óticas, tudo em nome da prosperidade comum.

Outra questão importante é a que passa pela visão homogeneizante dos governos centrais de cada país, que muitas vezes não percebem as peculiaridades regionais e baixam resoluções que prejudicam laços estabelecidos há séculos entre determinadas regiões, em especial das comunidades fronteiriças.

Como exemplo, posso citar de cadeira as eternas questões entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este e, algumas das vezes, também era envolvida Puerto Iguazu, na Argentina, pois vivi na Tríplice Fronteira entre 1999 e 2005. A maior parte dos conflitos gerados nessa região continua tendo origem no ponto de vista dos governos centrais, estejam em Brasília, Assunção ou Buenos Aires. Medidas econômicas são tomadas visando a resolver questões nacionais, porém prejudicam enormemente o comércio e as relações entre as três cidades, muitas vezes fazendo-as passar do céu ao inferno em questão de meses. Para não estender-me muito, cito apenas a dolarização do peso argentino, talvez interessante em determinado momento para a Argentina como um todo, porém tornou Puerto Iguazu uma cidade-fantasma por muitos anos. Os brasileiros, principais visitantes da simpática cidade argentiçna fugiram completamente do lugar.

O comércio de Ciudad del Este, maiormente mantido pelos “sacoleiros” brasileiros, estremece ante qualquer anúncio de medidas econômicas tomadas em Brasília. O subir e o descer do dólar no Brasil afeta uma extensa cadeia econômica naquela cidade paraguaia. Até o chofer da van de Ciudad de Este, que transporta os sacoleiros de volta a Foz do Iguaçu, acompanha nervosamente os caprichos dos ministros em Brasília e do câmbio no Brasil. Ele depende disso para saber se leva ou não algum dinheiro para casa para o almoço da família.

Dessa maneira, acredito que não existe outro caminho que a integração completa do Mercosul. Não podemos ter um meio-Mercosul. Temos de fazer nossa parte.

Parte 3

Exercício de criação

Para passar a agir e dar os primeiros passos para que um dia o sonho se torne realidade, vamos concentrar-nos neste pequeno pedaço do mundo que nos coube viver. É esta a região onde podemos atuar, ou seja, Oeste do Rio Grande do Sul e Departamento de Itapúa, obviamente lembrando que a Província de Missiones, Argentina, é passagem obrigatória para os residentes de ambas regiões e terá que ser levada em conta.

Passado missioneiro

Já de início, devemos lembrar que existem muitos pontos de convergência cultural nessas três regiões. Um deles é o passado missioneiro. A região das Reduções Jesuíticas abrangia todo o território que hoje é o Sul do Paraguai, sendo que três reduções estão no Departamento de Itapúa. São elas: Jesus, Trinidad e San Cosme e Damián.

O Oeste do Rio Grande abrigou São Borja, Santo Ângelo (o atual município de Santa Rosa fazia parte dessa redução), São Miguel e outras. O potencial turístico do tema ainda está por ser explorado.

Herança Étnica

Podemos citar ainda a herança étnica, resultado das imigrações alemãs, inicialmente para o Rio Grande do Sul, depois para Missiones e Itapúa. É de meu conhecimento que, no Departamento de Itapúa, muitas famílias paraguaias de origem alemã têm ancestrais brasileiros e mantêm esse contato através de visitas. Do ponto de vista do turismo, esse seria um aspecto a ser explorado, com enormes possibilidades de êxito comercial e integracional. O encontro de famílias, ora numa cidade, ora em outra, seguramente traria resultados rápidos e impressionantes.

Para não ficar nas hipóteses, transcrevo os nomes dos primeiros imigrantes brasileiros de origem alemã, provenientes do Rio Grande do Sul, que se instalaram em 1898 na Colônia Hohenau, hoje a próspera cidade de Hohenau, localidade a 40 km de Encarnación, às margens do Rio Paraná:

ALBRECHT, ALTENHOFEN, CHRIST, CLOSS, BARTZ, BECKER, DIEMINGER, DIESEL, DIETZE, DICKEL, DRESSLER, EICHMANN, ENDLER, FRITZ, GALLAS, GUTMANN, HAHN, HEIL, KUSCHEL, LANGE, LÖBLEIN, MOHR, MÜLLER, RAATZ, SCHÖLLER, SCHRAMEIER, SCHULZ, ULBRICH, WANDERER, WASMUTH e WOLF

(Esta lista não abrange, obviamente, todas as famílias de origem brasileira que se instalaram a partir daí na região. Pessoalmente, conheço vários moradores de Encarnación, Bella Vista e Hohenau, descendentes de famílias brasileiras que não figuram nessa lista, como Gehrard, Fensterseifer etc.))

Negócios urbanos

O turismo convencional é outro ponto de aproximação e de interesse econômico. Encarnación é a capital do Departamento de Itapúa. Cidade fundada em 1615, Encarnación tem hoje uma população de cerca de 90 mil habitantes. Vive um boom econômico, devido à complementação das obras da hidrelétrica de Yacyretá, empresa binacional argentino-paraguaio. É conhecida como a Capital do Carnaval paraguaio.

A formatação do carnaval de Encarnación é diferente da do brasileiro, pois divide os desfiles em quatro sextas-feiras e quatro sábados, entre a metade do mês de janeiro e a metade de fevereiro. Ultimamente, vem se moldando muito no carnaval brasileiro, dos desfiles com carros alegóricos, o que, para muitos críticos, é um desvio do carnaval original da região e uma competição inglória, já que a dimensão do carnaval no Brasil ultrapassa e ultrapassará sempre o que puder ser feito no Paraguai, caso persista a tentativa local de imitação do carnaval brasileiro. Mas é uma festa que atrai visitantes de todas as regiões do país e do exterior. Vamos ver uma breve mostra do Carnaval Encarnaceno, ou “los corsos” como são chamados:

(Mostra VÍDEO DO CARNAVAL de Encarnación, Paraguai)

Várias medidas poderiam ser tomadas tendo como objetivo promover esse evento aqui na região Oeste do Rio Grande do Sul. Uma divulgação antecipada por equipe itinerante da Prefeitura de Encarnación e da Governação de Itapúa, dirigido prioritariamente ao turista do Oeste do Rio Grande poderia ser feita, do mesmo modo que um escritório de apoio ao turista brasileiro durante os festejos também poderia existir, com apoio de empresas brasileiras e/ou paraguaias, de modo a garantir informação e segurança ao visitante. Tais iniciativas poderiam dissipar muitos preconceitos sobre o Paraguai, muito em voga no Brasil em razão da fama adquirida por Ciudad del Este, que contamina todo o restante do país. Em poucos anos, via turismo, preconceitos arrefecidos, poderia haver muito mais comércio intrarregional e o mútuo conhecimento acumulado tornar-se-ia fundamental para eventuais investimentos e parceria técnica. Uma das grandes obras, por exemplo, que está por acontecer nos próximos anos, com impactos econômicos e ambientais, talvez tão grandes como Yacyretá, é o da hidrelétrica de Corpus, empreendimento binacional argentino-paraguaio, que muitos já contam como irreversível.

Intercâmbios estudantis

Uma das formas mais práticas, baratas e eficientes de integração são os intercâmbios estudantis. Lidam com os jovens, cujas mentes ainda estão em formação, livres da maioria dos preconceitos dos adultos. A formatação que propõe o Lic. Tomás Ayala, Diretor do Instituto Eurosur, de Encarnación, é a ideal para ser aplicada regularmente na região. Grupos de 10 a 15 alunos brasileiros, estudantes de espanhol, passariam férias em casas de estudantes paraguaios. Esses mesmos anfitriões, nas férias seguintes, visitariam os hóspedes brasileiros. O custo seriam apenas as passagens. As acomodações, que sempre pesam mais no bolso, seriam por conta dos anfitriões. Essa formatação poderia ser expandida por toda a região fronteiriça e, aperfeiçoada, poderia contemplar até estudantes de regiões mais distantes. Vejam o que tem a dizer o Diretor do Instituto Eurosur, Licenciado Tomás Ayala:

(ENTREVISTA COM LIC. TOMAS AYALA, diretor do Instituto Eurosur, de Encarnación; mostra também

PEQUENO TRECHO DO DVD COM ALUNOS NORTE-AMERICANOS em visita a Encarnación)

Torneios e competições estudantis transfronteiriços

Buscando também atingir a juventude, as competições esportivas poderão acelerar em muito essa integração que sonhamos. Daí à criação de ligas esportivas transfronteiriças seria um pulo. Olimpíadas, jogos de inverno, jogos de verão, de primavera, outono, não faltariam estações nem denominações para isso. É de meu conhecimento que já existem algumas iniciativas nesse sentido, como os jogos entre equipes de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazu, mas o que se propõe é algo mais coordenado, mais universal e sistemático.

Ainda no âmbito juvenil, não poderiam faltar os concursos de beleza, os concertos musicais, os festivais folclóricos. Todas essas modalidades contribuiriam na mesma medida para os objetivos aqui propostos.

Parte 4

Os “finalmente”

Encerrando, abro espaço para a discussão. Não era pretensão esgotar o assunto, a verdade é que é um tema tão vasto e polêmico que aqui apenas iniciamos um debate e, como prefiro dizer, um exercício de imaginação. Um sonho que pode se tornar, em grande parte, realidade. E finalizo com uma frase em espanhol, do poeta sevilhano Antonio Machado, mas que diz muito do que penso sobre o tema: “caminante no hay camino, se hace camino al andar”. Traçamos planos, procuramos segui-los mas a realidade é mais poderosa. Mas nem por isso vamos parar de sonhar.

Muito obrigado a todos.

SITES RELACIONADOS

www.carnaval.com.py

www.familysearch.org

www.myheritage.com.br

William Santiago
Enviado por William Santiago em 08/08/2017
Reeditado em 09/08/2017
Código do texto: T6077749
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