O pêndulo de Foucault.

Umberto Eco.

La em cima.

Bem no alto.

Aonde a imaginação não chegava.

Entretanto, o olhar pendia pela distância do infinito.

Outra realidade composta pela intuição.

O que seria o vazio definido pelo vácuo.

Tão somente o prolongamento do infinitólogo.

Sem direção.

A única força se movimentando.

Definindo a realidade.

Cosmo-física.

A qual deve ser descrita.

Desse modo imaginou Foucault.

Não o filósofo, entretanto, o astrofísico.

O ideal do fio condutor.

Em direção indelével.

As mais remotas galáxias.

A complexidade dos mundos paralelos.

O mundo imóvel proposto.

Por meio da eternidade ideológica.

O que deveria ser para sempre.

Proposições de Foucault.

Reveladas a posteriori.

O único ponto fixo possível.

O delírio composto de hidrogênio.

A terra girava, girava, interminavelmente.

Produzindo sua própria sombra.

O escuro determinado como noite.

A teoria heliocêntrica.

A destruição do mundo Ptolomaico aristotélico.

A superação do calendário lunar.

O fio condutor ancorado.

Em direção ao ponto fixo.

A galáxia inteira perplexa.

Seria o único ponto fixo do universo.

Delírio de Copérnico e Galileu.

Já não era mais a antiga proposição.

O erro sagrado da profecia revelada.

Portanto, não foi, todavia, o seu olhar.

Em direção propriamente da terra.

A luz do novo iluminismo.

O olhar se dirigia ao alto.

Ao mais elevado volume.

Lá do alto, perto de deus.

Ressurgiam na memória as recordações.

Quais seriam os sinais destruídos.

Do lado de lá, celebrava o mistério.

A última das intenções.

A imobilidade absoluta.

As leis naturais gravitacionais.

Embora dissessem os cérebros.

O pêndulo escondia.

Como tudo movendo.

O sistema solar.

As nebulosas.

Os buracos negros.

As galáxias contínuas resultadas.

Da grande emanação cósmica.

Até mesmo os éons antigos.

Distantes da evolução.

A física de partícula.

As ondulações enérgicas.

A matéria mais viscosa possível.

A permanência do eixo.

O engate inicial fruto da força gravitacional.

O universo movendo continuamente.

A pergunta inicial que não foi feita.

Quantos outros pontos fixos.

Os movimentos intermináveis em torno deles.

Como continuidade ao infinito.

Sendo Foucault a vossa epistemologização.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 29/07/2017
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