Libânio: Gestão da escola, a questão da exclusão social, concurso para diretor SP 2017.
A nova sociedade o novo capitalismo, fundamentado na teoria neoliberal de Estado, a questão da globalização da economia, com o desenvolvimento das novas tecnologias, com a implantação de políticas de Estado excludentes.
A metade da população do mundo vive a mais absoluta miséria, quanto mais avança o neoliberalismo, mais cresce a exclusão, o modelo político neoliberal, define em si como política de exclusão social.
No plano macro econômico, o ajustamento de sociedades globalizadas significa a exclusão de dois terços da humanidade dos direitos básicos da sobrevivência.
Ausência de tudo, de emprego, da saúde, moradia, enfim, uma sociedade de excluídos.
No plano cultural, ético político, a ideologia neoliberal defende a exclusão social como algo natural a modernização do mundo, um capitalismo para poucos.
Com efeito, a exclusão é uma escolha, planejada, orientada, quando a gestão segue tais princípios, está fazendo uma escolha contrária à inclusão social.
Sendo que o neoliberalismo fez sua escolha, a opção pela exclusão da pessoa humana, como sacrifício inevitável ao processo de modernização da sociedade globalizada.
No plano pedagógico o que significa tal procedimento, a escolha por uma pedagogia ideológica legitimadora da produção da marginalização social, o que combatem os principais teóricos das teorias inclusivas, Freire, Saviani, Libânio, Zabala, Luckesi entre outros autores do concurso.
A educação não pode deixar de ser um direito a inclusão, desse modo, deve combater todas as ideologias fundamentadoras da exclusão social. Essa é a principal compreensão desenvolvida por Libânio, a respeito do diretor gestor.
Portanto, a educação deve ser política no sentido de combater as políticas ideológicas não inclusivas, sendo a principal delas o neoliberalismo.
O projeto pedagógico não pode ser uma orientação ideológica legitimadora da exclusão social. A educação não é mercadoria, todavia desenvolvimento de cognição crítica.
Por outro lado, não pode justificar a escola dualista, para ricos e pobres, os conteúdos técnicos fundamentais devem ser desideologizados.
Em referência a esses aspectos, a escola não pode ser descontextualizada, isolada das mediações de transformação, a gestão precisa voltar-se para compreensão das realidades objetivas.
Ligar-se ao mundo econômico, a política cultural, transformando em uma força contrária a exclusão social.
O verdadeiro papel da educação é a defesa da inclusão social, o diretor gestor precisa pensar em um currículo centrado na formação geral dos professores, formação continuada, como sujeitos críticos, pensantes e transformadores.
Edjar Dias de Vasconcelos.