Libânio: Gestão da escola, o que é formação continuada, concurso para diretor de SP 2017.
Libânio defende pedagogicamente a importância da formação continuada, não existe o desenvolvimento de um projeto político pedagógico eficiente com um grupo gesto que não valoriza a formação contínua.
Há a formação inicial que é sempre muito frágil, os conhecimentos iniciais teóricos práticos destinados à formação inicial do professor no desenvolvimento de sua prática pedagógica.
A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, o que é triste na escola pública é a percepção do analfabetismo funcional do grupo gestor, quando não tem percepção política adequada do projeto político pedagógico, com erros clássicos ideológicos diversos e complexos.
Não existe escola eficiente pedagogicamente com um grupo gestor ineficiente, despreparado culturalmente, o que é muito comum nas escolas públicas, o indivíduo não tem sequer preparo para ser professor, no entanto, ocupa a função de gestor, uma tragédia educacional.
A formação continuada objetiva a formação permanente e prolonga por toda vida de um professor, uma escola que não possibilita formação continuada não é responsável pedagogicamente, isso acontece quando grupo gestor é ineficiente e deficiente culturalmente.
A formação continuada é crucial em uma profissão que lida com saberes em permanente evolução, sobretudo, com a formação humana.
Vivemos em uma época, em que quase tudo é muito transitório, a constante evolução de tudo, a permanente renovação do currículo, a superação constante de todos os ensinamentos.
O nascimento de novas tecnologias, as modificações comportamentais constantes dos jovens da infância a juventude, as novas formas de interpretações da realidade em constantes mudanças.
Os problemas econômicos, novas realidades sociais e políticas, a escola precisa ser reestruturada organicamente sempre, o grupo gestor tem que perceber tais situações.
Então como desenvolver um projeto politico pedagógico, com uma coordenação de baixa qualificação cultural, simplesmente impossível.
Necessário objetivar novas formas de gestão, elaboração coletiva reestruturando o projeto político pedagógico, reanálise dos ciclos de escolarização, os currículos interdisciplinares, como efetivar tais propósitos quando a coordenação pedagógica não sabe o que é interdisciplinaridade.
Trabalhar questões como interculturalismo, avaliação e formação, a escola com a comunidade, sobretudo, análises políticas críticas.
Um grupo gestor que não conhece definições técnicas, inviável pedagogicamente essa gente, o que é, por exemplo, neoliberalismo, social liberalismo, desse modo, consecutivamente, outras etimologias técnicas.
Nesse novo contexto, a formação em serviço ganha relevância, é fundamental aproveitar espaços pedagógicos, para o desenvolvimento de tais ações, objetivando a formação continuada.
Edjar Dias de Vasconcelos.