Anísio Teixeira: Escola pública universal e gratuita, matéria de concurso para diretor, SP, 2017.
1900-1971.
Grande educador brasileiro difundiu a ideia da necessidade da escola pública universal e gratuita, isso nos anos 20 e 30.
Era necessário alfabetizar a nação brasileira, o que não tinha sido antes proposto pela Monarquia, fundamental agora na República, um Brasil de caboclos rurais estava sendo urbanizado.
O fenômeno da industrialização, iniciado nos anos 20 e acelerado a partir da década de 30, com a industrialização como mecanismo de substituição das importações.
O país não poderia continuar como uma nação de analfabetos, nesse contexto surge à figura exuberante de Anísio Teixeira.
Formulador dos pressupostos teóricos da denominada Escola nova, para sua época ideologicamente muito avançada.
Sua concepção política pedagógica defendia a valorização do desenvolvimento acadêmico sustentado na ideia em que a educação teria que ser para todos, inovando o espírito democrático.
Uma educação que favorecesse no desenvolvimento da inteligência com espírito crítico.
Portanto, contrariamente ao ensino aprendizagem, fundamentado em uma pedagogia da memorização.
Anísio Teixeira em um pronunciamento em uma reunião interamericana de ministros da educação, no congresso nacional de Lima, Peru, cujo objetivo discutir questões relacionadas ao ensino fundamental.
A importância do ensino básico, a necessidade de transformá-lo em gratuito e universal, ideia defendida por Anísio Teixeira.
O movimento pró-educação ainda que tardio, todavia fundamental, objetivava a igualdade de oportunidades em uma nação que iniciava sua industrialização, como modelo vindo de fora.
Na Monarquia não existia preocupação com a educação, fenômeno objetivado com a República e com a industrialização e urbanização dos grandes centros.
Motivos pelos quais abriram novas escolas, a ideia iluminista, não sendo possível o desenvolvimento econômico sem a industrialização, não há industrialização com analfabetismo.
Necessário uma educação eficiente, para todos, razão da expansão da rede escolar, quando foi superada a ideia pelo menos em tese, de uma educação antes voltada para a elite econômica.
Com efeito, o desenvolvimento é realizado pelo trabalhador e a industrialização não evoluiria com analfabetos.
Porém, Teixeira tinha uma concepção social da educação, todavia liberal, a educação no processo de desenvolvimento econômico, iguala as condições de oportunidades para todos.
Propõe um projeto educacional para o Brasil, escolas de nível médio e superior devem ser autônomas, nível primária centralizada.
As unidades escolares ligadas a três instancias, Municípios Estados e União, as diretriz gerais dadas pela União. Os professores eram nomeados.
Os Estados formariam os docentes, era da responsabilidade do Congresso Nacional formular as leis, estabelecendo os períodos educacionais do primário ao ensino superior.
Ficaram estabelecidos seis anos para escola primária, sete para escola média, sofrendo variação o ensino superior.
Em síntese, a Escola pública gratuita e universal, mesmo em um país não democrático, era uma instituição democrática, pois tinha como finalidade atingir todos os brasileiros.
Edjar Dias de Vasconcelos.