Luckesi: Avaliação da aprendizagem escolar, concurso para diretor de Escola, SP 2017.
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Para Luckesi, avaliar é julgar a respeito do projeto pedagógico proposto. Portanto, com objetivo de uma tomada de decisão.
Objetivação do aluno avaliado, em razão do projeto que deve ser seguido, se a processualidade pedagógica está sendo concretizada.
Com efeito, avaliação deve atender as necessidades propostas, o que se espera do objetivo pedagógico traçado.
Avaliação tradicional denominada de classificatória, coloca o professor como detentor do saber, portanto, autoritário, não compreende o aluno como sujeito da cognição.
A avaliação diagnóstica, como precisa de ser, contrária avaliação classificatória, estática, do mesmo modo ideológica, compreende tão somente números, em razão de um ponto de vista político social excludente. Avaliação classificatória é estancada.
A defesa da avaliação diagnóstica proposta por Luckesi, primeiro por ser aberta, dinâmica, o aluno é o sujeito do processo da aprendizagem, como interação entre educador educando.
Com efeito, objetiva o desenvolvimento da aprendizagem levando o aluno ser o sujeito do conhecimento.
A avaliação diagnóstica tem como finalidade a formação do aluno, nessa perspectiva deve ser entendida a aprendizagem crítica.
Portanto, a avaliação não pode ser um fim em si mesmo, sem vínculo com o projeto político político da escola.
Desse modo, critica o método de verificação, pois reifica aprendizagem, levando a educação ser uma coisa e não um processo.
A verificação do conhecimento como procedimento estático, o erro como fonte de castigo, avaliação diagnóstica, o professor pode avaliar quando o aluno deixou de aprender.
Desse forma, retoma o processo de recuperação contínua. Portanto, a reconstrução da aprendizagem.
Os exames classificatórios os educandos são aprovados ou reprovados. O erro não pode ser um mecanismo para o castigo, entretanto, na avaliação diagnóstica, suporte, objetivando o crescimento intelectual.
Por meio do erro o professor percebe o estágio do aluno, os exames classificatórios são pontuais não enxergam a complexidade do desenvolvimento do mecanismo da aprendizagem.
Exames classificatórios classificam alunos em aprovados ou reprovados, portanto, seletivos e excludentes, a avaliação não deve ser pontual.
Motivo pelo qual pela toda boa avaliação só poderá ser diagnostica, pois tem a necessidade de ver as carências dos alunos, voltando exatamente ao estágio prejudicado.
Sendo assim, avaliação diagnostica, procura entender as deficiências para supera-las. Portanto, desse modo, avaliação é um ato para subsidiar a construção do saber.
O caminho pedagógico proposto por Luckesi, avaliação para diagnosticar o conhecimento assimilado pelo aluno, em função do próprio desenvolvimento da ação pedagógica.
Avaliação por meio do diagnóstico está sempre disposta para construção da aprendizagem, a satisfação do conhecimento sintético, contrariamente, aos exames de exclusão.
O que interessa mesmo ao projeto político pedagógico, que o aluno aprenda, consiga ser crítico, como propõe a pedagogia. Com efeito, não deve ser simplesmente reprovado.
Sendo assim, avaliação é um diagnóstico de qualidade objetivando superar as lacunas de fases intermediarias, buscando sempre o desenvolvimento global e complexo, configurando a consciência crítica e cidadã.
Edjar Dias de Vasconcelos.